Atualmente comenta-se o aumento da taxa de juros do crédito à habitação, tendo inclusivamente alguns dos bancos alertado já para este cenário, facto que está a causar alguma preocupação junto dos consumidores, atendendo ao impacto que poderá ter nos orçamentos familiares.
A subida da taxa de juro levará a um aumento do valor da sua prestação, logo os consumidores serão obrigados a emagrecer o seu orçamento mensal para conseguir pagar a despesa com a habitação. Por outro lado, poderá agravar a situação financeira das famílias, já muito complicada, podendo culminar em muitos casos no incumprimento do pagamento do crédito à habitação.

O que fazer perante tal cenário? O ideal será atuar preventivamente.
Comece por:
– Solicitar à instituição bancária onde tem o crédito à habitação uma simulação que reflita o aumento para 1% da Euribor. De seguida analisar o impacto do aumento na sua prestação mensal.
– Calcular a sua taxa de esforço, o peso que as prestações com crédito têm no rendimento do seu orçamento familiar.
– Analisar a atual taxa de esforço e se for superior a 35% procurar negociar os contratos de créditos de forma a promover um maior equilíbrio financeiro, reforçando a sua capacidade perante um possível aumento da prestação do crédito à habitação.
– Avaliar o peso que a prestação (com o aumento da taxa de juro) terá no seu orçamento familiar.
– Adaptar o orçamento familiar à sua situação financeira, avaliar as despesas e verificar aquelas que poderá reajustar ou eliminar com o envolvimento de todos os elementos da família.
Sempre que se depare com dificuldades no pagamento da prestação deve contactar a instituição bancária, procurando uma solução possível para as dificuldades sentidas. Existem alguns mecanismos legais que impõem ao banco o dever de acompanhar a execução dos contratos de crédito, prevenindo situações de incumprimento mediante a apresentação de propostas que visem a reestruturação do crédito. Mas, perante uma situação de incumprimento a instituição
de crédito deve contactá-lo para negociar soluções de pagamento para a regularização extrajudicial de situações de incumprimento de contratos de crédito.
Para muitas famílias a perspetiva, tanto a curto, como médio prazo, do aumento da taxa de juro é a de agravamento da sua situação financeira. Se enfrenta dificuldades ou pretende evitar a rutura do seu orçamento, saiba que a DECO presta aconselhamento e orientação na gestão das suas finanças pessoais e apoia o consumidor sobreendividado, através do nosso Gabinete de Proteção Financeira.
Para mais informações a DECO – Delegação Regional do Minho, sita na Avenida Batalhão Caçadores, 9, Viana do Castelo encontra-se disponível podendo contactar-nos através do 258 821 083 ou por e-mail para deco.minho@deco.pt.