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Dia mundial da poesia

Março 25, 2023 em Atualidade, Concelho, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Armindo Cerqueira

Armindo Cerqueira, natural da Vila de Prado, Vila Verde, é actor, encenador, dramaturgo e poeta, é o convidado a escrever o artigo do mês de março no âmbito do dia da poesia.

O dia mundial da poesia comemora-se no dia 31 de março de cada ano.


Esta celebração foi oficializada na XXX conferência geral da UNESCO, realizada em 16-11-1999.
O objetivo era alargar, a todo mundo, a diversidade de diálogo e a livre criação de ideias, através das palavras e inovação!


Afinal, o que é a poesia? A poesia é uma arte, integrada na Literatura, que se manifesta por palavras e conceitos, por forma a dar ao leitor um texto belo e rico em estética, normalmente carregado de sentimentos, emoções e credos! Eu diria que é ainda o resultado do que o poeta vê e sente, para além da realidade que escapa à maioria do ser humano! O poeta Manuel Alegre, chamou-lhe “a ciência mais exata”, no seu poema “país em inho”! A poetisa Natália Correia, no poema “senhores jurados”, diz que a poesia é para comer!… (celebra-se este ano o centenário do nascimento de Natália Correia, Eugénio de Andrade e Mário Henrique Leiria)! Não me vou deter a explicar, aqui, quais são os principais géneros da poesia, por demais estudados no nosso ensino ou referidos na internet! Além do mais, não sou professor, sou apenas um amante muito interessado na poesia, tenho escrito alguns poemas e sou sobretudo um leitor público dela! Recordo com saudade quando, no liceu, o meu professor de literatura me mandava ler, durante as aulas, cantigas de amigo e amor, dos nossos poetas medievais, do género provençal, entre eles o nosso rei D. Dinis! Com saudade recordo também meu pai que, embora pessoa simples, dizia de cor poemas e histórias, que me deleitavam a infância e, mais tarde, a adolescência!


A poesia já era arte cultivada pelos árabes, que nos ocuparam antes de os termos expulsado!


E, segundo alguns artigos, foram bons poetas! Mas também os poetas portugueses foram excelentes artífices, nesta matéria! Como país independente e liberto, a poesia manifesta-se, a partir do século XII e viria a ter grandes nomes, até aos dias de hoje! Desde Sá de Miranda, Gil Vicente, Luís de Camões, Almeida Garrett, Florbela Espanca, Sophia de Mello Breyner,  Fernando Pessoa, e tantos outros, para não ser exaustivo!


Os poetas da época trovadoresca faziam-se acompanhar por instrumentos de corda, para interpretar os seus versos! Mais tarde, nasceu o costume de os dar a cantar e musicar para o efeito! No século XX, e também neste, há poetas que têm adotado esse sistema e há músicos que resolvem musicar e cantar poemas de escritores já desaparecidos! Zeca Afonso musicou e deu voz a poemas de Luís de Camões. O poema “Fado Português”, de José Régio, foi musicado e cantado; “Gaivota”, de Alexandre O’Neill foi cantado por Amália Rodrigues e tem já outras versões. Os Trovante têm uma canção, a que deram o nome de “Perdidamente”, cuja letra é precisamente a do poema “Ser Poeta”, de Florbela Espanca! O músico brasileiro, Jardel Caetano, tem músicas cantadas para 18 poemas de Fernando Pessoa! Na atualidade, o compositor e cantor, Carlos Mendes interpreta poemas do poeta Joaquim Pessoa! E muito mais haveria para enunciar mas tenho que terminar por aqui!


Apenas uma última palavra sobre poetas e poesia de expressão portuguesa! O Brasil e África têm excelentes poetas que honraram condignamente as letras portuguesas. Talvez, numa próxima oportunidade possa voltar aqui, para falar deles! Aconselho, desde já, a lerem Mia Couto, excelente poeta e prosador!
Até uma próxima. Saudações poéticas!

    

Ser mulher e ser cigana

Janeiro 25, 2023 em Atualidade, Concelho, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Ana Patrícia Barroso

Ana Patrícia Barroso, natural de Barcelos, mestre em Serviço Social pela Universidade Católica Portuguesa, desde 2015. Desenvolveu a sua dissertação de mestrado com o tema “ A autonomização feminina no grupo étnico cigano português”. Anos mais tarde, a sua dissertação foi considerada a melhor tese de investigação do não em que foi publicada, o que originou o seu livro “Sina da Mulher Cigana”. Desde então que se dedica profissionalmente à intervenção social junto das comunidades ciganas, assegurando a sua integração na sociedade maioritária. 

