Arquivo Mensal

Fevereiro 2022

O TRABALHO PELA PAZ É UM CAMINHO ESPIRITUAL EM TI MESMO

Atualidade/Concelho/Saúde Por
Cláudia Velez de Melo

Nos tempos difíceis que decorrem senti um apelo interno em colocar no papel o que vai na minha alma. Escrevo-vos para preencher alguém em algum lugar.

Desejo que a paz toque em cada pessoa na terra e que seja promovida uma purificação interna, de quem a ignorância despoleta conflitos internos como raiva, orgulho, egocentrismo e sede de poder.

Muitos são os momentos em que já assistimos a episódios de confronto, com extrema convicção parecer ser o dono da verdade.

Quem é o dono da verdade?

Temos de olhar para tudo o que está à nossa volta, não podemos olhar somente para a nossa verdade. Tal como não podemos olhar apenas para o mundo sombrio, em que só vemos a sombra, também não podemos olhar meramente para o mundo luminoso, porque aí não teremos o equilíbrio e a nossa visão será muito limitada. Temos de ser capazes de ver os dois lados do mundo, o sofrimento e a dor, como também o que é encantador e maravilhoso.

“A paz começa no nosso coração e na nossa mente e ao vibrarmos nessa energia, transbordaremos para o que está à nossa volta”.

Imagina alguém que vem ter contigo cheio de raiva e provoca uma discussão. Se responderes do mesmo modo, qual achas que vai ser o resultado?

Respira fundo e interage com paz e harmonia e verás o resultado acontecer. Resultado esse que partiu da tua atitude de manter a tranquilidade.

Trabalha todos os dias a paz de espírito dentro de ti, assim estarás a contribuir para um bem maior, mais paz no mundo”.

 

Especialista em Perfis Comportamentais, Enfermeira & Terapeuta em Saúde Integrativa Sistémica

Vou comprar um apartamento e estou a ponderar fazer um seguro. Que seguros associados são obrigatórios?

Atualidade/Concelho Por

Existem seguros obrigatórios e facultativos. O seguro de incêndio é obrigatório para os edifícios em regime de propriedade horizontal e deve cobrir o risco de danos provocados no imóvel por incêndio na fração autónoma e nas partes comuns do edifício, como por exemplo os elevadores ou a garagem.

O seguro deve ser feito pelos proprietários para o que deverá ser incluída a modalidade “Incêndio e Elementos da Natureza”.

Poderá ainda optar por um seguro de “Multirriscos”, mais abrangente e que poderá cobrir outros riscos com coberturas facultativas, designadamente de danos no imóvel ou no seu recheio, podendo também incluir a cobertura de responsabilidade civil.

Caso não cumpra, caberá ao administrador do condomínio fazê-lo no prazo e pelo valor definido na assembleia de condóminos, ficando os proprietários sujeitos ao respetivo reembolso.

Antes de contratar este seguro para a habitação, deve pedir e comparar várias propostas, solicitando ao segurador ou mediador de seguros um conjunto de informações, nomeadamente os riscos cobertos e exclusões, as coberturas facultativas e eventuais

franquias e ainda sobre os critérios utilizados para determinar o valor das indemnizações.

Alertamos ainda para outros aspetos ligados, por exemplo, à proteção contra roubo ou aos meios de combate a incêndio, que são ainda fatores a ter em conta e devem ser avaliados na contratação do seguro, face ao impacto que terão no respetivo preço.

Se precisar de informação contacte a DECO – Delegação Regional do Minho, sita na Avenida Batalhão Caçadores, 9, Viana do Castelo encontra-se disponível podendo contactar-nos através do 258 821 083 ou por e-mail para deco.minho@deco.pt.

Se a taxa de juro subir conseguirá manter o pagamento da prestação do seu crédito à habitação?

Atualidade/Concelho/Política Por

Atualmente comenta-se o aumento da taxa de juros do crédito à habitação, tendo inclusivamente alguns dos bancos alertado já para este cenário, facto que está a causar alguma preocupação junto dos consumidores, atendendo ao impacto que poderá ter nos orçamentos familiares.

