Evento organizado pelo Secretariado Distrital de Braga
O Secretariado Distrital de Braga dos TSD – Trabalhadores Sociais Democratas levou a cabo, na passada segunda-feira, dia 28 de setembro, uma Conferência Laboral subordinada ao tema “Que Ano Letivo Em Tempo de Pandemia?”. Agora, em nota enviada às redações, a estrutura do PSD torna públicas as suas conclusões.
A iniciativa realizou-se a partir da sede distrital do PSD e teve transferência por videoconferência e nas redes sociais. Moderada pelo Professor e Dirigente Sindical Artur Silva, teve como oradores Firmino Marques, Deputado do PSD, por Braga, e Presidente da Comissão Parlamentar da Educação, Ciência, Juventude e Desporto na Assembleia da República, e Cristiano Pinheiro, Presidente da Comissão Política Distrital de Braga da JSD.
Na conferência, e de acordo com os TSD, “pode concluir-se que o Governo e a Direção Geral de Saúde agiram tardiamente nas orientações enviadas para as escolas para que estas procedessem à abertura do ano letivo com segurança. As orientações enviadas são vagas e de difícil adaptação às reais condições das escolas, pelo que a tranquilidade verificada na abertura do ano letivo se deve ao brio profissional dos diretores, professores e assistentes operacionais que começaram o trabalho de adaptação das condições mesmo antes das orientações terem chegado”.

Em relação às aulas de Educação Física, são da opinião que estas serão de difícil concretização “pelo facto de as escolas não possuírem as condições necessárias para implementar o distanciamento social que a pandemia impõe”.
Sobre assistentes sociais, concluíram que “há uma falta gritante de assistentes operacionais para garantir a limpeza e desinfeção dos espaços, que o governo teima em não resolver, apesar dos anúncios repetidamente feitos de contratação de novos assistentes” e, por outro lado, “o envelhecimento do corpo docente é uma realidade que se traduz no número elevado de doentes de risco, aos quais é vedada a hipótese do teletrabalho, a quem são dados trinta dias para ficar em casa sem penalizações salariais, mas que, depois, são incentivados a apresentar baixa médica. O governo nada aprendeu com o confinamento e, apesar do sucesso alcançado com o ensino à distância, continua à espera da boa-vontade dos docentes e dos pais para o uso das novas tecnologias, não dotando as escolas de computadores que se compaginem com a realidade tecnológica do século XXI”
No que concerne ao Ensino Superior, os oradores referiram que “faltam alojamentos para os estudantes e a implementação de sistemas mistos de ensino são de difícil implementação nos cursos com uma forte componente prática”.
Finalmente, no que respeita ao ensino profissional “constata-se que continua a ser um parente pobre devido ao pouco investimento feito, apesar das campanhas que nos querem levar a crer que é um tipo de ensino altamente prioritário”.
Fotos: TSD-B.