O presidente da câmara de Vila Nova de Famalicão (PSD) não se recandidata ao cargo para “abrir uma janela de oportunidade no médio prazo” na governação da autarquia, possibilitando “uma estratégia” além dos próximos quatro anos, anunciou hoje.
Num direto na sua página pessoal da rede social Facebook, o social democrata Paulo Cunha, eleito vereador daquela autarquia do distrito de Braga em 2009 e presidente em 2013 e 2017, disse que termina o seu ciclo como autarca “satisfeito e realizado”.
A 03 de março, o nome de Paulo Cunha fazia parte de 101 nomes divulgados pelo PSD como homologados pela Comissão Política Nacional do partido como candidatos a presidentes de outras tantas câmaras nas eleições autárquicas deste ano.
“É para abrir essa janela de oportunidade no médio prazo que entendo que devo cessar as minhas funções”, justificou hoje o autarca de Famalicão.
Segundo o também líder da distrital do PSD, “Famalicão precisa de um presidente de câmara de médio e longo prazo, não precisa de um presidente de câmara que conclua um ultimo mandato, tão só, de quatro anos”.
Isto porque, explicou, “há ambições e projetos que se colocam a Famalicão que reclamam e que exigem esta longevidade da governação autárquica”.
“Desde o quadro comunitário chamado Portugal 2030, ao Plano de Recuperação e Resiliência, a chamada Bazuca, que são ambições de oportunidade que reclama uma estratégia que vai muito além de quatro anos”, enumerou.
Paulo Cunha salientou que não acha que “um presidente de câmara tenha que sair para ser deputado, ou para ser nomeado para qualquer cargo, ou para se aposentar ou porque a lei estabelece um limite”.
“Acho que me compete a mim, enquanto presidente de câmara, definir qual o momento certo para terminar esta relação autárquica. Eu entendo que esse momento chegou”, defendeu.
Sobre os 12 anos como autarca, referiu que foram positivos: “A convicção que tenho é que foram 12 anos bem sucedidos, particularmente estes últimos oito. Oito anos depois conseguimos colocar Famalicão no mapa. Falar de Famalicão significa falar pelas boas razões”, indicou.
O autarca adiantou que pretende voltar à sua vida profissional na advocacia.
A Câmara de Famalicão é atualmente constituída por oito membros da coligação PSD/CDS-PP e três do PS.
Segundo a lei, as eleições autárquicas decorrem entre setembro e outubro, mas ainda não têm data marcada.
Fonte: Lusa
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