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ATEP reivindica mais apoios para alunos com Necessidades Educativas Especiais

Dezembro 3, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

Hoje assinala-se o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, promovido pela ONU desde 1992, querendo assegurar os direitos das pessoas com deficiência consagrados na Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que o estado Português ratificou em 2009.



Tomada esta consciência por parte do estado português, desenvolveram-se novas políticas de apoio, defesa e inclusão das pessoas com deficiência, em que se realçam o DL 54/2018, que vem promover uma educação inclusiva que transporta os valores da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Contudo, passados já 2 anos da sua implementação, a ATEP (Associação todos pela Escola Publica) vem “sentindo que o mesmo não tem tido o impacto positivo no percurso escolar dos alunos com NEE (Necessidades Educativas Especiais), conforme o esperado”, salienta em nota.

Por isso, propõe que sejam tomadas medidas retificativas, como:

. Colocação de mais recursos humanos nos Centros de Apoio à Aprendizagem;

. Colocação de mais Docentes de Educação Especial nas escolas, de forma a que estes cubram as necessidades reais dos alunos;

. Especialização das Assistentes Operacionais que prestam apoio direto aos alunos com NEE;

. Dimensionar os apoios individuais especializados às necessidades dos alunos que estão referenciados nos seus PEI (Plano Educativo Individual);

. Alocar mais tradutores de LGP (Língua Gestual Portuguesa) às escolas de referência;

. Promover mais a utilização de recursos digitais para o apoio aos alunos com NEE;

. Garantir que a transição do percurso escolar para a continuação de uma vida inclusiva e com um papel socialmente útil na sociedade seja garantido.

 “Para nós, ATEP, estas medidas são as mais urgentes e vão de encontro às reivindicações dos Encarregados de Educação, dos Diretores de Agrupamentos de Escolas e dos Docentes, que nos parecem justas, no âmbito de uma preocupação maior com as pessoas com deficiência e que vão de encontro à Convenção dos direitos das pessoas com deficiência”, aponta Miguel Azevedo, vogal para a Escola Inclusiva da ATEP.

Fonte: ATEP.

ATEP e FENPROF denunciam casos de alunos em isolamento, privados ou com grandes dificuldades para acompanharem as aulas

Novembro 4, 2020 em Atualidade, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

Muitos alunos de escolas públicas obrigados a ficar em isolamento por motivos de COVID-19 estão privados de acompanhar as atividades letivas por falta de equipamentos e acesso à Internet. A denúncia foi feita pela ATEP – Associação Todos pela Escola Pública – e pela FENPROF – Federação Nacional dos Professores, que têm recebido várias queixas de encarregados de educação, alunos e professores.



“No Agrupamento de Escolas António Sérgio, em Vila Nova de Gaia, por exemplo, temos alunos em casa com dificuldade em acompanhar as aulas, a internet nem sempre funciona e a carência de câmaras para todos os alunos que necessitam é gritante. As sessões por videoconferência são descontinuadas e os professores perdem cerca de 20 minutos de aula a tentar retomar as ligações. No Agrupamento de Escolas Gonçalves Zarco, em Matosinhos, a inexistência de equipamentos necessários para dar resposta às videoconferências, origina o recurso aos telemóveis pessoais de professores e alunos”, denuncia Mariana Pereira, vice-presidente da ATEP.

Além disso, há a burocracia instalada nas escolas com as alterações decorrentes da COVID-19, falta de tempo para planeamento de aulas em regime presencial e online, bem como ausência de orientações claras para avaliação dos alunos que se encontram em isolamento profilático. Os docentes não acreditam ter tempo para dar a matéria toda e sentem que não dão o devido acompanhamento aos alunos. “Temos as comunidades educativas a tentarem fazer o melhor que é possível para quem está no terreno a vivenciar situações difíceis, urge agora que as tutelas cumpram com a sua parte”, sustenta a vice-presidente da ATEP.

“O problema é que o Ministério da Educação deixou de renovar os equipamentos das escolas, hoje verdadeiramente ultrapassados, e apesar de o Primeiro-Ministro ter afirmado em abril que as escolas abririam em setembro já devidamente equipadas, isso não aconteceu e agora aponta-se para um número bem abaixo das necessidades imediatas para meados de novembro. Além disso, há, realmente, problemas com a conetividade, com a falta de recursos acrescidos nas escolas, o que se torna ainda mais complicado quando temos professores com turmas em regime presencial, mas alguns alunos em casa a terem de ser acompanhados. Um problema que poderia ter outra solução, caso o ministério constituísse bolsas com os docentes de risco, permitindo que desenvolvessem atividade em regime de teletrabalho com esses alunos”, aponta Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF.