Durante séculos, a mulher padeceu de uma invisibilidade social. Não tinha uma voz ativa até ao momento em que o ensino obrigatório começou a preparar igualmente homens e mulheres para a cidadania. A partir do século XIX, a par da reivindicação pelo direito à instrução, as mulheres lutaram pelo direito ao trabalho remunerado e, no século XX, a sociedade passou a ver a mulher como um ser cultural e não apenas como um ser da natureza. Nessa mesma época, a mulher conquistou progressivamente o direito ao voto, a igualdade em termos legislativos, a entrada em grande escala no mercado de trabalho, o acesso a vários níveis de ensino (incluindo o nível superior), a libertação do corpo, o direito à saúde sexual e reprodutiva e a ascensão a cargos públicos e políticos (incluindo o de presidente da república), embora ainda subsistam hoje focos de discriminação.

Porém, as situações das mulheres ciganas são diferentes das da mulher pertencente à sociedade maioritária. Desde crianças, a educação é diferenciada entre rapazes e raparigas. A educação da rapariga é feita em subordinação ao homem. Em menina obedecem ao pai, depois também aos irmãos e, com o casamento, a submissão da mulher cigana ao homem continua com a deslocação da mulher para a família do marido. Em todas as suas atividades, as raparigas são vigiadas. Por exemplo, quando vêm televisão não podem assistir a qualquer tipo de programa, sendo sempre acompanhadas por um familiar. As regras são mais ou menos rígidas, consoante a família. As meninas aprendem desde cedo a tomar conta da casa e dos irmãos mais novos. São educadas desde pequenas no sentido de cumprir um dever permanente para com a família e os seus, devendo esquecer-se de si próprias. Na cultura cigana é valorizada positivamente a mulher perspicaz, astuta e capaz de tomar conta da sua família. As suas projeções de vidas são ditadas pelos papéis que a comunidade cigana lhes vai atribuindo. Contudo, este apoio prestado nas lides domésticas serve também para educar as raparigas para as suas futuras funções de dona de casa, contraídas com o matrimónio. Os ciganos contraem matrimónio precocemente, quando comparados com os jovens da sociedade maioritária. Uma vez que este grupo étnico tem algumas resistências no relacionamento com os não ciganos, os casamentos são, salvo raras exceções, de origem endogâmica. O casamento pressupõe que as mulheres sigam a condição dos maridos: se são ciganas e se casam com um não cigano, têm de adotar os modos de vida dos não ciganos, se não são ciganas e casam com um cigano, têm de adotar os valores e as práticas dos ciganos. Esta exclusão (casamento com um homem não cigano) do mundo cigano pode ser sentida com alívio, dada as elevadas exigências feitas sobre as mulheres. Tal não impede que, na geração seguinte, haja uma reentrada no mundo cigano, através do casamento.

A partir dos 13/14 anos, as jovens adolescentes, são consideradas aptas ao casamento, tendo por isso que abandonar a escola precocemente. Como referem as Audições Parlamentares da Assembleia da República de 2008, é preceito tradicional da etnia cigana as meninas abandonares a escola a partir dos 10 anos, sem cumprirem o que está decretado por lei no que se refere à escolaridade obrigatória. Os membros da etnia acreditam que, de acordo com a tradição, não precisam de mais escolarização para desemprenhar os papéis de esposa, mãe, educadora dos filhos, em função dos princípios étnicos, que por esta mesma tradição lhes estão destinados. Geralmente, os casamentos são combinados entre os pais, sendo os noivos quase sempre parentes.

Existem questões que colocam a mulher cigana num estado de superioridade em relação ao homem, embora de forma oculta. Sendo uma dessas questões a relação da mulher com o corpo e a maternidade. Assim que se contrai um matrimónio, existe uma pressão por parte da comunidade na procriação do casal, sendo ‘exigido’ um número de duas a três crianças por família. Realmente, a mulher parece estar refém da comunidade, funcionando como sustentáculo da identidade étnica, na sua condição de procriadora, continuadora da etnia e das suas tradições. Daqui resulta a submissão através de uma vigilância por parte de toda a comunidade que parece tutelar o seu corpo, a sua vontade, os seus atributos femininos, a sua fertilidade. Um outro poder exercido sobre os homens está relacionado com o embelezamento do corpo. Desde cedo, as raparigas ciganas ganham hábitos de produção do corpo, como por exemplo, o uso de maquilhagem. Porém, a partir do momento, em que contraem matrimónio, estas práticas devem ser excluídas do seu dia-a-dia. Quando optam por dietas ou uso de tratamentos de beleza, fazem-no doravante sem o conhecimento do marido, exercendo assim um poder na dimensão oculta.

