Arquivo Mensal

Outubro 2020

Alta Rotação

Atualidade/Concelho/Desporto/Mundo/Opinião Por
Ricardo Esteves

Alta rotação, dentro e fora de campo. Têm sido umas semanas intensas para os benfiquistas.



Desta vez, não vou analisar 2, mas sim 3 jogos! Para além dos jogos na Luz contra o Belenenses e o Standard de Liége, o Benfica teve outro jogo, e talvez o mais importante de todos – a eleição para a presidência. Pessoalmente, não foi o resultado que mais pretendia. Contudo, é de salientar a incrível adesão da massa associativa, com filas e filas intermináveis, dando até voltas ao quarteirão (mais um pouco chegava a Alvalade!). Tendo este sido o ato eleitoral mais concorrido da história do Benfica, mostrando, cada vez mais, o crescendo sentido de responsabilidade da nação benfiquista. Tirando uma coisa ou outra um pouco estranhas, como urnas a serem transportadas em Renault’s (quando toda a gente sabe que o Volvo é um carro bem mais seguro), foi um ato eleitoral tranquilo.

Em relação aos dois jogos jogados, o Benfica aparenta ter carta de pesados. Não foram as vitórias propriamente mais difíceis, nem as mais vistosas. Mas delas resultaram o mais importante – os 3 pontos (e umas surpresas agradáveis). Porque é que o Benfica aparenta ter carta de pesados? Porque conseguiu mover 2 autocarros estacionados na baliza contrária. Um proveniente da Bélgica e um outro diretamente de Belém. Mas, ultrapassados esses obstáculos, foram 2 jogos relativamente tranquilos. De salientar a estreia a titular e a defesa direito do Diogo Gonçalves, que apesar de não ter sido muito posto à prova defensivamente, fez uma exibição muito sólida. Para alguém que costuma atuar a extremo, fez melhor trabalho que muitos laterais (COF…COF…). Do lado contrário da defesa, Nuno Tavares aparenta melhorar a passos largos (literalmente, que mota!). É só ganhar mais um pouco de cabeça e será um lateral de top mundial. Já Darwin é mais do mesmo, continua a jogar para caraças, para não dizer outra coisa.

Notas finais:

– Queria agradecer ao árbitro do Benfica – Standard pela ajuda, mas não era necessário. Valeu a intensão;

– Queria agradecer também ao Paços. Se não fosse pela exibição épica nunca teriam ganho o jogo. E a exibição vergonhosa da equipa de arbitragem tinha manchado ainda mais a noite na capital do móvel. Mas não me vou alargar muito, vou passar a palavra ao meu colega portista, João Dias;

– Por fim, o quão bom foi o regresso do público ao Estádio da Luz? Foram poucos, mas bons.

Para a semana há mais dose dupla. Estas séries são cansativas para os jogadores, mas para nós, adeptos, são incríveis. Não me canso de Benfica. Correção: Não me canso DESTE Benfica.

Até para a semana!

PS: Aposto que o Gabriel está mortinho para que o público regresse em força ao estádio só para não ter que ouvir o Jesus a gritar-lhe aos ouvidos. Vai ser preciso um estádio cheio, Gabriel.

Por: Ricardo Esteves*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Inteligência Artificial para Jogos discutida no IPCA

Atualidade/Concelho/Cultura/Educação/Mundo Por

Os participantes são desafiados a participar em Concurso de Inteligência Artificial

A Escola Superior de Tecnologia (EST) do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), organiza a 4ª edição da Escola de Inverno em Inteligência Artificial Aplicada a Jogos (AI 4 Games), nos próximos dias 12 e 13 de novembro.



O evento pretende formar os participantes na área da inteligência artificial, com um foco específico na área do desenvolvimento de jogos, organizado por uma escola que é pioneira na criação do curso de Engenharia em Desenvolvimento de Jogos Digitais, e mestrado na mesma área.

Durante os dois dias, através de várias sessões, os diferentes oradores vão realizar sessões expositivas e de discussão sobre algoritmos, abordagens e resultados obtidos no uso de Inteligência Artificial em Jogos.

