
As Bibliotecas não existem de forma independente da sociedade e das instituições às quais se vinculam. Pelo contrário, estas acompanham as tendências que se verificam na vida social, em especial aquelas relacionadas ao campo do conhecimento e da educação. Neste sentido, estas foram-se especializando à medida que as instituições científicas e educacionais se diferenciaram umas das outras em torno de um objeto, de uma teoria ou de uma prática.
Tradicionalmente, as Bibliotecas de Ensino Superior são direcionadas para atender as necessidades informacionais da comunidade académica, nos seus eixos de ação, ensino, pesquisa e investigação.
O peso atual da sociedade da informação, o aumento das necessidades dos utilizadores, conduzem a um aumento da eficácia e rapidez na recuperação da informação, que obriga à introdução de transformações organizativas na difusão da informação, que, por conseguinte, conduzem a uma obrigatoriedade de implementação de instrumentos de trabalho por parte dos profissionais de informação. Se é verdade que o engenho da introdução das novas tecnologias, veio colocar novos desafios aos profissionais da informação, é igualmente verdade que as suas funções se mantêm inalteráveis.
A explosão da informação nos últimos anos trouxe às bibliotecas portuguesas em geral, e em particular às Bibliotecas de Ensino Superior, alguns problemas de organização e difusão da informação, conduzindo os seus profissionais à tentativa de criação de instrumentos de trabalho e de pesquisa eficientes e capazes de responder às necessidades dos seus utilizadores na recuperação da informação.
No mundo globalizado em que estamos inseridos, destaca-se o papel da informação como elemento necessário e fundamental para a tomada de decisões em qualquer âmbito. Ao mesmo tempo, constata-se a chamada explosão informativa, dificultando o acesso aos documentos, caso não tenham sido adequadamente organizados. Nesse contexto, salienta-se o papel do profissional bibliotecário que irá mediatizar o processo de acesso a essa informação através de procedimentos de organização e representação documental.
Por: Dr.ª Maria José Amaral Neco*.
(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)