A subida da taxa de juro levará a um aumento do valor da sua prestação, logo os consumidores serão obrigados a emagrecer o seu orçamento mensal para conseguir pagar a despesa com a habitação. Por outro lado, poderá agravar a situação financeira das famílias, já muito complicada, podendo culminar em muitos casos no incumprimento do pagamento do crédito à habitação.

O que fazer perante tal cenário? O ideal será atuar preventivamente.

Comece por:

– Solicitar à instituição bancária onde tem o crédito à habitação uma simulação que reflita o aumento para 1% da Euribor. De seguida analisar o impacto do aumento na sua prestação mensal.

– Calcular a sua taxa de esforço, o peso que as prestações com crédito têm no rendimento do seu orçamento familiar.

– Analisar a atual taxa de esforço e se for superior a 35% procurar negociar os contratos de créditos de forma a promover um maior equilíbrio financeiro, reforçando a sua capacidade perante um possível aumento da prestação do crédito à habitação.

– Avaliar o peso que a prestação (com o aumento da taxa de juro) terá no seu orçamento familiar.

– Adaptar o orçamento familiar à sua situação financeira, avaliar as despesas e verificar aquelas que poderá reajustar ou eliminar com o envolvimento de todos os elementos da família.

Sempre que se depare com dificuldades no pagamento da prestação deve contactar a instituição bancária, procurando uma solução possível para as dificuldades sentidas. Existem alguns mecanismos legais que impõem ao banco o dever de acompanhar a execução dos contratos de crédito, prevenindo situações de incumprimento mediante a apresentação de propostas que visem a reestruturação do crédito. Mas, perante uma situação de incumprimento a instituição

de crédito deve contactá-lo para negociar soluções de pagamento para a regularização extrajudicial de situações de incumprimento de contratos de crédito.

Para muitas famílias a perspetiva, tanto a curto, como médio prazo, do aumento da taxa de juro é a de agravamento da sua situação financeira. Se enfrenta dificuldades ou pretende evitar a rutura do seu orçamento, saiba que a DECO presta aconselhamento e orientação na gestão das suas finanças pessoais e apoia o consumidor sobreendividado, através do nosso Gabinete de Proteção Financeira.

Para mais informações a DECO – Delegação Regional do Minho, sita na Avenida Batalhão Caçadores, 9, Viana do Castelo encontra-se disponível podendo contactar-nos através do 258 821 083 ou por e-mail para deco.minho@deco.pt.

Simplicidade do caminho!

Atualidade/Concelho/Opinião Por

Este artigo pretende abordar o novo ano de peregrinação a Santiago de Compostela, ano de 2022, que se espera ser o ano de celebração do ano Jacobeu que não pode ser celebrado em 2021 devido à pandemia.

Cláudia Moura

Entregue-se à simplicidade! Experiencie o Caminho com simplicidade. Caminhe com intensidade. Permita-se. Confie no Apóstolo. Viva o Caminho com espírito de peregrino. A viagem até Santiago de Compostela é uma experiência sublime. Quem se predispõe à experiência faz o caminho interior do seu eu; é mais do que uma viagem física com uma direção. É uma viagem de reconciliação! Chegamos a Santiago de Compostela de alma cheia de sentimentos profundos de gratidão e súplica, levamos a nossa história, o nosso passado e presente, com alegria e provações e, sobretudo com muitas memórias. Permita-se à experiência! Olhe para existência humana como uma peregrinação rumo às imensas dimensões da vida.

Peregrino, ninguém peregrina apenas pelas estradas do aqui e agora, mas também, e principalmente, pelos territórios do ali e além. A perspetiva da peregrinação solidária é a melhor experiência. O cristão é um peregrino. O cristão é um peregrino que caminha em comunhão. Caminhar é rezar! O Caminho faz sentido quando conseguimos extrair o sentido de cada momento com a simplicidade que lhe cabe. O sentido do Caminho é a simplicidade. Mas não é uma simplicidade qualquer. Uma simplicidade qualquer é uma mera passagem. E o Caminho é viver interiormente. Fazemo-nos peregrinos pelo coração! Prepare o coração… liberte-se da ilusão e torne-se recetivo à simplicidade que nos ensina todas as coisas e nos conduz à paz. Passo a passo prepare-se para viver essa experiência única.