A AI 4 Games conta com oradores da academia e da indústria, que vão apresentar diferentes modos de inclusão de técnicas de inteligência artificial em jogos. Para além disso, a edição deste ano conta com um Concurso de Inteligência Artificial, em que os participantes são desafiados a implementar a inteligência de um tanque virtual. O programa, bem como informação adicional sobre os oradores e respetivas palestras, podem ser consultados no sítio do evento: http://ai4g.ipca.pt/2020. Os oradores serão: Tiago Loureiro, da Lockwood Publishing; Gabriella Barros, da Modl.ai; João Dias, da Universidade do Algarve; e Vincent Breton, da Ubisoft.

A 1ª edição da escola decorreu em 2016, numa organização conjunta com a Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial (APPIA), sendo que o sucesso desta edição levou a EST a organizar este evento anualmente. 

Fonte e imagem: IPCA.

PAN propõe reforço das verbas para Centros de Recolha Oficial de Animais

Atualidade/Mundo/Política Por

O Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza submeteu uma proposta de alteração, no âmbito da discussão em especialidade do Orçamento do Estado para 2021, que pretende o reforço da verba disponibilizada para os centros de recolha oficial de animais (CROA). O PAN quer ver, também, o alargamento da verba às associações zoófilas legalmente constituídas, atendendo à circunstância de estas prosseguirem fins públicos, dando um contributo fundamental no controlo da população de animais de companhia e na proteção e bem-estar.



A proposta do PAN vai no sentido de que, em 2021, o Governo transfira para a Administração Local a verba de €10.000.000,00 a aplicar da seguinte forma:

. €7.000.000,00 para investimento nos centros de recolha oficial e no apoio para melhoria das instalações das associações zoófilas legalmente constituídas;

. €1.800.000,00 para promover a melhoria da prestação de serviços veterinários de assistência a animais detidos por famílias carenciadas e associações zoófilas, através de protocolos com os hospitais veterinários universitários;

.€.1.200.000,00 a distribuir, por sua vez, por:

a) €1.000.000,00 para apoiar os CROA nos processos de esterilização de animais, no âmbito de uma campanha nacional de esterilização;

b) €100.000,00 destinados à sensibilização para os benefícios da esterilização, para o interesse da internalização destes serviços nos serviços municipais de apoio animal e ainda para avaliação da medida e de possíveis melhorias através de inquéritos e outro tipo de apoios aos profissionais do bem-estar animal e autarcas;

c) e ainda €100.000,00 para serem investidos no registo eletrónico de animais de companhia.

Fonte: PAN.

Foto: DR.

Programação cultural de novembro do Theatro Gil Vicente

Atualidade/Concelho/Cultura/Mundo/Política Por

A programação do Theatro Gil Vicente mantém, em novembro, a diversidade e a heterogeneidade artísticas, com música, cinema e teatro.



O cinema inicia a programação do Gil Vicente, com a Associação ZOOM – Cineclube de Barcelos a apresentar cinco noites de cinema: “Ciclo: Estados de Juventude” (1.ª parte), no dia 3; “Ciclo: Estados de Juventude” (2.ª parte), no dia 4; “Ciclo: Estados de Juventude” (3.ª parte), no dia 5. Estas curta-metragens inserem-se no Dia Mundial do Cinema que se comemora a 5 de novembro.

A sétima arte continua no dia 10 com “Ordem Moral”, de Mário Barroso,  e “O ano da morte de Ricardo Reis”, de João Botelho, no dia 17. As sessões têm início às 21h30 e têm entrada paga.

No dia 7, com duas sessões, às 16h00 e 19h00, a Fundação GDA, que tem por missão a valorização e dignificação do trabalho e das carreiras dos artistas (atores, bailarinos e músicos bem como o seu desenvolvimento humano, cultural e social) promove uma ação de divulgação e sensibilização sobre “Direitos de Autor e Direitos Conexos”. A entrada é gratuita e a ação permite a emissão de certificado de participação.

