
Quantos de nós vivemos na esperança que o amanhã seja melhor. Mas se, hoje, nada fizermos, amanhã continuará a ser o mesmo, com a mesma desesperança de hoje.
Podes estar em confinamento em casa, mas a liberdade de pensamento ninguém te pode tirar.
Perante esta nova realidade, muitas são as pessoas que dizem sentir-se presas na sua própria vida. Adiam sonhos, objetivos, projetos e até a esperança, porque dentro delas, a vida está presa a algo invisível e que muitos acreditam, que adiar a sua própria vida é a única saída.

Uma coisa é certa: a tua alma, a tua verdadeira essência, ninguém ta pode prender. Não devemos adiar a liberdade de pensamento, a liberdade de podermos sobreviver a uma guerra, em que a única arma que temos é a liberdade de escolher como enfrentar esta guerra. Posso escolher reclamar, não aceitar, até me revoltar e a guerra continuará na mesma. Ou, então, escolher aceitar, ajudar no que estiver ao nosso alcance e acreditar que amanhã será um novo dia. Na esperança em que passará e será uma memória guardada na nossa alma, em que, mais tarde, iremos contar aos nossos netos que vencemos esta batalha e, afinal, ainda continuamos vivos.
Não será motivo suficiente para agradecermos?
Conto-vos, em segredo, eu agradeço todos os dias por estar viva. Já estive infetada com o COVID-19 e continuo, como enfermeira, a cuidar de quem precisa.
Sinto-me grata por ter a liberdade de escolher vencer esta batalha, com todas as armas que tenho, a maior de todas, a liberdade em poder escolher os meus pensamentos e poder geri-los à minha maneira.

Eu escolho acreditar que, juntos, vamos vencer esta batalha. Com coragem para viver, com generosidade para conviver e com prudência para sobreviver.
Por: Cláudia Velez* (Terapeuta em Saúde Integrativa Sistémica)