CIM do Cávado está a criar uma biblioteca digital que pretende “espelhar” o Minho

Maio 17, 2021 Atualidade, Desporto, Educação

A Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM) está a criar uma biblioteca digital, a ser lançada em breve, que pretende “espelhar” o Minho e “estimular a partilha” de documentos “que retratem a paisagem humana” da região, foi hoje adiantado.

Em comunicado, aquela CIM, que junta os concelhos de Amares, Braga, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde, refere que a AquaLibri quer ser um “grande repositório de documentação regional, espelhando os municípios do Cávado nas suas várias vertentes, desde a histórica e patrimonial, à natural, geográfica e física, da sociedade e cultura material à cultura imaterial”.

A AquaLibri será assim uma “porta local para o acesso ao conteúdo de muita documentação que ao Minho diz respeito”, acessível em “qualquer parte do mundo” e que dará acesso à documentação patrimonial, histórica e científica regional, assegurando a preservação digital dos documentos.

Este novo instrumento quer também ser um “projeto participativo” que tem por objetivo “estimular os cidadãos a colaborar enviando para arquivo imagens, documentos de família e outros recursos de informação que retratam a paisagem humana e física da região”.

O projeto conta com contributos das bibliotecas de cada município que “têm a singularidade de se referirem ao Minho, serem raras e valiosas e o acesso público ser difícil pelo que, com o projeto agora em curso, ficarão a fazer parte da memória pública da região”.

Assim, Terras de Bouro participa com diversas monografias do espólio documental do Arquivo Municipal alusivas ao Concelho (entre as quais alguns artigos sobre o Gerês e monografias há muito esgotadas), bem como com a coleção completa do extinto jornal O Geresão.

Da Biblioteca Municipal Francisco de Sá de Miranda, de Amares, estarão disponíveis as coleções completas de três jornais locais (O Amarense, Tribuna Livre e A Voz da Abadia), datados de entre finais do século XIX e o século XX, contabilizando no total 1.118 números, e algumas obras do Fundo Local com edições esgotadas ou em estado de conservação frágil.

De Barcelos, uma “valiosa coleção” de jornais do século XIX, como O Ecco de Barcellos (1860), o Barcelense (1873), a Folha da Manhã (1879) e O Commercio de Barcellos (1890), e ainda um conjunto de monografias que integram o valioso espólio da Barceliana, num total de 16.800 páginas digitalizadas.

A Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, de Braga, participa com as publicações de um fundo especial do município de Braga: códices e cartas régias, pergaminhos e livros da operação da Photographia Alliança, bem como documentos do fundo especial Lúcio Craveiro da Silva, monografias sobre personalidades e instituições do concelho de Braga, num total de cerca de 285 recursos de informação, entre analíticos e monografias.

Esposende partilha várias coleções de jornais locais, como o Brisa do Mar, o Jornal de Esposende ou o Farol de Esposende, e a Revista do Minho para o Estudo das Tradições Populares, dirigida por José da Silva Vieira, editada em Barcelos e Esposende (1885).

A Biblioteca Municipal Machado Vilela, de Vila Verde, contribuiu com a coleção já digitalizada do periódico oitocentista Folha de Villa Verde, a obra completa do patrono, Prof. Álvaro Machado Vilela (um dos fundadores do Direito Internacional em Portugal, professor catedrático da Universidade de Coimbra e juiz dos tribunais Mistos do Egipto), bem como parte da sua biblioteca particular e, ainda, os primeiros 21 anos do jornal O Vilaverdense (1955-1976), uma coleção, ainda que incompleta, do mensário Jornal da Vila de Prado, monografias locais e obras do fundo antigo da biblioteca, incluindo uma rara edição de 1542 do “De Preparatione ad mortem”, de Erasmo de Roterdão.

Fonte: Lusa

Foto: Arquivo Municipal Lisboa | Autor: Artur Pastor

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