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Amnistia Internacional

Câmara de Barcelos leva a cabo várias atividades para assinalar Dia Mundial da Criança

Maio 25, 2018 em Atualidade, Concelho, Cultura, Educação, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

Para comemorar o Dia Mundial da Criança, a 1 de junho, o Município de Barcelos levará a cabo, em colaboração com as instituições, várias atividades ao longo desse dia.



A inauguração de um painel de azulejos sobre dos direitos da criança, no Centro Escolar de Viatodos, pelas 10h30, constitui um dos pontos altos do programa. Esse momento ficará marcado pela presença da Presidente e da Vice-Presidente da Direção da Amnistia Internacional Portugal.

Este painel, que é o quarto a ser colocado em estabelecimentos de ensino do concelho, representa o resultado de um trabalho feito pelos alunos do 1º ciclo de todos os agrupamentos de escolas do concelho de Barcelos, coordenado pela Biblioteca Municipal e Museu de Olaria. Esta atividade explora a temática dos direitos da criança, através da narração de histórias e da pintura em azulejos dos vários direitos constantes da Declaração Universal.

No Parque da Cidade, vão realizar-se workshops de modelagem de barro e pintura de azulejos destinados às crianças, promovidos pelo Museu de Olaria. Já a Biblioteca Municipal vai realizar oficinas de leitura “Cola-te às histórias…” e a Hora do Conto “Feitiços e Rebuliços”, durante todo o dia. Haverá, ainda, um mural de pintura para os mais novos. A Escola Secundária de Barcelos junta-se à festa, com muita cor e alegria, oferecendo as pinturas faciais aos mais pequenos.

Outra atividade preparada é a aula de zumba, com o professor Tiago Carvalho, do Projeto Barcelos Saudável, e a apresentação da peça infantil “Cinderela” pela “A Capoeira, Companhia de Teatro de Barcelos”, enquanto a Associação Amigos da Montanha vai dedicar-se às provas de orientação.

Entre histórias, ateliês, cinema, jogos e muita diversão, as crianças poderão aprender, libertar a criatividade, imaginar histórias, pintar, modelar o barro, explorar e inventar num dia que lhes é totalmente dedicado.

Fonte e foto: CMB.

Barcelos associa-se a movimento contra a pena de morte e comemora os Direitos Humanos

Novembro 29, 2017 em Atualidade, Concelho, Cultura, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

No âmbito da Cidade Educadora, Barcelos volta a associar-se, pelo quinto ano consecutivo, ao movimento “Cidades pela Vida – Cidades Contra a Pena de Morte”, um evento que decorre anualmente a 30 de novembro, em todo o mundo.



O dia será assinalado com um programa diversificado que se inicia às 15h00, no Largo da Porta Nova, com uma “Maratona de Cartas”, em que haverá uma sensibilização para a defesa dos Direitos Humanos, com a presença de um representante da Amnistia Internacional. Seguir-se-á, pelas 16h30, uma sessão de poesia pelo grupo Haja Ânimo, intitulada “Pela Vida e Pela Paz”.

Às 18h00, será iluminado o Paço dos Condes de Barcelos e o Pelourinho, seguindo-se um momento musical pela paz, com o grupo da Banda Musical de Oliveira.

De acordo com o Município, “Barcelos, como Cidade Educadora, procura assumir um compromisso com a inclusão social e a diversidade cultural, tendo como objetivo permanente o enriquecimento da vida dos seus cidadãos”.

Criada em 2005, a Rede Portuguesa das Cidades Educadoras materializa um conjunto de relações e de troca de experiências entre os Municípios membros da Associação Internacional das Cidades Educadoras.

O “Cidades pela Vida – Cidades contra a pena de Morte” surgiu pela primeira vez no ano 2002, por iniciativa da Comunidade de Sant’Egidio Italiana, que quis assim assinalar o aniversário da abolição da pena de morte no primeiro estado europeu, o Grão-Ducado da Toscânia, a Norte de Itália, no dia 30 de novembro de 1786.

Desde 2002, cerca de 2000 cidades de vários países já se associaram a esta celebração. Neste dia, iluminam um monumento ou um local simbólico, de forma a sensibilizar os cidadãos para a união do mundo em torno da abolição da pena de morte.

