O Banco Santander, em conjunto com a Associação Internacional de Presidentes Universitários (IAUP), acaba de apresentar os resultados de um inquérito a mais de 700 reitores universitários de 90 países, entre os quais Portugal, sobre os efeitos da pandemia nas instituições de ensino. Os resultados do inquérito “Resposta das lideranças à COVID-19” demonstram que a pandemia vai ter um forte impacto económico, tanto no que diz respeito às matrículas, como às necessidades acrescidas de infraestruturas das universidades.
Reitores e diretores de universidades públicas e privadas assinalam a pressão que a pandemia tem colocado no modelo financeiro das instituições e na atração de novos estudantes, destacando o potencial existente de mudanças nos modelos educativos e na educação internacional em resposta aos desafios gerados pela COVID-19. Neste sentido, 70% das instituições esperam mesmo que os seus programas educativos sejam híbridos – presenciais e online – a partir de agora.
Mais de 73% das instituições antecipam quebras futuras nos seus rendimentos, enquanto 59% esperam reduções na inscrição de estudantes e 49% preveem novos desafios na angariação de fundos. Este padrão é visível em todas as regiões onde o inquérito foi realizado.
Ao mesmo tempo, 45% dos dirigentes académicos prevê a necessidade de aumentar o apoio financeiro a alunos e de um maior investimento em infraestruturas relacionadas com a capacidade tecnológica das universidades, sendo também indispensável promover o desenvolvimento de programas de educação contínua, assim como o apoio à empregabilidade dos estudantes e ao empreendedorismo.
Se na América e na Europa a prioridade é uma maior necessidade de apoio financeiro aos estudantes, para os líderes das universidades da Ásia e da Oceânia está mais focada no investimento em infraestruturas e, em África e no Médio Oriente, em programas que promovam a empregabilidade de estudantes e licenciados.
O inquérito foi dividido em três blocos: “Reações iniciais, focadas no primeiro semestre de 2020”, “Preparação para o ciclo 2020-2021, imediatamente após o início do período académico do Outono” e “Perspetiva para o futuro, com um âmbito de três anos a partir de agora”.
Foto: DR.