No que respeita à situação de viuvez, a mulher é mais uma vez colocada em desvantagem comparativamente ao homem. O homem viúvo pode sempre contrair um novo matrimónio, já a mulher, apenas quando a viúva é jovem e sem filhos, é-lhe permitida uma nova relação. Urge referir que este poder é exercido de forma invisível perante o olhar masculino, concedendo a este uma ilusão de total dominação sobre o género oposto.

No que diz respeito à esfera pública, a sua autonomia ainda não é muito notória, mas as coisas estão a mudar progressivamente. Quando é necessário intervir para resolver problemas com instituições extracomunitárias (segurança social, finanças, escola, etc.), continuam a ser as mulheres ciganas responsáveis pela sua resolução.

Em jeito de síntese, a discussão da questão do género feminino torna-se fundamental para perceber a dinâmica da vida cigana e das relações interétnicas. As mulheres ciganas debatem-se com problemas de género, subjugadas por uma tradição cultural cigana machista, por se atribuir uma valorização maior ao papel social do homem que se repercute no papel de submissão imposto às mulheres ciganas. Este papel de subordinação é uma constante ao longo do ciclo de vida da mulher cigana. Os elementos do sexo masculino têm mais liberdade de circulação e de interação com elementos da sociedade maioritária, o ‘Outro’, nomeadamente, com mulheres não ciganas. A desigualdade de género surge desde o nascimento, sendo por isso mais valorizado o nascimento de um rapaz por se entender ser motivo de menos preocupações

O escutismo e o envolvimento dos jovens

Novembro 15, 2022 em Atualidade, Concelho, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora

Ivo Faria, natural de Santo Tirso, Mestre em Ciências Empresariais e Managing Partner da Escota CG.

Sempre teve a paixão pelo escutismo foi lobito, explorador, pioneiro, caminheiro e dirigente. Hoje, é o novo chefe nacional do Corpo Nacional de Escutas (CNE) e é o convidado a escrever no espaço da Intensify World no mês de novembro.

O Corpo Nacional de Escutas (CNE), fundado em 1923, tem mais de 65 mil associados, espalhados por todo o país, com mais de 1.000 grupos locais. É a maior associação de juventude de Portugal e conta com mais de 14 mil voluntários.

O CNE destina-se à formação integral de jovens, com base no método criado por Baden- Powell e no voluntariado dos seus membros. Procura desenvolver, nas crianças e nos jovens, o sentido de cidadania ativa, baseado na sua participação no desenvolvimento das suas comunidades locais, construindo neles o sentido de co-construção de um mundo melhor, a partir da sua ação local.

O CNE realiza esta missão através de um método que assenta auto-educação progressiva, baseado na educação não-formal, através da qual as crianças e os jovens são chamados a tomar o papel principal do seu próprio desenvolvimento.

Este crescimento é garantido através do empoderamento dos jovens, que são chamados a tomar parte nas decisões que afetam o dia-a-dia das suas equipas e grupos locais, regionais e nacional, definindo assim a vida da associação.

O CNE promove milhares de atividades locais todos os anos, garantindo que essas atividades, em prol do desenvolvimento das comunidades locais, sejam o palco basilar do desenvolvimento das crianças e dos jovens, do seu sentido pleno de pertença e de responsabilidade pelo desenvolvimento da comunidade.

Este trabalho é feito pelas próprias crianças e jovens, organizados em pequenos grupos. Elegendo os seus líderes, aprendem desde cedo a trabalhar numa mini-sociedade, em modelo democrático, onde a responsabilidade pelo bem-estar do grupo é partilhada entre todos. Todas as tarefas de uma atividade (animação, orçamentação, jogos, alimentação, saúde, e muitas outras) são distribuídas entre todos, fazendo com que cada um se sinta responsável pelo sucesso do todo.

Este modo de trabalho, recorrente ao longo do ano – ao longo do percurso escutista – é a base do desenvolvimento de competências técnicas, saberes e atitudes, tão necessários ao desenvolvimento integral da criança e do jovem.

Este trabalho é feito num ambiente de relação com as outras equipas (dentro e fora da comunidade escutista local, que nós designamos por Agrupamento) e com a comunidade não escutista em que o Agrupamento se insere.