A música preenche três dias de programação, a começar com o concerto do músico barcelense João Dias, finalista do “Got Talent”, no dia 14, com entrada gratuita; no dia 19, é a vez do “Filme- Concerto de Tresor&Bosxh“, espetáculo inserido no ciclo de concertos ‘triciclo’, e no dia 26 “Tomorrow is the question”, de Demian Cabaud Quarteto, do Ciclo de ‘Jazz ao Largo’. Os espetáculos acontecem às 22h00 e têm um valor de 3€.

No âmbito do serviço educativo, programa dedicado à comunidade escolar, o Theatro recebe, no dia 11, duas sessões, às 10h30 e 14h30, de teatro infantil, com a peça “Em Pessoa”, pela CTB – Companhia de Teatro de Braga.

A rubrica “Em família no TGV” reserva a tarde de domingo, dia 15, às 16h00, com o musical “A Casinha de Chocolate”, pela GrowUp Eventos.

No dia 21, às 22h00, a Escola de Dança de Barcelos, na continuidade das comemorações dos seus 25 anos, convida os Doutor Assério para um espetáculo onde o Ballet e o Rock se apresentam num só, com o espetáculo “Ballet N’Rock”. A entrada tem um valor de 3€.

Nos dias 27, 28 e 30 de novembro dá-se início ao Ciclo de “Jovens Fadistas de Barcelos” com os fadistas barcelenses Sónia Lopes, Mário Bruno e Joana Lopes, respetivamente. Esta iniciativa conta a organização da Casa da Juventude, a partir das 21h30, no Theatro Gil Vicente.

Ainda no âmbito da programação cultural do mês de novembro, o auditório da Biblioteca Municipal recebe, no dia 6, às 22h00, o espetáculo dos “Evols”, concerto inserido no ‘triciclo’. A entrada tem um valor de 3€.

Os bilhetes para assistir aos espetáculos no teatro podem ser adquiridos no local, ou através de reserva por e-mail (tgv@cm-barcelos.pt) ou telefone (253 809 694).

Programação (Imagem: CMB)

Fonte e imagem: CMB.

Evols apresentam novo álbum em Barcelos a 06 de novembro

Atualidade/Concelho/Cultura/Mundo Por

A banda de rock Evols apresenta o novo disco “III” a 6 de novembro, na Biblioteca Municipal de Barcelos. O concerto está inserido na programação do ciclo de concertos ‘triciclo’, uma iniciativa com o apoio do Município de Barcelos.



Em março de 2020, a banda editou o seu terceiro LP e Barcelos apadrinha uma das primeiras aparições da banda ao vivo após o lançamento. Influenciados por toda a música psicadélica que se reinventa há quase 60 anos, os Evols são uma banda em que as guitarras são “deus” e o seu culto é uma religião. Com uma secção rítmica com poderes ilimitados, os Evols entram frequentemente em convulsão levando ao limite as potencialidades sónicas do seu arsenal para criar canções elegantes.

Na sua discografia, os Evols já levam dois LP’s, “I” lançado em 2010 e o “II” editado em 2015. Depois destes lançamentos, a banda do Porto já pisou alguns palcos importantes como a Casa da Música, Serralves em Festa, Milhões de Festa e o NOS Primavera Sound.

Os bilhetes para o concerto podem ser adquiridos na bilheteira do Theatro Gil Vicente, na BOL e nos locais habituais. A lotação é limitada de forma a garantir a segurança de todos os espetadores, conforme as normas da DGS. O uso de máscara é obrigatório durante todo o concerto e devem ser seguidas as instruções dos assistentes de sala à entrada e saída do recinto.

Cartaz do concerto (Imagem: DR)

Imagens: DR.

Pé ante pé

Atualidade/Concelho/Desporto/Mundo/Opinião Por
Ricardo Moreira

Bem-haja, caros leitores do BnH.

Após mais duas vitórias, ambas difíceis, diga-se, continuamos invictos, ocupando, por agora, a segunda posição do campeonato. Quatro vitórias e um empate. Estamos a escassos dois pontos do Benfica, com mais três do que o Porto e quatro acima do Braga.



O caminho faz-se caminhando. Este tem de ser o nosso caminho, pé ante pé, aos poucos, fortalecendo e melhorando o nosso jogo, para irmos somando mais vitórias, que o caminho ainda é longo! Muito longo, por sinal! Sim, porque apesar de mais duas vitórias, contra Santa Clara, fora (1-2), e Gil Vicente, em casa (3-1), nem tudo é um “mar de rosas”.