Integrando ainda esta temática está programada a Semana Concelhia dos Direitos Humanos, de 4 a 7 de dezembro, sendo desenvolvidas palestras, sessões de contos, ateliês, exposições, além de estabelecidas parcerias em projetos das instituições OIKOS e a Amnistia Internacional Portugal.

Fonte e imagem: CMB.

#FreeRightsDefenders – Os direitos humanos não são crime!

Julho 30, 2017 em Atualidade, Mundo, Opinião, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora
Raquel dos Santos Fernandes

São centenas de jornalistas, médicos, professores, polícias e militares! São homens e mulheres que, abdicando do seu conforto e das suas rotinas, se encontram hoje atrás das grades por uma luta que não deveria ser apenas a deles. Este é o meu pequeno contributo ao apelo #FreeRightsDefenders.

Enquanto o Ministro dos Negócios Estrangeiros turco se reunia com altos representantes da União Europeia, o Presidente da Turquia reforçava a sua retórica antiocidental em Ancara. Não o fez por acaso! Recep Tayyip Erdogan é um político pragmático, orientado para o serviço e para uma vertente instrumental, que facilmente percebeu que a influência da Turquia nos Balcãs, na região do Cáucaso, na Ásia Central e no Médio Oriente lhe proporcionariam importantes parcerias estratégicas, propugnando o fortalecimento das relações com os países vizinhos e ressalvando que a Turquia já não se revê no papel de mediador. Essa Turquia é hoje a soma da hegemonia e da dominância do seu líder.

“O Ocidente quer que a Turquia cumpra as suas exigências sem colocarmos questões (…),” começou por dizer, referindo-se aos Critérios de Copenhaga aplicados à candidatura da Turquia à UE. O seu discurso político e a sua postura só poderão ser compreendidos se atendermos ao contexto de insegurança permanente vivido no país e ao envolvimento do mesmo com o secularismo. Nestas circunstâncias, Erdogan desenvolveu uma tripla estratégia: adotou uma linguagem em prol dos direitos humanos e da democracia como escudo discursivo; mobilizou o apoio popular como forma de legitimidade democrática; e, por fim, construiu uma coalizão liberal-democrática com setores modernos e seculares que o reconheciam como um ator político legítimo, ao ponto da sua atual posição institucional lhe fornecer o poder necessário para promover os seus próprios interesses, originando um novo compromisso político e uma nova hegemonia na política turca. Erdogan criou a ideia de vitimização da Turquia face ao Ocidente, ao mesmo tempo que reforça a ideia do grande líder que vem restaurar a grandeza do país, “(…) tenho pena de lhes dizer que essa Turquia já não existe!” E nisso, Erdogan tem razão!




Na Turquia de hoje, estão 150 mil pessoas sob investigação criminal e vários ativistas dos direitos humanos são acusados de cometer crimes em nome de organizações terroristas não identificadas. Na Turquia de hoje, é o mesmo Erdogan que, 19 anos após ter sido declarado pela Amnistia Internacional um prisioneiro de consciência, presidiu à detenção dos mais proeminentes defensores dos direitos humanos na Turquia. Na Turquia de hoje, os meios de comunicação nacionais são controlados pelo Estado e o acesso aos meios internacionais estão bloqueados. Na Turquia de hoje, o povo não apoia os opositores dos direitos humanos, mas apoia a imagem criada em torno do grande líder, apoia o discurso dissimulado que lhes promete o regresso aos tempos de glória, encoberto por juras de justiça e de respeito, e apoia, acima de tudo, a sua pátria e as suas singularidades. E, assim sendo, enquanto os direitos humanos continuarem a ser visados como ocidentais, a Turquia continuará a ser a Turquia de Erdogan.

Os direitos humanos não têm raça, etnia ou nacionalidade. Não têm estratos sociais, não são uma tendência ou uma moda! Os direitos humanos são universais, incolores, insípidos e inodoros e nunca, nunca poderão ser um crime!

Por: Raquel dos Santos Fernandes* – Mestre em Ciência Política

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do/a autor/a)

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