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Be SOPRO

Despedir-se…

Setembro 26, 2018 em Atualidade, Concelho, Cultura, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Laura Truffarelli

Daqui a poucos dias, vai estar na hora de me despedir de Barcelos, das pessoas que encontrei aqui e dos lugares que, durante o ano passado, chamei casa. Normalmente, este é um momento melancólico, às vezes difícil, devido à consciência de que uma pequena parte da vida está a terminar.



Todos, num momento ou noutro, experimentámos uma despedida: despedimo-nos dos colegas de turma quando a escola acaba; despedimo-nos do nosso lar quando mudámos de casa, ou vamos estudar para outro sitio; despedimo-nos dos amigos que vão para fora; e despedimo-nos quando mudamos de cidade ou país. Para alguns corre bem. Para outros, despedir-se corre muito mal: sair de um lugar significa ir ao encontro de novas aventuras, deixando para trás algo de bom que poderia ter acontecido na terra natal, mergulhando num futuro sem certezas.

Mas como despedir-se de um ano, passado numa realidade diferente, para voltar à normalidade? Durante um ano, acontecem muitas coisas. É como um filme: a situação inicial é interrompida por um evento inesperado, a vida das personagens muda, mas no final há um novo equilíbrio – se não o equilíbrio do início da história cria-se. Durante este ano, tive muitos dias solitários, em que só queria voltar a casa, e dias cheios de entusiasmo devido às coisas boas e emocionantes que me aconteciam aqui em Portugal. Um ano passado num país diferente é como uma onda: há momentos felizes e momentos difíceis, e é preciso ter uma boa capacidade de resistência e saber ter uma visão de longo prazo e o coração aberto a novas coisas. Despedir-se de uma experiência significa alívio, saudade, tristeza para o que deixamos.

Muitas vezes, quando deixamos um lugar que não é a nossa casa, saímos daí com a sensação de que nunca mais iremos voltar. Todavia, se há algo que aprendi em todas as minhas viagens, é que um “adeus” é, realmente, um “até logo”! Hoje, o mundo está mais conetado, graças aos novos meios de comunicação e aos aviões, autocarros, comboios que chegam a todo lado, e encontrar as pessoas que moram longe de nós é mais fácil. Mas, ao mesmo tempo, acredito que se uma amizade é destinada a sobreviver, o universo vai fazer com que sobreviva. Os casos da vida são incríveis!

Uma vez, li que no mundo são necessários, no máximo, seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. É a teoria semiótica dos seis graus de separação. Fantasia ou verdade? No outro dia, a minha carteira estava tão cheia de papéis que já não a conseguia fechar. Ao limpá-la, encontrei as coisas mais impensáveis: bilhetes de autocarro em hebraico, um dinar da Jordânia, um pin não sei de onde, o cartão de fidelidade de uma pastelaria em Roma, o recibo de uma loja de Araçuaí – Brasil, e um papelinho com três nomes escritos. Eram os nomes de duas raparigas canadianas e um rapaz norte-americano que encontrei numa viajem no Amazonas. Andei a pesquisá-los no Facebook, e descobri que eu e uma das raparigas canadianas temos uma amizade em comum com uma colega de universidade minha. Quantas são as possibilidades de uma coisa assim acontecer? Estão a ver quão verdadeiramente pequeno é o mundo?

E uma vez voltados à nossa vida habitual, quando a experiência acaba, e o filme já chegou à diversão? Uma vez, na nossa velha vida, podemos torná-la numa vida nova, enriquecida das experiências passadas, cheia de curiosidade para novas coisas e pronta para a próxima aventura. Só mantendo o coração aberto a novas experiências é que iremos descobrir todas as surpresas que a vida nos reserva.

goodbye

Por: Laura Truffarelli*.

(Voluntária do Serviço Voluntário Europeu em ação no Colégio La Salle e na SOPRO)

* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora.

Porquê fazer um SVE?

Maio 30, 2018 em Atualidade, Concelho, Cultura, Educação, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora

The BeSOPRO Van girls: Anete, Gabriella, Laura!

Somos três raparigas que vêm de países diferentes e têm diferentes histórias de vida. Anete, 29 anos, bailarina e coreógrafa contemporânea da Letónia. Gabriella, 30 anos, de Itália, formada em Turismo mas, em primeiro lugar, interessada nos diferentes aspetos da vida quotidiana das pessoas. Laura, 24 anos de idade, estudante de Cooperação Internacional que deseja trabalhar no mundo das ONG’s.



Estamos aqui em Barcelos para fazer um projeto – SVE- Serviço Voluntário Europeu – com a SOPRO. Um SVE é um projeto financiado pela União Europeia, direcionado aos jovens da Europa e dos países parceiros, entre os 18 e os 30 anos, convidando-os para fazer um intercâmbio num país diferente. Os objetivos mais importantes do projeto são: a promoção dos valores europeus; a promoção da mobilidade entre a União; a aprendizagem não formal; e a aprendizagem linguística.

Porquê fazer um SVE? Estas são as nossas razões:

Anete: “Vivia na Suécia, no passado inverno, frio e escuro. Estava a escrever a minha tese de mestrado. No meu ecrã havia uma bela foto de três meninas deitadas com as pranchas de surf no teto de uma carrinha. Elas estão ao lado do oceano e há muito sol na foto. Fiquei a pensar nisso: o próximo inverno ia passá-lo em algum lugar onde há mais sol e for mais quente. E então, inesperadamente, a oferta chegou até mim! A oferta era como voluntária para eventos culturais e desportivos em Portugal, em Barcelos. A ideia principal é ensinar a dança aqui. Estou muito curiosa no como, quando e onde os portugueses compartilham a sua verdadeira felicidade através da dança. Que tipo de dança eles gostam? A dança está disponível para todas as idades e sexos? Os portugueses gostam de dançar em casais, sozinhos ou em grupos? Que tipo de estilos de dança eles preferem? Como é que com a dança podemos melhorar a qualidade de vida? A ligação entre Portugal e a dança é o que me faz curiosa.”