Por: Cláudia Moura

A Geração Liberal

Atualidade/Concelho/Opinião/Política Por

Após duas semanas frenéticas de campanha, na hora da decisão, ganhou o Partido Socialista (PS). Ao contrário de algumas correntes políticas que têm assento parlamentar, eu não coloco em causa a legitimidade da eleição socialista. Como liberal, como democrata, tenho que aceitar a soberania do povo. O povo escolheu continuar no caminho da estagnação? Que assim seja!

Embora aceite o resultado, não significa que aceite a escolha. Como é óbvio não virão tempos de mudança de rumo ou estratégia. As reformas tão badaladas e prometidas por António Costa durante a campanha nunca irão acontecer. Um partido tão entranhado na máquina do Estado, com tantos vícios e casos de nepotismo, ele próprio será inevitavelmente a pedra na engrenagem duma possível reformulação dos organismos do Estado, ou da eficiência do mesmo, sem que isso implique mais dinheiro dos contribuintes. Ou seja, para qualquer intenção em reformar as múltiplas áreas do Estado, o PS será sempre o problema, não a solução…

Nem tudo foram más notícias, a noite eleitoral trouxe sinais de mudança! Se na antevéspera das eleições as sondagens davam a possibilidade da Iniciativa Liberal (IL) se tornar na terceira força política a nível nacional, um dos indicadores era por si só uma vitória: os jovens eleitores são a base de apoio! Há claramente uma mudança de mentalidade e do perfil do eleitor, falamos, portanto, da Geração Liberal.

Esta geração nasceu na era das novas tecnologias, é altamente qualificada, desprendida de ideias pré-concebidas, quer conquistar o mundo e, consequentemente, tem um contacto precoce com países (mais) liberais. Esta bagagem intelectual tem impacto na hora de decidir. Já entenderam que há uma opção política para além daquela a que nos fomos habituando ao longo dos últimos 48 anos de democracia. A política não tem que viver sobre uma alternância com pó, mas tem que ter alternativa. E ela, felizmente, existe: Iniciativa Liberal.

Os números já anteviam a intenção de voto. Já na ótica do eleitor indeciso, as ideias liberais despertavam interesse. Vale a pena recordar os últimos sete dias de campanha – entre 19 e 26 de janeiro -, e comparar com a semana anterior, através da ferramenta Google Trends, para conhecer a distribuição de interesse em cada partido político de acordo com as pesquisas dos portugueses no motor de busca Google [1]. A IL ganha com 26%. Os partidos da alternância (PS/PSD) só surgem na segunda e terceira posições e o somatório de ambos não nos ultrapassa: o PSD corresponde a 11% do interesse gerado pelos utilizadores do motor de busca e o PS a 10%. Além disso, segundo os dados do jornal “Público”, os liberais tiveram mais votos entre a população mais qualificada e com maior poder de compra. Esta afirmação é sustentada pelos dados fornecidos pelo portal EyeData, disponível no site da Lusa [2].

Desta forma, ao contrário que a comunicação social tinha ventilado durante as semanas pré-campanha e na campanha, a IL não só agrega os jovens portugueses, mas também a população ativa. A isto deve-se às próprias ações do partido, com novas formas de fazer política (mais proximidade, eventos informais abertos à sociedade civil, etc.…), mostrando-se um partido aberto, plural e transversal à sociedade. No fundo, a vitalidade e a energia que se vive entre os liberais é inquestionável, abre portas a um crescimento sustentável, reunindo no seu seio mais homens e mulheres que não se conformam e que querem mudar o rumo do País. Bem-vindos à Geração Liberal!

CURIOSIDADE: Deixo aqui alguns dados elucidativos como a IL tem cativado a população Barcelense.

