O barulho de conversas mais “animadas” e as movimentações junto às bilheteiras do Pavilhão Municipal de Barcelos chamaram a atenção de vários populares e, mesmo, das autoridades. Grupos de jovens juntam-se, durante o dia, nesse local para, supostamente, consumirem substâncias ilegais (relembramos que os cigarros são proibidos a menores de 18 anos, sendo que os jovens em causa são, maioritariamente, de faixas etárias inferiores, mas podem ser outras substâncias também). Tudo acontece sem que a maioria dos jovens esteja, sequer, a usar máscara.
Quem passa na Rua Cândido da Cunha, mesmo com as obras, consegue escutar o “alarido” que vem dessa zona, com alguns jovens a chamar por outros que, entretanto, passam nos passeios e são, porventura, seus conhecidos.
Segundo uma testemunha, que pede anonimato, “esta situação tem ocorrido todos os dias junto às bilheteiras do pavilhão. Os jovens juntam-se em grupos de 10 a 20, não usam máscara e consomem substâncias ilegais. A polícia é frequentemente avisada do caso, mas, das poucas vezes que aparece, apenas consegue dispersar os jovens durante uns minutos”.
O local onde estes jovens permanecem, praticando estes atos irresponsáveis e perigosos para a sua saúde e de quem os rodeia, é utilizado, amiudadamente, para atividades desportivas, quer por parte de crianças, quer por parte de adultos e seniores. “No local, encontram-se afixados avisos a aludir à utilização dos espaços. Contudo, estes avisos são removidos e/ou ignorados pelos jovens, que contaminam o local com beatas de cigarros e cuspe, fontes de contágio extremamente eficazes para a propagação de vírus”, conclui a testemunha em questão.

João (nome fictício) também já reparou nesta situação. “Se passamos na rua, mesmo com o barulho das obras, conseguimos ouvir muito barulho naquela zona, com assobios, berros, a chamarem por amigos ou conhecidos ou até a ‘chamar-lhes nomes’, naquelas brincadeiras que todos sabemos e até fazíamos com a idade deles. Sem máscaras e todos juntos, é perigoso e pode originar contágios. O país, e Barcelos, andam a lutar contra esta pandemia e estas atitudes, que eles acham irreverentes, mas a sociedade considera criminosas, só nos prejudicam a todos enquanto sociedade”. Já Maria (nome igualmente fictício) é mais dura nas palavras: “São uma cambada de irresponsáveis e ‘desmiolados’. Sabem que não podem, nem devem, mas fazem na mesma. Já na zona ribeirinha é o que é. No Halloween foi o que foi, com estragos até provocados a lojistas. A polícia é muito branda e conivente. Se estão a fumar tabaco, é proibido para menores de 18 anos. Se estão a consumir outras coisas, pior é. Quando é que vemos as autoridades a tratarem do caso de uma vez por todas? Quando é que a Câmara coloca um travão naquilo? Serão precisas algumas bastonadas?”, reclamou.
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