Aliás, continuo a achar que, apesar de não termos contratado o tal ponta de lança de área, que precisamos, prefiro, mesmo assim, ver-nos a jogar com o Sporar, do que com o Jovane a fazer de ponta de lança. Rúben Amorim não é dessa ideia, insistindo em tentar aproveitar a “indisciplina tática” de Jovane naquela posição! Obviamente, o treinador é ele e ele é que decide como o nosso Sporting Clube de Portugal deve jogar. Mas, na minha opinião, mais do que não jogar com um ponta de lança de raiz de início, está a “forçar” o Jovane naquela posição e, jogo após jogo, as suas exibições têm sido sofríveis, quando o ano passado, já com Rúben Amorim no comando, Jovane, a extremo ou ala, terminou a época em grande!

É um facto que, neste momento, não temos um Acosta, um Jardel, um Liedson, um Slimani ou um Bas Dost!!! Assim sendo, na minha opinião, devíamos entrar em campo com: Sporar.

Embora, por agora, importante mesmo é continuarmos assim, a amealhar pontos.

Estamos em segundo, mais perto do primeiro, do que o terceiro de nós!

É o nosso SPORTING!!!

Cuidem-se!!!!!

Desporto é Vida! Viva o Desporto com Respeito e Fair-Play!

Por: Ricardo Moreira*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Dois jogos, dois adversários difíceis

Atualidade/Concelho/Desporto/Mundo/Opinião Por
Lucy Santos

Boa noite a todos os leitores do BnH.

Dois jogos e dois adversários difíceis. No passado domingo, fomos ao Dragão tentar pontuar. E gostei do que vi, apesar de não termos arrancado pontos, mas tivemos um Gil Vicente ousado.



Próximo dos 30m, vimos a possibilidade do Gil Vicente inaugurar o marcador perante um contra-ataque de Lino, mas travado pelo experiente Pepe. Tivemos, até então, boas defesas do nosso Denis, que tem estado em destaque, quase todos os jogos, e neste não foi exceção. Perto do intervalo, Evanilson fazia o 1-0 para o FC Porto. Um mau momento para o Gil Vicente, que poderia ter ido para o intervalo empatado a zero bolas e, quem sabe, se o resultado, não poderia ser outro…

O Gil Vicente, na segunda parte, não baixou os braços, nem deu o jogo por derrotado, e tentou resistir. Perto do minuto 70, foi assinalada grande penalidade, que foi defendida pelo gigante Denis. A 15m do fim, beneficiámos da superioridade numérica a nosso favor, quando Zaidu viu ser mostrado o segundo cartão amarelo da partida. Lutámos, mas o FC Porto soube gerir o resultado e acabámos por vir do Dragão sem pontos.

Num jogo diferente, mas com o resultado igual, foi o jogo com o Sporting em Alvalade. Não são jogos fáceis. Em casa dos adversários não temos nada a nosso favor e quando há favoritismo…muito menos! As duas equipas estavam encaixadas…literalmente. Até ao intervalo, o Gil Vicente conseguiu aguentar-se, mas sem criar grande perigo ofensivo. Na segunda parte, aos 52 minutos, Mineiro abriu o marcador num lance de bola parada. O Gil Vicente a ganhar, conseguiu aguentar até aos 83m, quando o Sporting fez a igualdade e, logo no minuto a seguir, fez o 2-1, por Sporar e Tiago Tomás, respetivamente. Os golos do Sporting saltaram do banco de suplentes…E nos descontos estava feito o 3-1. Parecia inacreditável, quando tudo parecia, mesmo que difícil, que iríamos sair de Alvalade com algum ponto e, na realidade, saímos sem nenhum.

Este resultado não condiz, em nada, com o jogo que fomos assistindo, porque parece-me um pouco exagerado, não fosse em 12 minutos sofrermos 3 golos quando passámos quase todo o jogo encaixados no jogo do Sporting e estivemos mesmo a ganhar.