E tu, do que esperas? Entra nesta onda liberal! Sabe mais em: https://www.liberal.pt/adere

Referências

[1] https://www.dinheirovivo.pt/geral/iniciativa-liberal-e-o-partido-que-gerou-mais-pesquisas-no-google-na-ultima-semana-ps-e-psd-muito-abaixo-14529996.html

[2] https://socialdatalab.pt/Projectos/eyedata/

É preciso romper o silêncio: suicídio na infância e na adolescência!

Atualidade/Concelho/Opinião/Saúde Por

Comportamento suicida é uma ação autolesiva, inclui gestos suicidas, tentativas de suicídio e o suicídio consumado. É importante realçar que a ideação suicida compreende pensamentos e planos de ação sobre suicídio e a tentativa de suicídio são atos de automutilação que podem resultar na própria morte. Sendo o suicídio “um ato de violência autoinfligido”

No entanto é importante salientar que o suicídio não deve ser avaliado como sendo o desejo de morrer, ma sim de acabar com tudo aquilo que está a provocar um sofrimento intenso que parece não ter solução.
Atualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é um problema de saúde pública a nível mundial, sendo responsável por 1 morte a cada 40 segundos no mundo, dado que se trata de um fenómeno complexo e multifacetado que resulta da interação de fatores de natureza filosófica, antropológica, psicológica, biológica e social.

Segundo a Direção Geral de Saúde na nossa população a maior prevalência do comportamento suicida encontra-se entre a idade adulta e a adolescência. Contudo nos últimos anos tem sido visível um aumento significativo deste comportamento em faixas etárias mais baixas, inclusive, com suicídios a partir dos 5 anos de idade.
Entre 2002 a 2012 houve um aumento de 40% na taxa de suicídio entre crianças e adolescentes (10 e 14 anos) e de 33,5% na faixa etária de 15 a 19 anos, no entanto com a situação pandémica foi visível novamente um aumento substancial nestes valores. Estes dados são a nossa maior preocupação enquanto profissionais de saúde mental e nos levam a questionar o que faz uma criança ou adolescente pensar ou acabar com a própria vida?

O suicídio é a segunda causa de morte entre as crianças e os adolescentes, como resultado da presença de perturbação mental, muitas vezes desconhecidas e/ou desvalorizadas. Por norma as crianças com risco de suicídio poderão apresentar-se: deprimidas ou ansiosas, apáticas e sem energia para atividades que anteriormente seriam prazerosas, alteração súbita de comportamentos, conversas sobre assuntos relacionados com a morte. Pelo que é extremamente importante começar-se a estar alerta e dar a devida atenção e acompanhamento à saúde mental desde os primeiros anos de vida.

Fatores de risco

A ideação suicida nem sempre termina em suicídio consumado, mas é um fator de risco para o mesmo e são diversos os fatores que normalmente interagem antes de a ideação se tornar comportamento suicida. Tais como:


• Morte de um ente querido


• Suicídio na escola ou entre pares


• Perda de um(a) namorado(a)


• Mudança de um ambiente familiar (como da escola ou da vizinhança) ou de amigos


• Humilhação por familiares ou amigos


• Situações de bullying


• Insucesso na escola

Tais acontecimentos stressantes por si só não levam a que as crianças e adolescentes tenham este tipo de comportamentos, contudo quando existem problemas subjacentes, mesmo não sendo justificativo é mais provável que aconteça, como perturbação de humor ou ansiedade, perturbação de controlo ou comportamento, abuso de substâncias, esquizofrenia, traumatismo craniano, PSPT, entre outros.

Um outro lado preocupante para os Psicólogos é que o comportamento suicida nas crianças acontece muitas vezes como sendo imitação de outros, como no caso de celebridades e as informações expostas pelos midia e redes sociais. Da mesma forma acontece quando episódios idênticos acontecem nas escolas e/ou com os seus pares.
Bem como a sua componente hereditária, em que o suicídio é mais provável em famílias com predisposição para as perturbações de humor, especialmente caso haja um histórico familiar de suicídio ou outros comportamentos violentos.