Dito de outra forma, é o sentido de pertença a uma comunidade, que impele os escuteiros a desenvolver ações, projetos de melhoria e de apoio que, mais do que contribuir para o crescimento da comunidade (mundo real), ajudam o escuteiro, no seu quotidiano, a desenvolver e adquirir competências que fazem dele um cidadão do hoje, cada vez mais empenhado num mundo melhor, à escala do círculo de influência que cada equipa, cada grupo, cada Agrupamento, podem afetar positivamente.

Este modelo é fortemente potenciado pela capacidade de os jovens se sentirem – e de estarem, de facto – empoderados com o seu próprio desenvolvimento, com o desenvolvimento das suas equipas, dos seus grupos locais, das suas comunidades exteriores ao escutismo, e também da vida da Associação em que se inserem, quer ao nível regional, quer ao nível das decisões que afetam o todo do CNE. O empoderamento dos jovens, no CNE, é mais do que um meio. É um fim, uma missão. Porque acreditamos que é através dele e é nele, ao mesmo tempo, que o jovem se desenvolve e desenvolve o meio que o rodeiam.

Montessori – Uma metodologia única

Outubro 1, 2022 em Atualidade, Concelho, Educação Por barcelosnahorabarcelosnahora

Ana Almeida licenciada em Educação de Infância e com experiência em vários contextos escolares e Marta Lopes  licenciada em sociologia que dedica o seu trabalho à prevenção e combate do fenómeno da Violência Doméstica são as convidadas do mês de novembro a escrever no Espaço Intensify World.

Porque é que a metodologia Montessori é única

A metodologia Montessori não se circunscreve às crianças nem ao domínio da Educação. É muito mais! É uma pedagogia de base científica que abraça todas as esferas da vida de quem a pratica. Montessori vive-se na escola, em casa e também necessariamente na comunidade, uma vez que o impacto da formação cognitiva e social da criança, enquanto “…a fonte e a chave para os enigmas da humanidade” (in Educação e Paz) tem repercussões nas suas escolhas, nas suas ações e interações e, consequentemente, nas pessoas com quem ela se cruza e nos ambientes que a rodeiam.

Ao promover o desenvolvimento de competências inatas das crianças de forma livre, com: um adulto preparado que facilita e encoraja sem interferir nos interesses e tempos de aprendizagem de cada criança; num ambiente preparado ajustado às necessidadesespecíficas para cada faixa etária, bonito, minimalista, organizado, promotor de autonomia e centrado na cooperação; com recurso a materiais Montessori diferenciadores com objetivos muito específicos de aprendizagem que permitem a autocorreção; a metodologia Montessori consegue colocar a criança no centro e com isso dar-lhe, de forma consistente, a perceção de respeito pessoal absoluto e, consequentemente, a vontade de se esforçar, trabalhar e aprender mais!

Porque lhe é permitido trabalhar enquanto brinca, porque lhe é permitido o movimento, porque lhe é dada voz, porque é convidada a aprender através da sua própria experiência… a criança tende a desenvolver o pensamento critico, a autonomia, a noção de responsabilidade, a noção de direitos e deveres, seus e dos outros, de forma tão natural quanto entusiasta!

Como nasceu a Associação Montessori de Barcelos

A Associação Montessori de Barcelos nasceu de uma paixão antiga, ainda na faculdade, da sua presidente – Ana Almeida. Licenciada em Educação de Infância e com experiência em vários contextos escolares, com diferentes idades, decidiu aumentar e direcionar a sua formação profissional para a metodologia Montessori. Rapidamente se apaixonou pela única metodologia de base científica… aque leva a que o adulto, antes de observar a criança, faça um trabalho interno intenso e interminável. É necessário que seja feito um caminho profundo no autoconhecimento para que, dessa forma, o adulto possa ver a essência da criança, livre de julgamentos ou preconceitos; para que se chegue ao “patamar” simbólico e necessário de adulto preparado (de acordo com Maria Montessori).

Neste caminho, de (trans)formação profissional e pessoal, nasceu a Associação Montessori de Barcelos – AMB não só para dar a conhecer a toda a comunidade uma outra forma de ver a infância, mas também para dar resposta a todos os pais, mães e encarregados/as de educação que procuram um caminho respeitador para as suas crianças na educação, e também para que se sintam envolvidos no seu crescimento e desenvolvimento integral.  

