
Pois é, amigos benfiquistas. Começa a ser complicado escrever sobre o Benfica. É quase como o futebol praticado: mais do mesmo. Não que me falte o entusiasmo. Mas porque a carreira do Benfica na liga, este ano, está a ser enfadonha.
Está tudo em aberto e estamos muito próximos do líder. Mas, digamos em abono da verdade, muito mais pelo demérito deles. E os últimos jogos são esclarecedores em muitos aspetos. Vamos por partes.
O Treinador. Sei que já falei muito sobre ele. Mas é incontornável. É o homem do leme e se o rumo vai mal a ele se deve. Se não é o causador é pelo menos conivente. O homem é profissional. É sério. Parece trabalhador. Mas falta-lhe uma certa dose de arrojo. Tem de dar um murro na mesa e encostar os jogadores à parede. Ou o Presidente, se for o caso.
Prova disso é a forma como a equipa vem atuando. Só depois de uma “vergonha” é que arranjam brio para fazer um jogo melhor, a seguir. E tenho para comigo que os resultados mais dilatados que obtivemos só aconteceram porque foi no confronto com o Estoril e o Tondela.
Com o Rio Ave levámos banho de bola. E agora, para a Taça da Liga, um empate deplorável, com um adversário a quem deveríamos ter ganho sem espinhas. E estamos na eminência de ser eliminados na fase inicial de mais outra competição. É muito, muito pouco. Desculpem-me, mas por mim basta. Ainda me lembro de ganharmos todas as competições internas e ir a finais europeias, há relativamente pouco tempo. É urgente que ocorram mudanças no ninho da águia. Urgente. Basta de “Lopeteguização” e “Nunoespiritosantização” (passem os neologismos).
Muita coisa tem de mudar. LFV tem de andar menos preocupado com “casos” (porque é isso que o adversário pretende) e em fazer negociatas com jogadores e perceber que o Benfica vive, sobretudo, de FUTEBOL. E futebol é coisa que não se tem visto. Ou se tem, é muito pouco consistente.
Espero que 2018 nos traga sérias melhorias. Porque mais do que resultados sofríveis, incomoda-me a mediocridade do jogo jogado.
Dá-me o 37.
Viva o Benfica.
Por: Hugo Pinto*.
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