NÃO À VIOLÊNCIA
Livres e iguais em dignidade e direito
Artigo elaborado pelos elementos das EPVAS:
Ivone Teixeira, António Araújo, Júlia Pogeira, Daniela Simões, Conceição Sousa, Salete Monteiro, Conceição Ferreira, Fátima Costa, Docília Diniz, Ana Teresa Meira
Reconhecida a violência, em todas as suas dimensões, como um preocupante problema de Saúde Pública e social, enquanto grave violação dos Direitos Humanos, cujo o impacto negativo na vida dos seres humanos pode acontecer em qualquer uma das fases do ciclo de vida e com elevados custos associados, atingindo dimensões pandémicas, é o momento de mudar o nosso foco de intervenção do modelo tradicional, centrado na perspetiva reparadora das lesões causadas (tanto a nível físico como a nível psicológico), para a prevenção estruturada em todas as fases do ciclo de vida.
Fazendo referência à Declaração Universal dos Direitos Humano, “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direito. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.”
Assim, justifica-se a continuidade de iniciativas de boas práticas de intervenção na ótica da prevenção por parte das EPVAs, na perspetiva de sensibilizar a população sobre a temática, mantendo-a informada.
Neste sentido, promoveu-se uma AÇÃO DE RUA no Largo da Porta Nova, no passado dia 10 de dezembro 2019, das 9h30 às 13h00.

O objetivo desta ação passou por sensibilizar os transeuntes para este verdadeiro flagelo que é a violência interpessoal. Junto dos cidadãos de Barcelos, as equipas explicaram que existem locais de ajuda, organizações e pessoas dedicadas a apoiar e proteger as vítimas de violência, entregando folhetos informativos, com reflexões e informações para a denúncia destes casos, assim como para os pedidos de ajuda.
Analisando as várias formas de violência pode-se referir que a Violência física é, sem dúvida, a que tem mais visibilidade por ser a mais notificada e noticiada e visível aos olhos e ouvidos das pessoas. Em Portugal, até ao momento presente, morreram, no ano de 2019, 33 pessoas vítimas de Violência Doméstica.
A violência é um crime público, logo todos e qualquer cidadão pode denunciar um caso de violência doméstica.
Durante a ação de rua, foram realizados questionários aos cidadãos de Barcelos.
Foram inquiridas 275 pessoas.
A amostra tem uma distribuição uniforme por grupo etário desde os 15 aos 89 anos, sendo que há uma maior proeminência do grupo etário dos 65 aos 74 anos (22,3%) seguido do grupo dos 15 aos 24 anos e dos 55 aos 64 anos. As faixas etárias menos representadas são a dos 75 aos 89 anos e a dos 25 aos 34 anos.
No que diz respeito à variável sexo, 62,7% das pessoas inquiridas é do sexo feminino.
Relativamente às questões colocadas:
35,6% dos inquiridos respondeu conhecer alguém que sofra de violência doméstica;
16,7% dos inquiridos responder que já passou por alguma situação de violência; e
5,8% dos inquiridos refere estar a passar por uma situação de violência.
Fotos: DR.
[Ndr: notícia atualizada a 17.12.2019, pelas 19h00]