
O termo “participação” da pessoa com experiência de doença mental em contexto de prestação de serviços refere-se ao envolvimento na vida de forma mais ampla, assim como a uma colaboração ativa na prestação de serviços.
A Participação do utilizador (utente) pode definir-se como:
- Reconhecimento de que o utilizador é um indivíduo único;
- Utilizadores que desenvolvem a confiança, para expressar uma opinião;
- Utilizadores que expressam a sua opinião própria, em vez de darem respostas que pensam ser as que os serviços e/ou profissionais querem ouvir;
- Os serviços e o indivíduo trabalhando em conjunto nas decisões que o afetam;
- O utilizador aprender sobre si mesmo(a) e começar a compreender que ao direito de participação e tomada de decisão estão associadas responsabilidades;
De acordo com o manual elaborado pela Comissão Consultiva para a Participação de Utentes e Cuidadores – Princípios Orientadores para a Participação do Utente (2005), existe um conjunto de princípios orientadores para a participação da pessoa com experiência de doença mental de modo a que os serviços de saúde mental, reabilitação psicossocial e de suporte ao utilizador compreendam e utilizem estes princípios para reforçar a voz do utilizador dentro do contexto da prestação de serviços.
Assim, abaixo serão referidas as 5 principais razões para a participação da pessoa com experiência de doença mental:
A participação :
- Proporciona oportunidades adicionais de recuperação para a pessoa com experiência de doença mental;
- permite que os serviços tenham maior capacidade para responder de forma adequada;
- é um direito ético e democrático;
- é um dos meios de igualar o relacionamento de poder entre o serviço e a pessoa;
- pode melhorar a qualidade dos serviços e é uma parte integrante do Sistema de Qualidade no campo da saúde mental e reabilitação psicossocial.
Por outro lado, há vários tipos de interações que podem influenciar a sua participação, como por exemplo, o ambiente, os relacionamentos, qualidades e características pessoais.
Por: Rita Rodrigues*.
Psicóloga e Diretora Técnica da Unidade Paul Adam Mckay da Associação RECOVERY IPSS.
(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do/a autor/a)