
É antigo o ditado e serviu que nem uma luva ao nosso Glorioso na última jornada. Tem obviamente de ser bem interpretada a parábola. Entrámos a perder logo aos 9 minutos e passámos a maior parte do jogo a correr atrás do resultado. A reviravolta só sucedeu quase na parte final do jogo, com os dois golos de Jonas e a confirmação de Rafa. Depois de um jogo menos conseguido por Jonas na jornada anterior, parece ressurgir em bom nível, talvez porque é dos poucos que realmente querem ganhar sempre. Além do mais, dá muitas vezes a sensação que sente o verdadeiro valor do “manto sagrado”. Também Rafa esteve em bom nível e há já algumas jornadas que vinha merecendo um golo.
Mas a verdade é que o Benfica que defrontou o “Paços” teve mesmo de “aproveitar o fevereiro”, pois o “janeiro” não lhe correu grande coisa. Já me custa bater na mesma tecla mas a verdade é esta: desde o início da época o Benfica ainda não assentou os pés na terra. E de cada vez que lhe aparece à frente um adversário mais atrevido, treme por todo o lado e as fragilidades tornam-se visíveis. E afirmo novamente esta semana: O resultado é enganador! A visita a Paços de Ferreira nunca é fácil e vitória por 1-3 parece um resultado interessante. Mas é preciso ter visão mais ampla e perceber que boa parte do jogo estivemos a perder por uma bola. O Benfica vence, mas (ainda) não me convence.
Espero que na próxima jornada saibamos aproveitar o facto de pelo menos um dos nossos adversários diretos ir perder pontos. Sendo que recebemos em casa o Marítimo, que se levar o “autocarro” para dentro do campo e jogarmos como temos vindo a jogar promete dificuldades.
Atentando à casa do “vizinho” vou torcer pelos verdes, sendo que é bem provável que eles mesmos prefiram perder para não ajudar os vermelhos. Mas por mim, nem que ganhem por meio golo. Nem que seja marcado na “terceira parte”, como agora parece estar na moda.
(Ainda) quero ser penta!
E viva o Benfica.
Por: Hugo Pinto*.
(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)