
Meus amigos,
Tenho uma ideia do que vou escrever na crónica desta semana, mas ainda não tenho todo o texto definido. Mas uma coisa vos garanto: vai ser moderadamente espetacular.
Qualquer crónica que tivesse um início como o do parágrafo anterior, correria, no mínimo, o risco de cair no ridículo. Seria, mais ou menos, como se um treinador de um grande clube, depois de ganhar, à “rasquinha”, contra uma equipa da metade inferior da tabela, dissesse que tinha goleado por 1-2. Impensável…
ERA impensável. Até ao fim de semana passado. Para mim, ouvir um treinador falar conforme o descrito, faz-me sentir que quando outro referiu o minuto “oichentchaeocho” estava a recitar Cervantes. Agora, sim, já ouvi praticamente tudo.
Dirão os meus eventuais leitores que “este gajo só está bem a malhar no Rui Vitória”. E até não me custa aceitar a crítica. Mas até eu a dispensava. Queria muito poder dizer que, apesar de um amargo empate, jogámos como o catano! Agora, goleadas de 1-2, e já nos descontos, não. Para mim não dá.
Esta época, o título está praticamente entregue. Será bom que a estrutura dirigente do nosso querido Benfica comece a analisar o que correu mal, nomeadamente, o reforço do plantel com mais do que uns jovens bem-intencionados; um treinador que queira ganhar sempre e nunca jogue para o empate quando está a tentar ser campeão. Caso contrário, corremos o risco de nos tornarmos o Ajax português.
Ainda assim, e porque sonhar não paga imposto, eu quero ser penta.
Oxalá o Porto escorregue. Só tenho medo que o RV comece a golear por 0-0.
Viva o Benfica.
Por: Hugo Pinto*.
(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)