Gabriella: “No meu entender, acredito que a vida é um conjunto de vivências nas quais tu estás sozinho mas, ao mesmo tempo, andas estabelecendo ligações com as pessoas e as situações ao teu redor. É nesses momentos que tu acabas por não estares sozinho e perceber quanto é essencial partilhar os teus conhecimentos, pois receber e beneficiar dos outros, uma troca natural e saudável, diria eu! Foi por isso que no ano passado fui à procura de um projeto de voluntariado na Europa, e achei que a SOPRO era o ideal para acrescer, enriquecer a minha vida, num país diferente, a aprender uma nova língua e cultura. Conhecer e crescer são as minhas palavras-chave e ser voluntário incorpora tudo isso, de uma maneira profunda e forte.”

Laura: “Em setembro, estava a iniciar o meu segundo ano de mestrado/ magistral em Roma e sentia a necessidade de ter mais experiência no âmbito da cooperação internacional. Foi assim que comecei a ver as possibilidades para adquirir essa experiência, numa maneira certificável e reconhecida no mundo cooperativo. O SVE é mesmo uma ótima oportunidade para enriquecer o curriculum de um jovem cooperante e foi assim que encontrei no Facebook a call para o projeto BeSOPRO. A ideia de aprender o Português e trabalhar numa ONG internacional foi muito atrativa e duas semanas depois já estava com as malas nas mãos, pronta para esta nova aventura.”

O projeto BeSOPRO, promovido pela ONGd barcelense SOPRO, abraça as áreas da educação, da cultura, da sensibilização social e cooperação internacional. Nós, voluntárias, trabalhamos no Colégio La Salle, dando aulas de línguas e apoio aos estudantes; e na própria associação, participando nas atividades e organizando projetos culturais.

Vamos publicar, uma vez a cada mês, um artigo de opinião sobre a Europa e os seus valores, diferenças culturais, as nossas impressões sobre Portugal, e muito mais.

Podem acompanhar-nos aqui e também na nossa página Facebook “The beSOPRO Van”.

Por: Anete Tambaka, Laura Truffarelli e Gabriella Riglia*.

(Voluntárias do SVE – Serviço Voluntário Europeu no projeto Be SOPRO)


* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade das autoras

Projeto “Be SOPRO” inicia em Barcelos

Outubro 29, 2017 em Atualidade, Concelho, Cultura, Educação, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

A SOPRO já iniciou o Projeto Be SOPRO em outubro, este que é um projeto financiado pelo Programa Erasmus+ e que tem em vista a receção de três voluntários, duas jovens de Itália e um jovem da Letónia, que estarão em Barcelos durante doze meses a organizar atividades desportivas, artísticas, culturais e de voluntariado para os alunos do Colégio La Salle e para a Comunidade de Barcelos.



O projeto Be SOPRO, aprovado pela Agência Nacional Erasmus+, Juventude em Ação, é um projeto de Serviço Voluntário Europeu (SVE) que iniciou com a chegada das duas voluntárias da SOPRO, que foram selecionadas por entre a candidatura de dezenas de voluntários italianos e em breve será a vez de um voluntário letão.

De acordo com nota enviada a este jornal, a SOPRO refere que “trabalha com três entidades parceiras, duas de Itália e uma da Letónia, que garantem o cumprimento das regras do programa Erasmus+, ajudam na seleção do jovem voluntário e fazem o acompanhamento dos jovens garantindo a sua integração e adaptação”.

O Serviço Voluntário Europeu faz parte do Programa Erasmus+ que aspira mudar a vida das pessoas e potenciar os projetos dos jovens, criando experiências e oportunidades, promovendo a mobilidade, impulsionando os resultados da aprendizagem, ligando pessoas através de laços culturais apoiados por um conjunto comum de valores, com base numa união de políticas de forma a promover o desenvolvimento social e o crescimento económico na Europa.

Oportunidades ERASMUS+ para jovens portugueses

A SOPRO, neste momento, tem duas vagas em aberto para jovens com idades compreendidas entre 18 e 30 anos, uma para a Letónia (11 meses) e outra para Itália (10 meses), com todas as despesas pagas pelo Programa Erasmus+

Projeto “Chocolate” em Gulbene, na Letónia, com a duração de 11 Meses

Tem como objetivo a organização de atividades com jovens para o desenvolvimento de competências nas áreas artísticas como: Dança, Teatro de Improviso, Workshops sobre criatividade, multimédia ou Música.

“The Power of the Care at the Community Service” em Recanati, Itália

Desenrolar-se-á por dez Meses, de 01/12/2017 a 30/09/2018. Procuram um(a) voluntário(a) com competências ao nível educativo, disponibilidade para trabalhar com crianças (4-10 anos) num contexto dinâmico e intergeracional. Tem como objectivo a organização de tarefas ecológicas, organizar atividades relacionadas com as Artes (música, arte, literatura, teatro e projetos audiovisuais), trabalhar as questões ambientais, desenvolvimento sustentável, promover a cidadania ativa e os princípios da comunidade europeia.

A SOPRO solicita aos interessados que os contactem através do 253 837 259, e-mail: voluntariado@sopro.org.pt; ou ainda, presencialmente de 2.ª a 6.ª feira, das 10H00 às 17H00, na Travessa Celestino Costa, Loja 10 em Barcelinhos.

Fonte e imagem: SOPRO.

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