Diagnóstico

Pais, médicos, professores e amigos podem estar numa posição que lhes permita identificar as crianças que podem tentar o suicídio, em particular aquelas que tiveram uma recente mudança de comportamento. As crianças e adolescentes que exprimem abertamente pensamentos de suicídio (como “quem me dera nunca ter nascido” ou “gostaria de dormir e nunca mais acordar”) estão sob risco, tal como as crianças com sinais mais sutis, como retraimento social, retrocesso escolar, perda de prazer em atividades do dia-a-dia anteriormente prazerosas.

Nestes casos os profissionais de saúde têm duas funções principais:


• Avaliar a segurança e a necessidade de hospitalização da criança suicida


• Intervir nas perturbações subjacentes, como a depressão, ansiedades, problemas familiares, abuso de substâncias, entre outros.

Apoio médico é essencial. O encaminhamento da criança ou adolescente com tendências suicidas a profissionais qualificados como pediatras, psicólogos e psiquiatras pode salvar uma vida!

Tratamento

Qualquer tipo de tentativa de suicídio deve valorizada e mobilizando todos os recursos para a situação, porque um terço das crianças com comportamentos suicidas acabam por consumar o ato. Por norma começa por alguns pequenos ferimentos, como alguns arranhões superficiais no pulso, mas com o passar do tempo estes atos tornam-se cada vez mais intensos e autolesivos.

O tratamento pode envolver hospitalização caso o risco seja elevado, farmacoterapia e terapia individual e familiar.
A decisão de hospitalização depende do grau de risco, dado que é o modo mais garantido de proteger a criança e é geralmente indicada quando existe algum diagnóstico de perturbação mais severa, como a depressão. Em casos de a hospitalização não ser necessária, as famílias das crianças deverão ser apoiadas de forma a eliminarem todos os fatores de risco que a criança e adolescente possam ter para manterem os comportamentos suicidas. No caso da criança e/ou adolescente deverá ser encaminhado para psiquiatria e psicologia para devido tratamento, farmacológico e psicoterapêutico.
O tratamento é mais eficaz e eficiente quando existe a envolvência de toda a equipa médica (médico de família/ pediatra, psiquiatra e psicólogo).

Dicas para familiares

Sinais possíveis de ideação suicida em crianças e adolescentes:


• Humor deprimido


• Diminuição do rendimento escolar


• Aumento do isolamento social


• Perda de interesse em atividades anteriormente prazerosas


• Mudança na aparência (negligência ou desleixo nos cuidados pessoais)


• Aumento do interesse em temas relacionados à morte


• Aumento da irritabilidade, crises impulsividade e agressividade


• Alterações no comportamento


• Uso de álcool ou drogas


• Mudança no padrão do sono e/ou apetite


• Uso de expressões verbais “auto-destrutivas” – “Queria morrer”

Por: Drª Marisa Marques

Atestado Médico de Incapacidade Multiuso

Atualidade/Opinião/Portugal Por

O atestado médico de incapacidade Multiuso é um documento que comprova e determina que um indivíduo tem uma incapacidade, física, mental ou outra, expressando em percentagem o nível dessa incapacidade. A avaliação, bem como o atestado é feito por uma junta médica, de acordo com a Tabela Nacional de Incapacidades.

O cidadão que pretenda obter o referido atestado deve seguir um processo com os seguintes passos:

– Dirigir-se ao centro de saúde onde está inscrito;

– Apresentar um requerimento dirigido ao Delegado de Saúde, para convocação de uma Junta Médica, para avaliação da sua situação de saúde e atribuição do grau de incapacidade;

– Anexar ao requerimento todos os documentos, relatórios médicos e exames complementares de diagnóstico, que achar conveniente e que justifiquem o seu pedido.

Após entrega do requerimento, a junta médica deve realizar-se num prazo de 60 dias a contar da data de entrega, sendo o utente notificado com antecedência dessa data.

O presidente da Junta Médica emite o atestado multiuso, indicando a percentagem de incapacidade.

Se discordar da avaliação, o utente pode recorrer para a Direção Geral da Saúde, através do delegado regional no prazo de 30 dias. O Diretor geral decidirá se convoca nova junta, que pode inclui um médico designado pelo utente, para uma reavaliação.