São jogos difíceis, complicados, que ninguém gosta de perder, mas que é uma hipótese que, pesando na balança, com grandes adversários como estes…é fácil ver para onde tende o peso.

No próximo domingo, e ainda sem adeptos, jogamos na nossa fortaleza com o Vitória. Numa semana, 3 jogos de peso! E dois deles fora. Não são desculpas, são realidades. Não podemos pedir em demasiado, mas podemos pedir pontos já no próximo domingo. Sigam a página Barcelos na Hora e fiquem a par dos resultados do nosso Gil. Domingo, vistam a camisola, coloquem o cachecol e torçam…pelo nosso Gil Vicente. Não estamos no estádio, estamos em casa, em frente à TV a torcer pelos nossos.

Façam sentir a vossa força e apoiem o Gil Vicente…e em segurança!

Somos Gil!

Por: Lucy Santos*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)

Diretor-Geral do Electrão identifica conquistas e aponta limitações à gestão de embalagens

Atualidade/Economia/Mundo Por

Três anos depois da implementação da concorrência na gestão das embalagens usadas, 25 por cento do mercado optou por delegar essa responsabilidade numa das novas entidades gestoras. Este dado foi avançado pelo Diretor-geral do Electrão – Associação de Gestão de Resíduos, Pedro Nazareth, no segundo dia do Fórum de Resíduos, que decorreu esta quarta-feira, para ilustrar os benefícios que a concorrência trouxe ao sector.



Em 2017, o Electrão estendeu a sua catividade à gestão das embalagens, juntando-se à Novo Verde e Sociedade Ponto Verde, que durante 20 anos teve o monopólio da gestão deste fluxo. “Há, hoje, uma saudável concorrência entre entidades gestoras pela inovação e promoção da visibilidade do tema da correta separação de embalagens. A diversidade de participação de agentes na comunicação ambiental trouxe inovação, trouxe mais visibilidade e mais resultados”, vincou Pedro Nazareth.

Pedro Nazareth adiantou, ainda, que as melhorias proporcionadas pela concorrência contribuíram para melhores resultados que se consubstanciaram em aumentos médios anuais de sete por cento na recolha de embalagens usadas.

No painel dedicado à reinvenção das embalagens, que contou com a participação das três entidades gestoras de embalagens, Pedro Nazareth aproveitou para sublinhar que foi assim, com a coexistência de três entidades, que se começou a inovar no sector em 2017. “No caso particular do Electrão também inovámos quando desenvolvemos e implementámos sistemas de incentivos ambientais permitindo pela primeira vez modelar os gastos de recolha a reciclagem das empresas em função do desempenho ambiental de fim de vida dos seus produtos”, exemplificou.

Foi também durante este período que se iniciou uma nova fase da comunicação ambiental que, aberta à participação de três entidades, trouxe uma diversidade ímpar de projetos e iniciativas envolvendo diferentes partes interessadas da cadeia de valor.

Inovou-se, igualmente, no acesso ao mercado de retoma e reciclagem das embalagens usadas. “A quota de mercado mais reduzida das entidades gestoras entrantes no SIGRE [Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens] implicou o fracionamento dos lotes de embalagens usadas leiloados e permitiu reforçar a participação de recicladores de diferentes capacidades e escalas. Inovou-se também nos instrumentos digitais e contratuais de suporte a estes leilões introduzindo uma maior flexibilidade nestes procedimentos”, apontou.

Nos últimos três anos inovou-se, ainda, ao nível da transparência e do rigor do funcionamento sistema de gestão de embalagens. São exemplos os processos que correram para determinação das especificações técnicas das embalagens usadas retomadas, para o estabelecimento das regras da auditoria e controlo operacional ou mesmo para a aplicação correta do âmbito de embalagens determinado nas licenças.

Barreiras a ultrapassar

Este painel do Fórum Resíduos também se focou no tema da “Reciclagem e reutilização: Como contornar as atuais limitações de gestão”. O novo modelo de responsabilidade alargada do produtor no funcionamento do sistema teve “um preço” e colocou as entidades gestoras perante um conjunto de limitações relevantes, reconheceu Pedro Nazareth.

