
Na última jornada da primeira liga portuguesa, o nosso glorioso presenteou-nos finalmente com uma exibição que poderia ser classificada como sendo de um Benfica “à Benfica”. Raro esta época e tarda em afirmar-se. Mas desta vez, finalmente, um jogo que se pôde acompanhar com gosto do princípio ao fim.
A defrontar um C.D. Chaves bem classificado (6º lugar na liga), o Benfica desenvolveu um bom futebol e chegou cedo ao primeiro golo, logo aos 12 minutos, por Jonas. Um belíssimo golo, de uma bola que andou de ressalto em ressalto, até ir parar aos pés de Jonas, que remata à entrada da área e coloca assim o Benfica em vantagem. Momento bonito, traduzido no entusiasmo dos nossos adeptos que imediatamente começaram a entoar cânticos de celebração. O segundo golo chegou logo 6 minutos depois, novamente por Jonas e uma vez mais um golo de belo efeito, após um passe de Toto Salvio. Mais festa nas bancadas e mais cânticos a engalanar a festa benfiquista. Novo golo já só ao iniciar a segunda parte, agora por Pizzi, que parece regressar à boa forma aos poucos, apesar de não estar ainda no seu melhor.
Boa exibição do nosso glorioso, agradável de se ver, sobretudo pelo bom desempenho do coletivo. Constatei com agrado algo que há várias semanas eu dizia que estava a faltar: vontade. Pela forma como os jogadores comemoraram os golos passa a impressão que o balneário está ainda mais unido e determinado. Oxalá não se distraiam, porque me está mesmo a apetecer ser “penta”.
No plano individual, além dos goleadores, achei particularmente agradável a exibição de Bruno Varela, a ganhar confiança de semana para semana, a mostrar intervenções firmes e determinadas; e de Krovinovic, de quem sou especial admirador. Não com o destaque de outras exibições, mas sempre muito útil na construção de jogo avançado. Como no melhor pano cai a nódoa, acabou por sofrer uma infeliz lesão, com rotura de ligamentos, que o obrigará a parar por bastante tempo. É mau para ele e para o Benfica, que tem poucas opções para aquele tipo de trabalho.
Esta semana, destaco entre os mais jovens o juvenil Rafael Brito, que depois de percorrer praticamente meio campo (junto à lateral direita) em velocidade, perseguido por um adversário, ainda arranja força para fazer um golo de belo efeito. Com alguma sorte à mistura, é certo, mas consegue fazer um centro/remate e enfiar a bola num quadrado do tamanho do diâmetro da bola, entre o ângulo da baliza e as mãos do guarda-redes. Definitivamente, há talento no ninho da águia…
O nosso Gil Vicente continua em maré de azar, derrotado fora frente ao Cova da Piedade, vendo ainda expulso o reforço de inverno João Vasco, que viu o cartão vermelho aos 73 minutos. Vamos lá a acertar o passo, galos. Assim, não adianta subir à primeira liga… Carrega, Gil. Está na hora!…
Viva o Benfica.
Dá-me o penta.
Por: Hugo Pinto*.
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