Para que o cidadão possa usufruir dos benefícios e apoios sociais e fiscais, previstos na lei, é imperativo que no atestado conste como grau de incapacidade do indivíduo igual ou superior a 60%. Quando isto se verifica, o cidadão pode usufruir dos seguintes benefícios:

– Apoios da Segurança Social;

– Ajuda Técnica com o financiamento a 100% de produtos de apoio, desde calçado ortopédico, bengalas, canadianas, andarilhos, cadeiras de rodas, camas articuladas, e óculos ou carros de baixa velocidade;

– Crédito à habitação bonificado;

– Isenção de taxas moderadoras;

– Comparticipação de medicamentos e de despesas de deslocação;

– Benefícios na aquisição de Viatura própria;

– Isenções de impostos;

– Benefícios fiscais em sede de IRS;

– Cartão de Estacionamento: modelo comunitário que permitirá à pessoa com deficiência estacionar nos lugares que lhe são especificamente destinados;

– Prioridade no atendimento nos serviços públicos;

Para usufruir deste benefício deve entregar uma cópia do seu atestado no serviço de finanças e segurança social da sua área.

Para mais informações a DECO – Delegação Regional do Minho, sita na Avenida Batalhão Caçadores, 9, Viana do Castelo encontra-se disponível podendo contactar-nos através do 258 821 083 ou por e-mail para deco.minho@deco.pt.

Dinamismo social entre estudantes

Atualidade/Concelho/Opinião Por
João Fernandes & Diogo Araújo

João Fernandes e Diogo Araújo são alunos do curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) e convidados a escrever o artigo do mês de fevereiro no espaço da Intensify World. Iniciaram e deram seguimento a um projeto que venceu recentemente o prémio “Valor Santander/IPCA”.

João Fernandes

João Fernandes, 23 anos, aluno do curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA). Durante os meus anos académicos, sempre tive a ambição de desenvolver competências e aptidões não só a nível pessoal e profissional, mas também embutir essa vontade nos meus colegas.

No meu primeiro ano de faculdade, reparei quase imediatamente, que entre os alunos do meu curso havia falta de vontade de fazer algo para além das unidades curriculares. Visto isto, optei por ter uma atitude motivadora de forma a tentar criar nos meus colegas, a ambição de fazerem mais atividades enriquecedoras e que no futuro fosse uma mais-valia na sua carreira profissional e pessoal.

No final do meu primeiro ano de faculdade, ganhei uma perspetiva diferente em relação ao percurso académico e comecei a notar em certos pormenores que pareciam ser recorrentes todos os anos. Grande parte dos alunos não demonstra interesse em participar nas atividades extracurriculares de forma a adquirir espírito de trabalho em equipa e a sua componente social era muito baixa. Com isto, comecei a incentivar o trabalho em equipa, estimular o estudo em conjunto, assim como a criação de workshops para melhorar o aproveitamento em unidades curriculares. No entanto, o facto de eu criar esta iniciativas não foi suficiente pois havia na mesma uma taxa de participação baixa em atividades não organizadas pelo curso. Por essa razão idealizei atividades em que eles com pouco conhecimento adquirido, poderiam causar impacto social gigante na comunidade, alcançando assim uma capacidade critica de situações do foro escolar e melhorando o seu valor intrínseco.

Tendo participado em edições anteriores da oficina do brinquedo, eu percebi que esta era a atividade perfeita para motivar os alunos. Devido à pandemia, esta atividade tinha sido posta de parte por tempo indefinido.

A oficina do Brinquedo realiza-se à alguns anos, tendo como finalidade a adaptação de Brinquedos para crianças com incapacidade motora e/ou cognitiva. Contudo, eu e o Diogo, apercebemo-nos que este tinha potencial para ir além da finalidade acima referida, devendo abarcar iniciativas com maior impacto social ,para isso, envolver pessoas e associações externas ao IPCA.

