
Assalto
Roubaram-me, parte do meu “Eu”,
Num assalto que me fizeram
Algo de valor ser perdeu
Bens materiais não quiseram.
Armei-me em valente!
Tentei reagir!
Mas fiquei nervosa e imponente
Quis dizer não, mas deixei ir….
Fiquei arranhada e pisada
No aperto que no peito ficou
Embora ainda magoada
Da cicatriz pouco restou.
Vi apenas o busto,
De um homem a fugir
Cobarde a qualquer custo
Não pensou sequer, o que eu ia sentir.
Se me tivesse matado
Acho que eu não ia sofrer
Hoje sofro por ter deixado
Que algo valioso pudesse perder.
Casa roubada, trancas na porta.
Assim decidi me defender
Construí em “mim”, uma comporta
Onde a água deixo correr…
Corre, corre, sem parar
Sempre para me proteger
Que loucura é tentar mergulhar
Na água que brota do meu ser!
Por: Joana Martins*.
(* A redação do poema é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)