Os seguintes passos da AMB, foram partilhados pela Marta Lopes – Socióloga – que dedica o seu trabalho à prevenção e combate do fenómeno da Violência Doméstica, cujas dinâmicas impactam necessariamente as crianças que crescem nestes contextos, mas acima de tudo – Mãe – que procura o melhor para a sua filha e acredita que a forma cultural de educar está desajustada face à realidade.

Ambas comungam da mesma premissa: de que a mudança por um mundo melhor pode e deve começar em cada um de nós (adultos); pode e deve começar naquilo que lhes transmitimos (aos/às nossos/as filhos/as) em consciência plena a cada dia da sua vida. E do mesmo desejo (e também responsabilidade): manter o legado de Maria Montessori.

A educação para a paz pauta a mesma visão sobre uma sociedade futura. Ambas acreditam que uma primeira infância vivida sobre valores como o respeito, empatia, liberdade, independência, lealdade, solidariedade e tolerância, será determinante para a formação de futuros adultos equilibrados, e por isso, preenchidos de amor, amor próprio e amor pelo outro e; conduzem a AMB sobre esse pressuposto.

O caminho da AMB faz-se caminhando…. tem-se focado no despertar consciências para uma nova visão da Criança, através da divulgação de conteúdo nas redes sociais de utilidade pública conducente com a metodologia defendida, através da dinamização de ateliês sensoriais de caracter mensal para crianças dos 0 aos 6 anos e, mais recentemente através de workshops direcionados aos/às adultos/as. O grande sonho, a curto prazo, é o de fundar uma escola Montessori no concelho de Barcelos, no qual as “mãos” de todas as pessoas e empresas que se identifiquem com esta filosofia de vida darão uma enorme ajuda.  

Associação Montessori de Barcelos

“As mãos são o instrumento da inteligência humana.” Maria Montessori

Para mais informações: associacaomontessoridebarcelos@gmail.com

DECO LANÇA GUIA DO CONSUMIDOR ESTUDANTE

Setembro 28, 2022 em Atualidade, Concelho, Educação Por barcelosnahorabarcelosnahora

Com o arranque do ano letivo, a DECO lança um Guia para ajudar os Estudantes do Ensino Superior a fazerem melhores escolhas!

A entrada no Ensino Superior é uma etapa que pode trazer enormes desafios para os jovens que abraçam um mundo novo, cheio de novas experiências.

A Associação quer acompanhar os jovens neste momento determinante, que acarreta mais responsabilidades, maior independência e autonomia. Nesse sentido, lançamos o Guia do Consumidor Estudante.

Esta ferramenta digital pretende ser um guia orientador para os jovens estudantes recém-chegados ao ensino superior, acerca das principais áreas do consumo, tais como: o Alojamento; os Serviços Públicos Essenciais; a Gestão das Finanças Pessoais; as Compras Online.

A DECO acredita que este guia ajudará os estudantes na tomada de decisões mais conscientes e informadas, disponibilizando também um canal de comunicação rápido e eficaz com a equipa de especialistas da associação, a quem os estudantes podem recorrer em qualquer etapa do seu percurso académico. 

A Associação tem desenvolvido atividades que respondem às necessidades das novas gerações e que as envolvem na construção de uma política de consumidores. Contamos com uma equipa de jovens consumidores, de diferentes regiões do país, que se reúne para refletir sobre temas relacionados com o futuro da defesa do consumidor – aDECOChangers.

O Guia está disponível aqui!

A DECO – Delegação Regional do Minho, sita na Avenida Batalhão Caçadores 9, Viana do Castelo encontra-se disponível podendo contactar-nos através do 258 821 083 ou por e-mail para deco.minho@deco.pt. Visite o nosso site www.deco.pt

Nova lei das telecomunicações pretende proteger os consumidores que querem cancelar o seu contrato

Setembro 28, 2022 em Atualidade, Concelho, Economia Por barcelosnahorabarcelosnahora

A rescisão de um contrato de fidelização com as telecomunicações é extremamente complicada para o consumidor, pois este para fazê-lo vê-se, muitas vezes, obrigado a ter que pagar o valor em falta até ao final do contrato e ainda uma penalização por não respeitar o período acordado.

De acordo com a nova lei, publicada dia 16 deste mês, esta situação será modificada. A nova lei prevê que nos casos em que o motivo se trata de desemprego, doença prolongada ou emigração, os consumidores poderão rescindir o contrato sem ter que efetuar qualquer pagamento.

Portanto, os operadores não poderão, após a publicação da lei, exigir ao consumidor titular do contrato o pagamento de quaisquer encargos, se em causa estiver uma situação de desemprego por iniciativa do empregador e que implique uma perda de rendimento mensal ao consumidor.