“No Agrupamento de Escolas do Viso, no Porto, as escolas não foram alvo de investimento por parte do Ministério, assim como os alunos ainda não receberam os prometidos equipamentos informáticos, e o ensino online é um objetivo por concretizar. Os alunos que estão em casa fazem fichas de trabalho que os professores enviam por e-mail, agravando-se a situação nas famílias que têm dificuldade em aceder ao e-mail e à impressora. Em casos como este, que estão espalhados pelo país, é muito preocupante que haja alunos em casa desde o início do ano letivo, por fazerem parte dos grupos de risco”, adianta Mariana Pereira.

“E depois há, ainda, situações de enorme desigualdade, que decorrem das próprias condições das famílias, onde, por vezes, impera a iliteracia digital, o que é ainda mais grave quando falamos de crianças ou de jovens que, por dificuldades várias, têm maiores dificuldades ao nível da sua autonomia, incluindo a digital”, aponta, por seu turno, Mário Nogueira.

“Temos encarregados de educação com apenas um filho em isolamento profilático e a ter que transportar diariamente os restantes filhos à escola, enquanto aguardam por uma declaração médica que garanta o resguardo a que a situação obriga. Há ainda casos de professores com filhos em casa em isolamento e que têm de continuar a trabalhar porque, ao contrário dos outros pais, não recebem uma declaração do delegado de saúde local para ficarem com os filhos em casa”, revela a vice-presidente da ATEP.

“Isso aconteceu, por exemplo, em Vila Viçosa ou Borba, quando as escolas encerraram, mas os professores que trabalhavam em outros concelhos tiveram de continuar a trabalhar, não sabendo onde deixar os filhos, para os quais tiveram de encontrar soluções, nem sempre fáceis. Num momento em que se anunciam confinamentos e/ou cercas sanitárias, em alguns municípios este problema tenderá a agravar-se”, defende o secretário-geral da FENPROF.

“É totalmente inaceitável que, mais de seis meses após anunciar o acesso universal dos alunos dos ensinos básico e secundário à Internet e a equipamentos informáticos, o Governo permita que estas situações aconteçam e que são ainda mais graves nos alunos que vão fazer exames no final deste ano letivo. As escolas não têm equipamentos e a capacidade da Internet é insuficiente, não permitindo a fluidez das aulas, onde as ligações vão abaixo ou têm quebras, acabando por afetar a qualidade do ensino para todos. Os alunos que estão na escola, em ensino presencial, também sofrem os danos de uma aula descontinuada e instável”, aponta a responsável da ATEP.

“Convirá, por último, acrescentar, que, no caso dos professores, a esmagadora maioria foi obrigada a adquirir os equipamentos para trabalharem com os alunos, designadamente quando o ensino a distância foi a norma, entre março e junho passados. As escolas não tinham equipamentos adequados e muitos casais de professores, com filhos também em teletrabalho, não tinham tantos equipamentos quantos os membros do agregado familiar. Compraram-nos, tiveram de aumentar a capacidade da conetividade nos seus domicílios, usaram os seus telemóveis para contactar os alunos e seria, no mínimo, natural que toda essa despesa fosse elegível para efeitos de IRS. Contudo, o governo ignorou esse esforço dos professores”, afirmou, por sua vez, Mário Nogueira.

Foto: DR.

ATEP alerta para falta de condições dos alunos com necessidades educativas especiais

Outubro 22, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

A ATEP – Associação Todos pela Escola Pública – alerta para o facto de os alunos com necessidades educativas especiais estarem a ser deixados para trás nestas primeiras semanas do ano letivo, não dispondo de condições condignas para o acesso ao ensino.



Para Miguel Azevedo, vogal da ATEP para a Escola Inclusiva, “num momento em que a escola pública faz o seu melhor para garantir que os seus alunos tenham acesso a um ensino cada vez melhor e com segurança, queremos chamar a atenção de que existem alunos a que não está a ser garantido o acesso condigno ao ensino”.

