A Comissão Coordenadora Distrital de Braga do Bloco de Esquerda apresentou um Plano de Emergência Económico e Social para o distrito, no sentido de contribuir para respostas mais apropriadas às consequências da COVID-19.
No documento, o Bloco de Esquerda afirma que “num distrito onde as fragilidades do tecido produtivo composta por uma malha de pequenas e microempresas, as dificuldades económicas inerentes aos baixos salários e a uma produção agroflorestal parcelar e de minifúndio e em que o setor de serviços tem um suporte muito volátil e sujeito às flutuações do mercado, podemos estar perante uma crise de repercussões socioeconómicas desastrosas”.
Por isso, o partido exige “medidas de curto e médio prazo capazes de atenuar os impactos dessa crise na resposta à calamidade do desemprego e da precariedade e pela garantia dos direitos e dos rendimentos”, bem como “a criação de respostas que assentem num paradigma de equilíbrio entre as atividades humanas e a natureza e que fomentem novas práticas produtivas e novos padrões de consumo, tendo em vista a transição para a descarbonização”.
Os bloquistas referem, também, que “esta crise veio realçar a centralidade do problema da habitação” pelo que defendem que “a aposta na habitação pública tem de ser uma prioridade, através da reabilitação e da construção, até porque também permite a criação de emprego e dinamiza a economia” e que deve ser “garantido consumos mínimos de água, gás e luz”.
Segundo o documento, este plano é necessário por se verificar “uma evidente falta no território e no combate à pandemia de uma organização regional descentralizada, com competências e legitimidade democrática próprias, tal como o BE defende e que há muito que devia estar instituída”. O plano é composto por várias propostas enquadradas em cinco dimensões: Económica e Laboral; Educação e Cultura; Social, Habitação e Saúde: Território e Transportes; Agro e Ambiental.
Fonte: BE.
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