Também estará prevista na lei a incapacidade para o trabalho, seja ela permanente ou temporária, de duração superior a 60 dias em caso de doença e que implique novamente uma perda do rendimento mensal. Em qualquer uma destas situações a perda de rendimentos tem de ser igual ou superior a 20%.

Outra situação prevista nesta nova lei refere-se à mudança de habitação permanente, permitindo-se igualmente a rescisão do contrato sem ter que efetuar nenhum pagamento. Especialmente em casos de emigração, mas também em algumas circunstâncias em que o operador não consegue garantir o serviço, com as mesmas condições ou equivalentes, em termos de preço e de características, na nova morada. No entanto, nos casos mencionados, o consumidor terá de avisar o operador, por escrito, com 30 dias de antecedência no mínimo.

Qualquer dúvida, a DECO está disponível para ajudá-lo. Informe-se connosco.

A DECO – Delegação Regional do Minho, sita na Avenida Batalhão Caçadores 9, Viana do Castelo encontra-se disponível podendo contactar-nos através do 258 821 083 ou por e-mail para deco.minho@deco.pt. Visite o nosso site www.deco.pt

DECO ALERTA… Como sobreviver à grande subida do custo de vida?

Setembro 12, 2022 em Atualidade, Concelho, Economia Por barcelosnahorabarcelosnahora

Chegamos a setembro com a crise instalada na maioria das famílias portuguesas:  aumento do custo de vida, sobretudo de bens essenciais, combustíveis e energia, e a subida da EURIBOR. Os consumidores procuram fazer novas contas à vida, pois o aumento dos preços não é acompanhado pelo aumento dos rendimentos dos consumidores. Estamos perante uma perda do poder de compra.

É tempo de repensar as finanças pessoais. Sabe para onde vai o seu dinheiro?

A maioria dos consumidores é capaz de identificar as despesas de maior peso, mas não sabe quanto gasta em pequenas coisas. A DECO aconselha o consumidor a que reorganize a sua carteira, fazendo um orçamento familiar, em que identifique, mensalmente, todas as suas fontes de rendimento, todas despesas fixas e as variáveis. É essencial que controle todas as despesas da sua família, sem exceção.

Euribor a subir

A subida da Euribor vai implicar um aumento significativo na prestação da casa dos consumidores cujo contrato se rege por taxa variável. É com esta preocupação que a DECO alerta os consumidores para em família olharem para o orçamento e em conjunto reajustar hábitos de consumos, promovendo uma vida financeira mais robusta, preparada para fazer face a imprevistos.

Adotar novos hábitos de consumo

Saber quanto paga pelo seu serviço de telecomunicações ou eletricidade, verificar se esses serviços são adequados às suas necessidades, renegociar contratos para reduzir valores são um bom começo. No entanto, é necessário que adote novos comportamentos que lhe permitam ser mais eficientes a economizar.

Fazer uma gestão mais eficiente

Uma grande fatia do orçamento das famílias é dedicada à compra de bens essenciais. Para uma gestão mais eficiente dos recursos, é crucial que faça uma lista de compras, evitando gastar mais do que necessário. Analisar as promoções e utilizar os cupões de desconto, fazendo sempre uma comparação dos preços face ao valor unitário do produto, é também

uma estratégia interessante para poupar. Não se esqueça que as marcas “brancas” podem também ser uma escolha acertada. Dê preferência aos produtos da época e sempre que possível compre a granel. Compare os preços.

Conhecer a taxa de esforço

Saber calcular a sua taxa de esforço, que significa o peso das prestações face ao rendimento, é o primeiro passo para conhecer como vão as suas finanças (Taxa de esforço = Prestação / Rendimento x 100).

Para uma vida financeira equilibrada a taxa de esforço da família não deve ultrapassar os 35%, se for superior é tempo de repensar as suas despesas, necessidades e prioridades, definindo assim uma estratégia envolvendo todo o agregado familiar, para a redução das despesas, renegociando contratos e promovendo a adoção de comportamentos para gastar menos.

Renegociar os créditos

Já está a enfrentar dificuldades financeiras?  Contacte as entidades com quem celebrou os créditos e exponha a situação para que lhe possam ser apresentadas soluções a fim de ultrapassar as dificuldades.