Neste sentido, com o apoio da comunidade do IPCA, a Oficina do Brinquedo não vai apenas restringir-se à adaptação de brinquedos, mas vai envolver:

  • Campanha para angariação de brinquedos antigos e novos;​
  • Adaptação de brinquedos para crianças com deficiência motora e/ou cognitiva;​
  • Reparação de Brinquedos antigos/novos para doação;​
  • Elaboração de controladores de videojogos para pessoas com deficiência motora e/ou cognitiva;​
  • Elaboração de controladores de computador para pessoas com incapacidade;​
  • Aquisição de competências técnicas de modo que os adolescentes possam experienciar a Engenharia Eletrotécnica e o ensino superior;​
  • Desenvolver as competências técnicas, redes de contacto e aumentar a participação dos alunos de engenharia em eventos;​
  • Possibilidade de os alunos começarem a desenvolver projetos para ganhar experiência;​
  • Incentivar e demonstrar aos adolescentes da ASAS da possibilidade do ensino superior;
  • Ensinar os jovens da ASAS sobre os básicos das componentes técnicas da eletrónica possibilitando que estes possam arranjar emprego na área facilmente;
  • Dar a possibilidade aos jovens da ASAS fazerem a manutenção e consertar os brinquedos dos colegas mais novos, aumentando assim a sustentabilidade da instituição e o aperfeiçoamento das suas competências eletrónicas;
  • Elaboração e divulgação de um vídeo tutorial sobre adaptações de brinquedos/controladores de videojogos para que qualquer pessoa com pouco ou nenhum conhecimento eletrónico consiga aprender e elaborar controladores adaptados para os seus familiares e/ou amigos.

O alargamento da Oficina do Brinquedo à dimensão do ensino da eletrónica e da reparação aos jovens da ASAS visa responder a uma necessidade que detetamos: capacitar os jovens com dificuldades socioeconómicas, que são um pouco esquecidos pela sociedade devido a já não serem crianças, e mostrando-lhes também que a sociedade se importa com eles e que lhes fornece as ferramentas necessárias para que qualquer pessoa ,independentemente do seu trajeto de vida, possa ter sucesso académico e boa integração profissional..

É neste contexto que decidimos ensinar os jovens das ASAS a fazer reparações eletrónicas, podendo-lhes abrir a porta a um emprego na área (sabemos bem que esta é uma área carenciada) fornecendo assim a independência e estabilidade económica que muitos anseiam ter, bem como a possibilidade de conhecerem o ensino superior e que existem mecanismos de apoio (bolsas) caso ingressem no ensino superior e que o conhecimento é uma arma muito poderosa que lhes possibilitará chegar mais longe.

Para alem disto, permitimos que na ASAS, estes jovens possam fazer a manutenção ou reparações eletrónicas o que lhes permite ganhar autoestima, respeito por eles próprios bem como ajudarmos a instituição a ser mais sustentável.

Relativamente a APAC e a ASAS, estas instituições mostraram-se extremamente apoiantes dos nossos projetos, demonstrando a APAC interesse nos controladores de consola que esta a ser elaborado por mim e também propôs outros projetos que os alunos poderiam fazer de modo que estes pudessem ganhar currículo e ajudando assim a comunidade.

Sendo muito importantes os objetivos acima referidos, julgo que o principal objetivo da Oficina do Brinquedo é permitir aos alunos do curso de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores desenvolver competências adquiridas colocando-as ao serviço do outro, satisfazendo as suas necessidades e também aprofundar competências que serão importantes para o futuro, designadamente, para ingressar no mercado de trabalho.

O que pretendo com este projeto é demonstrar que os alunos de EEC e do IPCA querem ajudar as pessoas com soluções eletrotécnicas, e que estas possam permitir que todos, independentemente das suas características e necessidades, possam delas beneficiar. Com o valor de 1700 euros ganho no Prémio valor Santander/IPCA pretendo financiar a adaptação de comandos para jovens da APAC bem como financiar outros projetos.

No entanto admito que nada disto seria possível sem ajuda dos meus colegas, mas especialmente de um, o Diogo Araújo, o qual vai continuar com esta iniciativa para o ano e continuar a incentivar e cativar alunos para participarem.

