Pedro Ribeiro, treinador do Gil Vicente FC, lançou o jogo de amanhã, pelas 16h00, em Viseu, frente ao Académico local, a conta para a 36ª jornada da Ledman LigaPro.
Salientando que encaram o jogo com a máxima responsabilidade, não escondeu que sentem a pressão do jogo, de tentar conquistar os três pontos. Confidenciou que a equipa sente que o campeonato deveria estar a começar agora, “porque estamos bem, consistentes. Estamos, cada dia que passa, com melhor qualidade de jogo”, sendo que, “apesar da situação atual não ser a melhor, a equipa tem trabalhado muito bem, de forma alegre, porque quando damos tudo em termos de treino, em termos de jogo, é assim que temos que estar. De cabeça levantada porque só isso é que nos vai permitir chegar a Viseu e tentar discutir os três pontos”, ressalvou.
Por falar em Viseu, sobre o próximo adversário, o Académico, Pedro Ribeiro referiu que esta é uma equipa que está na luta pela subida desde o início da época, “bem orientada, recheada de bons jogadores, que tem um estilo de jogo bem definido e que está totalmente identificado por nós, pela equipa técnica”. Por outro lado, “os jogadores conhecem bem o adversário” e esperam “um jogo muito competitivo, que será, com certeza absoluta, discutido a cada segundo”, ressalvando que “a equipa que estiver mais concentrada durante os 90 minutos, de certeza absoluta, terá mais condições para ganhar no fim”. A expectativa da equipa gilista é que consiga manter aquilo que tem feito muito bem nos últimos jogos e consiga “acrescentar uma ou outra coisa que não está a surgir. A questão da finalização, do último passe, que naturalmente tem a ver com questões de confiança que não se verificam em situação de treino mas em situação de jogo é normal que o jogador sinta, num ou noutro momento, essa falta de confiança”, retorquiu. Entretanto, o treinador acredita que “estes nove pontos que estão em disputa são nove pontos possíveis de ser alcançados por nós. É essa a minha convicção e do grupo. Vamos com tudo a Viseu para tentar ganhar o jogo”, afirmou.
A equipa é constituída por “um grupo de homens que se motiva autonomamente”, sendo óbvio que a equipa técnica também procura fazer um trabalho a esse nível. “Não é só fazer um trabalho dentro de campo, é também intervindo em termos mentais, de motivação. Sinto que a equipa está focada, motivada naquilo que é o nosso objetivo. Continuamos a acreditar e não vamos, de todo, baixar os braços. Vamos discutir o jogo, não tenho dúvidas nenhumas. Confiamos que domingo, ao final da tarde, estamos numa posição melhor do que a que estamos neste momento, pelo menos em termos pontuais, que nos permita, nos dois jogos que ficarão a faltar, discuti-los e procurar a manutenção, que é esse o nosso objetivo”, afiançou.
Sempre salientando que não pretende falar do passado, Pedro Ribeiro não deixou de expressar que, “vendo a evolução da equipa, a forma como os jogadores treinam, como jogam, como tentam por em prática, no terreno de jogo, aquilo em que nós acreditamos, eu, como treinador, gostava que o campeonato continuasse porque sinto que a equipa está a evoluir e que esta evolução vai estagnar com o término do campeonato. É apenas e só essa a minha reflexão. Aquilo que eu e o próprio grupo sentimos é que se o campeonato tivesse mais jornadas, se estivesse a começar, provavelmente iríamos fazer outro tipo de classificação. É natural que eu me sinta assim. É evidente que o passado já não interessa porque está lá atrás. A única coisa que eu disse, e acho que é factual, é que se esta média pontual que estamos a alcançar tivesse sido alcançada desde o início da época, a situação do clube não seria a atual. Mas é uma questão factual, não estou a voltar ao passado. Estou apenas a refletir aquilo que é uma época na sua globalidade e é assim que tem que ser avaliada, agora que estamos a caminhar para o final dela”, disse.
Para o jogo de domingo não poderá faltar à equipa a capacidade de finalização, que faltou frente ao Nacional, na última jornada. “A minha expectativa, enquanto treinador, é que consigamos manter a qualidade exibicional, a concentração. Neste momento somos uma equipa muito mais madura, durante os noventa e cinco, noventa e seis minutos que um jogo de futebol tem. A minha expectativa é que consigamos colocar em prática aquilo que fazemos no treino em termos de finalização e consigamos fazer golos, porque tenho a certeza de que se fizéssemos um golo ao Nacional, e bastava um, com certeza que o resultado teria sido justo. Porque não foi justo, atendendo àquilo que se passou em campo e à qualidade de ambas as exibições. O Nacional é primeiro, com todo o mérito. É uma equipa muito forte. O Viseu é uma equipa que se preparou, claramente, para a subida de divisão. Vamos defrontar um adversário que é, também, muito forte. Mas nós também somos fortes e temos mostrado isso jogando contra equipas que estão a lutar pela subida de divisão, recheadas de bons jogadores. Leixões, Nacional, Arouca, Penafiel, equipas muito fortes, mas o Gil Vicente tem mostrado que não é inferior a essas equipas. Mas sabemos o contexto em que estamos e queremos reagir, queremos ganhar pontos, queremos ganhar os nove pontos que faltam e, no final, tentar alcançar aquilo que é o nosso objetivo, deste final de época, que é o único possível, que é a manutenção”, referiu Pedro Ribeiro.
Por fim, e por cumprirem castigo por acumulação de amarelos, os defesas Ricardinho e Luiz Eduardo são os únicos indisponíveis para o jogo de amanhã, no Estádio do Fontelo.