O Diretor-geral do Electrão não compreende os entraves que se colocam à criação de redes de recolha própria das entidades gestoras de resíduos, ferramenta já prevista na lei e que pode alterar drasticamente os resultados da recolha seletiva de embalagens do país. “Para o grande desafio nacional das metas de recolha de embalagens usadas, o país precisa não de restringir, mas de diversificar e integrar a participação dos agentes, potenciando a inovação no estabelecimento destas redes de recolha seletiva”, defendeu.

Estas redes seriam, em teoria, um instrumento de complementaridade de locais de recolha seletiva ao trabalho atualmente desenvolvido pelos SGRU [Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos] na recolha por ecoponto e porta-à-porta. Mas, também, um instrumento na relação com os operadores de gestão de resíduos privados que, atualmente, têm sob gestão dezenas senão centenas de milhares de toneladas de embalagens usadas que poderiam estar a ser canalizadas para o sistema. Aliás, há neste momento um potencial tremendo nestes operadores, onde não se atua por limitações do próprio sistema. “O próprio sistema de depósito para o retorno de embalagens usadas de bebidas a implementar em 2022 será confrontado a muito curto prazo com esta limitação”, sublinhou.

Além da aposta nas redes de recolha, urge concentrar energias no tema da estabilidade porque “regimes de quatro ou cinco anos de horizonte temporal ou de prorrogações anuais, não fazem qualquer sentido olhando à ambição inscrita nas metas de recolha e aos respetivos planos de investimentos”.

Clarificação também se precisa. Seja no nível das responsabilidades individuais dos diferentes agentes, seja nos conceitos e regras de funcionamento de todo o sistema, incluindo as questões de âmbito da gestão das embalagens usadas. “Compreendemos que os SGRU têm uma pressão enorme para o aumento da tarifa e que procuram minimizar esta pressão recorrendo à maximização das receitas adicionais, em particular as com origem nos valores de contrapartida pagos pelas entidades gestoras do SIGRE”, mas esse não é o caminho, frisou, até por razões de justiça. Por outro lado, está para breve a transposição da diretiva que que recomenda a utilização da responsabilidade alargada do produtor enquanto instrumento da política pública de ambiente.

Pedro Nazareth considera, ainda, que a CAGER (Comissão de Acompanhamento da Gestão de Resíduos) não tem instrumentos para fazer cumprir as suas determinações, seja para realizar estudos de caracterização de embalagens usadas, o que tem gerado resistência dos SGRU, seja para aplicar as suas decisões de compensação entre entidades gestoras, “conduzindo a um nível de beligerância desnecessário”, lamenta.

Importa assim “preservar e estabilizar as virtudes” deste sistema e “atuar de forma inovadora no que ainda está a limitar o funcionamento e a entrega de melhores resultados”, desafiou.

Fonte: ELECTRÃO.

Foto: DR.

António Cunha toma posse como Presidente da CCDR-N

Atualidade/Concelho/Mundo/Política Por

Beraldino Pinto e Célia Ramos são os novos Vice-Presidentes

Tomaram posse, ontem, os novos Presidente e Vice-Presidentes da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). A cerimónia decorreu no Convento de São Francisco, em Coimbra, onde foram, ainda, empossadas todas as presidências das restantes regiões.



António Cunha, eleito no passado dia 13 de outubro, é o novo Presidente da CCDR-N, assim como Gestor do Programa Operacional NORTE 2020, depois de ter assumido funções como Reitor da Universidade do Minho entre 2009 e 2017. Licenciado em Engenharia de Produção e doutorado em Ciência e Engenharia de Polímeros, o novo Presidente ocupou, ainda, os cargos de Professor Catedrático do Departamento de Engenharia de Polímeros (desde 2003), Investigador do IPC – Instituto de Polímeros e Compósitos, Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (2014 a 2017), Presidente do CoLab em Transformação Digital (2018 a 2020) e como Administrador do CEIIA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento (entre 2005-2009 e 2018-2020).