A educação e o conhecimento transformam realidades e faz de pessoas, cidadãos.

Diogo Araújo

Sou o Diogo Araújo, tenho 22 anos e frequento o curso em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA). O João ao visionar as minhas capacidades de comunicação e aptidões, pediu para dar continuidade ao seu projeto, onde contribui significativamente no mesmo.

Desta forma, cativei os alunos do curso a participarem nas atividades extracurriculares, fazendo com que adquirissem um espírito de trabalho e um aumento na sua componente social. Com isto, realizei workshops de forma a melhorar o aproveitamento das unidades curriculares, assim como a criação de salas de estudo coletivas, permitindo assim uma melhor aprendizagem aos alunos.

Com a realização da Oficina do Brinquedo, com a ajuda do João, sendo esta embarcada num impacto extrínseco, envolvendo associações externas ao IPCA, permitiu aos alunos do curso em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, desenvolverem capacidades, de comunicação e entreajuda ao relacionarem-se diretamente com os jovens da ASAS.

Com isto pretendo dar continuidade ao nosso projeto, dando uma maior dimensão e alcançando uma maior panóplia de pessoas.

O meu projeto de final de curso, por sua vez, contribuirá num projeto dedicado única e exclusivamente para as instituições da ASAS e da APAC, que permitirá, a inclusão de um jogo por realidade aumentada, de forma a ajudar os jovens das instituições. Desta forma, pretendemos a criação de um elo de ligação entre a instituição académica e as instituições externas.

Por: João Fernandes & Diogo Araújo

Consumidores portugueses continuam a viver em pobreza energética

Atualidade/Concelho/Opinião Por

Em 2021 a DECO prestou aconselhamento a cerca de mil consumidores sobre serviços energéticos, nomeadamente acerca de faturas elevadas e dificuldades em cumprir esses pagamentos, dúvidas relacionadas com contratos e mecanismos de apoio aos consumidores.

Acreditamos que os confinamentos sucessivos e a subida de preço da energia são os principais factores que motivaram, em grande medida, a procura dos serviços de apoio ao consumidor da DECO. Foi precisamente para apoiar os consumidores a melhorar a eficiência energética das suas casas que a DECO criou o Gabinete de Aconselhamento de Energia (GAE).

Ao longo do ano, a DECO envidou esforços para que a questão da pobreza energética dos portugueses fosse prioritária e se tomassem reais medidas para beneficiar a eficiência energética das habitações em Portugal. Apesar das preocupações manifestadas, a Associação continua a aguardar pelo cumprimento da promessa de aprovação e implementação da Estratégia a Longo Prazo de Combate à Pobreza Energética.

Já em maio de 2021, e em conjunto com 7 outras organizações, a DECO apresentou várias propostas de alteração a este documento, as quais deverão ser agora reforçadas. Entre elas destacam-se:

  • Uma definição clara do conceito de pobreza energética, associando-o à dificuldade em manter a habitação com um nível adequado de serviços energéticos essenciais e não somente ao rendimento familiar;
  • Uma intervenção prioritária no isolamento habitacional;
  • A definição de um Plano de Ação que concretize as medidas e respetiva calendarização;
  • A aprovação de mecanismos que conjuguem financiamento público, privado e formatos inovadores, envolvendo todos os interessados, independentemente da sua capacidade financeira.
  • A aprovação de programas de incentivo dirigidos a um maior número de consumidores, uma vez que os atuais apresentam limitações que excluem uma grande fatia da população;
  • A criação do Observatório Português da Pobreza Energética que permita a monitorização da evolução deste flagelo no país. 

A DECO continuará a acompanhar esta temática que se revela de extrema importância para o consumidor, garantindo que este terá o acompanhamento adequado a assumir um papel de relevo nesta eminente transição energética.

Para mais informações a DECO – Delegação Regional do Minho, sita na Avenida Batalhão Caçadores, 9, Viana do Castelo encontra-se disponível podendo contactar-nos através do 258 821 083 ou por e-mail para deco.minho@deco.pt.

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