“Um ministério que fez aprovar o decreto de lei 54/2018 para garantir a inclusão de todos os alunos e que os mesmos tivessem a oportunidade de ter sucesso no seu percurso escolar, é o mesmo que não garante os meios necessários para que os alunos com necessidades educativas especiais possam atingir este sucesso”, adianta o responsável da ATEP.

Recorde-se que, em finais de setembro, ainda não estava garantido para todos os alunos com necessidades educativas especiais o seu transporte para as escolas, deixando muitos deles fechados em casa. Já em outubro, os encarregados de educação de alunos com necessidades educativas especiais denunciaram a falta de assistentes operacionais nas escolas de referência e também para acompanharem os alunos com acentuadas limitações.

“Nos últimos dias, têm surgido denúncias dos encarregados de educação e mesmo dos agrupamentos de escolas sobre a falta de docentes de educação especial”, aponta Miguel Azevedo.

“Para a ATEP, querer promover uma escola inclusiva não se coaduna com a falta de investimento e de recursos humanos que, infelizmente, as escolas têm para responder às necessidades destes alunos com necessidades educativas especiais e nem com os anúncios de mais assistentes operacionais que só virão para 2021”, conclui Miguel Azevedo.

Foto: DR.

ATEP critica Ministério da Educação por falta de planeamento do novo ano letivo

Outubro 15, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

A ATEP – Associação Todos pela Escola Pública criticou o Ministério da Educação pela falta de estratégia e planeamento na preparação do novo ano letivo. A tardia, ou ausência, de disponibilização de meios e recursos às escolas é outra das grandes falhas apontadas pela associação.



André Julião, presidente da ATEP, critica a tardia contratação de auxiliares de ação educativa, “essenciais para tarefas como a separação das entradas nas escolas, o que evitaria a acumulação de alunos e encarregados de educação nos portões, como se viu um pouco por todo o país, mal começou o ano letivo.”

O que levou, inclusive, ao encerramento de alguns estabelecimentos de ensino. “Fará sentido que um funcionário com COVID-19 leve ao encerramento de toda uma escola, deixando centenas de alunos em casa? Tudo porque não existe outro funcionário para o seu lugar?”, questiona o responsável da ATEP.

“Os assistentes operacionais são essenciais para controlar as entradas e saídas e os alunos nos intervalos. Quanto menos profissionais houver a controlar, maior a probabilidade de contágios entre alunos. É uma bola de neve. Estes profissionais são fundamentais e têm de ser valorizados e adequadamente renumerados. Caso contrário, as escolas não funcionam”, aponta ainda André Julião.

No Agrupamento de Escolas da Portela e Moscavide, concelho de Loures, “por falta de funcionários, os bares de alunos e professores tiveram de ser encerrados, as papelarias só funcionam uma hora por dia e as reprografias apenas por marcação”, revela o presidente da ATEP.

O caso é ainda mais grave no caso dos assistentes operacionais para os alunos com Necessidades Educativas Especiais. “Em vários agrupamentos de escolas, como a Dr. António Augusto Louro, no Seixal, a na EB1 de Campinas, no Porto, entre vários outros, como não há assistentes operacionais com formação na área, os pais têm de ir buscar os filhos a partir das 16h00 porque não há com quem ficarem. Isto é muito grave!”, acrescenta.

“À data de hoje, e a título de exemplo, aqui bem perto da sede da ATEP, no Agrupamento de Escolas da Portela Moscavide, há mais de 30 turmas que ainda não têm todos os professores quase um mês depois do início do ano letivo. Muitos dos professores em falta são de disciplinas nucleares, como Português, História, Francês e Matemática”, conta André Julião.

“O Ministério alega que muitos professores têm recusado horários. Mas a verdade é que, em plena pandemia, sair da área de residência, por exemplo, do Porto ou Aveiro, para ir dar aulas na Grande Lisboa ou em Setúbal, e ainda ter de pagar do próprio bolso os preços exorbitantes de uma casa ou um quarto nestas zonas, muitas vezes sem sequer ter horário completo, é compreensível. O Governo não acautelou este cenário, que era previsível. Não se compreende como estes professores não têm direito a um subsídio de deslocação, como por exemplo os deputados da Assembleia da República têm”, sustenta o responsável.