Atente-se que a instituição de crédito não está obrigada a renegociar o crédito. Todavia, conforme a avaliação da situação por parte da instituição de crédito, e se o consumidor apresentar alguma capacidade financeira, deverá ser apresentada uma ou mais propostas adequadas ao orçamento, objetivos e necessidades do consumidor.

As propostas apresentadas pela instituição podem incluir a alteração de uma ou mais das seguintes condições do contrato de crédito:

– Alargamento do prazo de amortização;

– Fixação de um período de carência de reembolso do capital ou de reembolso do capital e de pagamento de juros;

– Diferimento de parte do capital para uma prestação em data futura;

– Redução da taxa de juro aplicável ao contrato durante um determinado período temporal.

Mesmo em tempos tão duros, as famílias poderão vencer todas as dificuldades com informação e aconselhamento. Para tal, a DECO, através do seu Gabinete de Proteção Financeira, presta apoio a todos os consumidores. Há sempre uma solução à sua espera. Conte connosco.

A DECO – Delegação Regional do Minho, sita na Avenida Batalhão Caçadores 9, Viana do Castelo encontra-se disponível podendo contactar-nos através do 258 821 083 ou por e-mail para deco.minho@deco.pt. Visite o nosso site www.deco.pt

Economia circular na visão do consumidor

Setembro 3, 2022 em Ambiente, Atualidade, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sónia Alves

Sónia Alves é a convidada a escrever o artigo do mês de setembro no espaço da Intensify World. Mestre em Engenharia Química pela Universidade de Aveiro e com formações em diversas áreas do desenvolvimento do produto, produção de papel e qualidade. Atualmente a desempenhar funções como investigadora júnior na área das tecnologias do papel no Laboratório Colaborativo Almascience.

O mundo sempre evoluiu ao longo do tempo e o ser humano desenvolvia e escolhia os produtos consoante as necessidades que se manifestava. O ser humano tem vindo a investigar e a produzir novos produtos, mas, infelizmente, muitos dos produtos estão a ser usados inadequadamente e/ou descartados incorretamente.

Assim, o mundo já não é o mesmo que conhecemos desde que nascemos até hoje. Devido às nossas escolhas, a Terra não está a conseguir gerar novos recursos e observamos constantemente as alterações que existem ao nosso redor, seja a escassez de água ou os incêndios. Existem várias estratégias para mitigar a falta dos recursos, sendo uma delas a economia circular.

A economia circular é o tema mais ouvido nos últimos tempos, mas afinal o que é? A economia circular é a uma estratégia de modo a reduzir, reutilizar, recuperar e reciclar de materiais e energia. Deste modo, consiste em dar uma “segunda vida” aos produtos, prolongando o seu tempo de vida e reduzindo a produção de materiais com os recursos que a Terra nos fornece. A nossa escolha, enquanto consumidores, pode auxiliar às empresas que o cliente/utilizador a devem alterar o produto que produzem ou comercializam.

Nós, como consumidores e clientes, podemos optar por um produto que é possível reciclar ao invés de um produto que é descartável (ou seja, que apenas é possível usar uma única vez).

No supermercado, o mesmo produto pode vir com embalagens diversificadas, seja em papel, vidro, metal ou plástico. Nós podemos, por exemplo, optar por um produto com uma embalagem alimentar de metal que seja possível de reciclar, ao invés de usar um produto à base de papel para a área alimentar, por exemplo.

Na nossa casa, podemos escolher por reutilizar várias vezes o mesmo produto antes de o descartar. Um exemplo disso, que muitas vezes utilizávamos é o saco do pão. Podemos colocar este saco seja para transportar o pão, seja para o armazenar ou, simplesmente, para guardar o pão. Também podemos optar por comprar um frasco de vidro de feijão e, após usar o feijão, podemos usar o frasco de vidro para adicionar as especiarias, ou então, alterá-lo ao nosso gosto para decoração.

Até mesmo no local de trabalho, podemos fazer a diferença em termos da economia circular. Podemos escolher em escolher uma garrafa reutilizável de água que pode ser utilizada várias vezes, ao invés de usar um copo de água, que de seguida é descartado e, de certa forma, por vezes, não é colocado no ecoponto indicado.

Assim, até nós, consumidores, podemos contribuir para a economia circular seja no supermercado, nas nossas casas e/ou até mesmo nas nossas empresas. Tudo depende das nossas escolhas e do nosso poder de compra. Afinal de contas, nós podemos mesmo influenciar o mundo com pequenas coisas e, que muitas vezes, não dávamos a devida importância.