O novo Vice-Presidente, Beraldino Pinto, é licenciado em Engenharia Civil, tendo desempenhado funções como Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros (entre 2002 e 2013), Presidente da Comunidade Intermunicipal de Trás-os-Montes, Presidente do Conselho Diretivo da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, Administrador não executivo na Empresa Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro e Presidente da Direção da Associação Geoparque Terras de Cavaleiros.

Posse de Beraldino Pinto (Foto: DR)

Célia Ramos é renomeada Vice-Presidente da CCDR-N, cargo que exerce desde dezembro de 2019, depois de ter integrado o XXI Governo Constitucional (2015-2019) como Secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, assim como de Chefe de Projeto da Estrutura de Missão para a Região Demarcada do Douro, entre 2012 e 2014. Quadro da CCDR-N desde 1984, foi Diretora de Serviços de Ordenamento do Território, de 2006 a 2012, e Chefe de Divisão de Ordenamento do Território, entre 2001 e 2006.

Posse de Célia Ramos (Foto. DR)

Fotos: DR.

Conselho Europeu de Inovação investe 191 milhões de euros em 58 tecnologias revolucionárias, seis das quais com parceiros portugueses

Atualidade/Economia/Mundo/Política Por

Na última ronda de investimentos da iniciativa Pathfinder-Open do Conselho Europeu de Inovação (EIC), financiada ao abrigo do programa Horizonte 2020, o programa de investigação e inovação da UE, selecionaram-se 58 tecnologias inovadoras e de grande impacto.



Este valor representa o orçamento mais elevado de sempre (191 milhões de euros), bem como, o maior número de projetos selecionados (58) e de candidaturas (902) para este tipo de financiamento, que ajuda a transformar ideias de investigação de alto risco e de grande impacto em novas tecnologias. Entre as ideias apoiadas nesta ronda, contam-se um conceito radicalmente novo para a conversão de calor residual em eletricidade e outro de robôs comestíveis e alimentos robotizados que podem proporcionar nutrição vital a humanos e animais em situações de emergência.

Seis dos projetos contam com entidades portuguesas como parceiras:

O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, em Braga, coordena o projeto SpinCat, Spin-polarized Catalysts for Energy-Efficient AEM Water, e participa no projeto BIOCELLPHE, Ultrasensitive BIOsensing platform for multiplex CELLular protein PHEnotyping at single-cell level, contando, este último, também com a empresa RUBYNANOMED, baseada em Braga; a Association for the Advancement of Tissue Engineering Cell Based Technologies & Therapies (A4TEC), no Minho, participa no projeto ECaBox, ECaBox Eyes in a Care Box: Regenerating human retina from resuscitated cadaveric eyes; a Universidade de Aveiro participa no e-Prot, Engineered Conductive Proteins for Bioelectronics; e a Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento (Lisboa) participa em dois projetos: o RePAIR, Reconstructing the Past: Artificial Intelligence and Robotics Meet Cultural Heritage, e o UroPrint, Urinary bladder bioprinting for fully autologous transplantation, que também conta com a portuguesa JFCC – Biosolutions, baseada em Aveiro.

Mariya Gabriel, comissária da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, afirmou que “o conjunto de ideias radicalmente novas recebidas para o Pathfinder do CEI mostra as incríveis inovações que requerem apoio da UE. Os investimentos em investigação e inovação fazem com que possamos apoiar muitas destas tecnologias ainda por descobrir e apoiar investigadores e empresários visionários, tornando a Europa mais competitiva e assegurando que a Europa lidera a próxima vaga de inovação”.

Alemanha, Itália, Espanha, França e Suíça apresentaram o maior número de projetos bem-sucedidos, com quase 30 % liderados por mulheres investigadoras e 26 % classificados como «tecnologias verdes» para apoiar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu.

Além de uma parte do orçamento de 191 milhões de euros, os projetos selecionados terão acesso a serviços de apoio à aceleração empresarial e de mentoria. Na sequência do êxito da fase-piloto do Conselho Europeu de Inovação (2018-20), espera-se que o CEI completo seja lançado no início do próximo ano no âmbito do Horizonte Europa, o novo programa de investigação e inovação da UE, com um aumento do financiamento para as tecnologias de ponta.

Foto: DR.

1 2 3 17
Ir Para Cima