“Aliás, em relação à proteção dos professores, não se compreende sequer como é que, em caso de COVID positivo numa turma, os alunos dessa turma sejam enviados para casa de quarentena e os professores desses alunos continuem a dar aulas a outras turmas sem sequer serem testados”, critica.

“Aquele que poderia ter sido o ano letivo melhor preparado de sempre, dado o tempo disponível e a experiência acumulada da primeira vaga, foi iniciado sem estratégia, nem planeamento, deixando às escolas o ónus de criar soluções e planos B, sem rede, sem recursos e sem apoio”, avança ainda André Julião.

Até nas situações que supostamente estariam previstas, existem falhas clamorosas: horários que não promovem o distanciamento social, entradas e saídas feitas pelo mesmo local, medidas que limitam a utilização dos refeitórios, obrigando alunos a comer na rua, alunos forçados a almoçar dentro da sala de aula.

“Até a aglomeração de encarregados de educação à porta das escolas poderia ter sido melhor gerida com a ajuda da Escola Segura, não fosse o enorme desinvestimento que este programa tem conhecido nos últimos anos, onde, nalgumas freguesias, os agentes não têm sequer uma viatura para se deslocar de escola em escola, andando a pé ou de transportes públicos, quando existem”, defende o presidente da ATEP.

“Devo sublinhar que os nossos profissionais de educação têm sido excecionais no seu trabalho, respondendo com profissionalismo, uma dedicação extrema e procurando apagar todos os fogos que vão surgindo. Penso que mereciam uma estátua pelo trabalho que têm desenvolvido desde o início da pandemia”, remata.

Foto: DR.

ATEP – Associação Todos pela Escola Pública junta pais, alunos, professores e funcionários na defesa da Escola Pública

Outubro 7, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

Várias dezenas de encarregados de educação, professores, diretores escolares, alunos e funcionários não docentes juntaram-se para criar uma associação de defesa da Escola Pública.



A ATEP – Associação Todos pela Escola Pública reúne representantes de várias associações de pais e encarregados de educação que integraram o MESA – Movimento Escolas Sem Amianto – e representantes de várias outras associações e movimentos da sociedade civil.

O objetivo da ATEP é “contribuir para a defesa e o reforço da Escola Pública enquanto garante maior e constitucional da universalidade do ensino em Portugal”. A Associação quer “dar voz à comunidade educativa perante a tutela e abordar temas que são recorrentemente deixados para trás, com base nos princípios da igualdade, equidade, acessibilidade, cooperação e construção comum”.

Dos órgãos sociais fazem parte, além do presidente André Julião, coordenador do MESA, figuras como Íria Roriz Madeira, membro da associação ambientalista ZERO que se destacou na defesa da remoção do amianto das escolas de todo o país; Miguel Azevedo, responsável pelo Movimento Cidadão Diferente; Pedro Faria, dirigente do STSSSS – Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social; ou Eduardo Couto, coordenador da plataforma de apoio a estudantes “Quarentena Académica”.

A associação propõe-se representar a comunidade educativa perante todos os organismos da tutela, “abordando temas que persistentemente têm sido deixados para trás pela maioria das entidades responsáveis pela Escola Pública, tendo sempre como base os princípios da igualdade, da equidade, da acessibilidade, da cooperação e da construção comum”, explica André Julião, presidente da associação.

Estão incluídos neste âmbito diversos temas, nomeadamente:

• Requalificação do parque escolar

• Equipamento e informatização das escolas

• Universalização do acesso às novas tecnologias e à Internet

• Necessidades de formação e valorização do corpo docente e não docente

• Valorização dos profissionais das comunidades educativas

• Intervenção cívica dos alunos

• Acessibilidades e transportes públicos

• Melhoria de condições para o ensino especial e a inclusão

• Melhoria do fornecimento de refeições escolares

• Agilização da ação social escolar

• Desenvolvimento do ensino profissional

“A ATEP procurará criar sinergias e pontes com outras organizações do setor – sindicatos, associações de estudantes, associações de pais e outras – sempre que se justifique e procurando atingir objetivos pelo diálogo com a tutela. Não deixando nunca de exigir respostas através de todas as formas de intervenção cívica ao dispor, sempre que seja justo e necessário”, acrescenta o responsável.

Pode conhecer melhor esta Associação em: https://www.facebook.com/todospelaescolapublica ou solicitar informações através de atep.portugal@gmail.com .

Foto e imagem: DR.

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