O futuro dos nossos filhos, dos nossos netos, da próxima geração depende das escolhas atuais e não queremos que alguém sofra pelas escolhas más que fizemos no passado. Uma má escolha pode não afetar no momento, mas com o tempo, tudo pode significar a sobrevivência da Terra e dos seus recursos.

Dicas para lidar com o aumento da fatura da eletricidade

Agosto 16, 2022 em Ambiente, Atualidade, Economia Por barcelosnahorabarcelosnahora

Normalmente, os consumidores quando recebem a sua fatura de eletricidade só reparam no valor de pagar e nem sabem o que está a ser-lhe cobrado. Todavia é essencial que o consumidor perceba e consiga interpretar todos os conteúdos da sua fatura.

 

A DECO deixa-lhe alguns conselhos para que fique esclarecido.

O valor final a pagar corresponde à (eletricidade consumida em kWh x o preço unitário) com a soma dos (custos da potência contratada x o preço p/dia) mais as taxas e impostos.

A potência que tem contratada influencia e muito o preço a pagar ao fim do mês, isto é, quanto mais alto for o índice da potência do contador, maior o valor a pagar.

Uma das medidas a adotar para que o seu consumo de energia seja regulado e controlado é dar a leitura do contador de eletricidade todos os meses à empresa que cede o serviço. Desta forma, evitará estimativas e acertos. O processo é fácil e não tem qualquer custo, poderá optar por três vias: dirigir-se ao balcão da empresa, ligar diretamente para a empresa ou comunicar por via online no site da empresa.

Uma tarifa adequada ao seu agregado familiar é também uma forma de poder poupar na eletricidade. Consulte no site da empresa que cede o serviço energético os benefícios e condições das tarifas existentes (simples, bi-horária e tri-horária) e verifique qual é a mais adequada para o consumo da sua família.

Para além destas situações mencionadas poderá ainda adotar certos comportamentos e atitudes lá em casa que farão toda a diferença.

Opte por comprar equipamentos com a etiqueta energética mais eficientes e que compensarão o investimento no consumo de eletricidade. Se vai adquiri equipamentos de aquecimento para a sua casa, analise e simule primeiro através do nosso site HARP.

E os chamados consumos stand-by e off-mode, já ouviu falar? Para que os seus equipamentos não estejam a consumir mesmo desligados, utilize tomadas múltiplas para eliminar os consumos fantasmas.

Nas lâmpadas a utilizar em casa, procure instalar lâmpadas LED, pois possibilita poupar até 90% que em comparação com as lâmpadas incandescentes.

Consulte outras dicas de poupança de energia aqui! Se pretende controlar melhor os seus consumos de eletricidade, utilize a plataforma Fatura Amiga.

A DECO – Delegação Regional do Minho, sita na Avenida Batalhão Caçadores 9, Viana do Castelo encontra-se disponível podendo contactar-nos através do 258 821 083 ou por e-mail para deco.minho@deco.pt. Visite o nosso site www.deco.pt

Deco lança campanha de sensibilização para a poupança de água

Agosto 7, 2022 em Ambiente, Atualidade, Concelho, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora

Vivemos a pior seca desde que há registo no nosso País. Se, por um lado, temos o problema das alterações climáticas, por outro, assistimos ao desperdício deste recurso essencial à vida, em grande parte causado por sua má gestão.

Preocupados com as consequências que esta seca possa ter no quotidiano de todos os consumidores, lançámos a campanha informativa #ÁGUACOMCONTAEMEDIDA, com foco no desperdício e uso eficiente da água. É urgente combater a seca severa em Portugal.

Para que a água não falte já amanhã, todos os consumidores precisam mudar rotinas, ajustar consumos e adotar comportamentos que permitam, sem perder o bem-estar dos cidadãos, reduzir os efeitos do período de escassez grave que atravessamos.

ÁGUA COM CONTA E MEDIDA destaca ideias para reduzir e poupar de forma fácil e simples.

Na casa de banho, na cozinha e no exterior das nossas casas, muitos são os litros de água que desperdiçamos diariamente! É tempo de agir e com gestos simples e fáceis podemos ver o nosso consumo diminuir.

Recentemente a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD) divulgou dados assustadores sobre o futuro deste bem essencial à vida. Entre 1900 e 2019, a seca afetou mais de 2,5 mil milhões de cidadãos em todo o planeta e causou mais de 11,5 milhões de mortes.  A UNCCD afirmou que a situação de seca pode afetar mais de três quartos da população mundial até 2050.

Visite o nosso site e siga as nossas redes sociais para saber mais sobre esta campanha!

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