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Catalunha

Delegação de Barcelos da Ordem dos Advogados nas meias-finais do MUNDIAVOCAT 2018

Maio 10, 2018 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

Cambrils/Salou, na região da Catalunha – Espanha, recebe, por estes dias, mais uma edição do MUNDIAVOCAT 2018, que conta com a participação de uma equipa da Delegação de Barcelos da Ordem dos Advogados, que disputa o torneio de futebol de 5.



O Campeonato Mundial de Futebol para advogados, apelidado de MUNDIAVOCAT, é um torneio, como é óbvio, dedicado a advogados de todo o mundo. Foi criado em 1983 por Vincent Pinatel e Pierre Lusinchi, sendo que se disputa de dois em dois anos, anos pares. A primeira edição disputou-se em Marrakech (Marrocos) e a última em La Manga (Espanha).

Há imensas equipas de variadíssimos países. No caso do torneio de futebol de 5, onde participa a equipa barcelense, marcam presença 19 equipas da Argélia, Benim, Brasil, Bulgária, Canadá, França, Hungria, Irão, Iraque, Marrocos, Roménia, Rússia, Sérvia e Ucrânia. Por vezes, representam o país, sendo que a larga maioria representa uma cidade e/ou região.

Da “Terra do Galo”, bem plasmado nas camisolas da equipa, partiram para esta competição: Rui Torres, Hélder Tiago Selas, Luís Filipe Martins, João Monteiro Costa, Pedro Costinha, A. Oliveira da Silva, Sandro Dantas, António Amorim de Carvalho, André Moreira e Paulo Carvalho Barbosa.

No primeiro jogo, Barcelos derrotou a equipa da Bulgária por 1-0. Depois, derrotou por 2-1 a equipa de Goitacá (Brasil), por 4-2 a equipa de Kenitra (Marrocos) e venceu a equipa de Moscovo (Rússia), por 2-3, apurando-se para as meias-finais, onde defrontará a equipa de Belgrado (Sérvia), já hoje, pelas 14h00 locais, menos uma em Barcelos (Portugal).

Fotos: DBOA.

 

Herói ou anti-herói?

Novembro 5, 2017 em Atualidade, Concelho, Mundo, Opinião, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora
Raquel dos Santos Fernandes

Som una nació. Este era o mote de uma avolumada manifestação organizada em Barcelona, a 10 de julho de 2010, contra a decisão do Tribunal Constitucional em arquivar um recurso de inconstitucionalidade na sequência da aprovação, em junho de 2006, do novo Estatuto de Autonomia da Catalunha.



O movimento catalão para a conquista da independência e a conversão para um Estado republicano, que agora motiva uma enorme mobilização política de caráter maioritariamente identitário, não é novo, e seria importante que essa conjuntura fosse explorada de modo a explicar a forma como este tipo de iniciativas nacionalistas emergiram na sociedade civil. O próprio contexto institucional e político em Espanha sofreu várias alterações nos últimos anos e o contexto de crise económica reforçou o debate sobre a necessidade de introduzir políticas de recentralização para a eficiência económica. A possibilidade de independência ganhou visibilidade no debate político, não apenas ao nível parlamentar e partidário, mas também por uma crescente mobilização social que, em parte, também fora motivada pela perceção de um tratamento injusto pelo Estado em termos políticos e fiscais, como se a independência pudesse trazer um potencial estado de bem-estar que a crise económica lhes limitara.

Quando Puigdemont declarou a independência unilateral afirmando que “o povo determinou que a Catalunha se deve tornar um Estado dependente” criou um novo paradigma que se poderá tornar numa espécie de quadro radioativo para a Catalunha, para a Espanha e para a própria Europa. Primeiro, pelo desejo de independência de uma região com a sua própria língua e identidade; Segundo, pela incapacidade de resposta do governo central às exigências de uma sociedade em mudança e, ainda, pelos precedentes que poderá criar em outros Estados. A forma como os cidadãos se envolveram neste processo fez com que os líderes políticos e os meios de comunicação se voltassem para um panorama nunca antes explorado e, nessa linha, os próprios meios de comunicação poderão desempenhar um papel determinante na formação da opinião pública.

Se nos países autoritários, privados de liberdade, a sua função consiste em legitimar o poder estabelecido, sob o controlo de um governo que impede a emergência na esfera pública da sociedade civil, nos países democráticos, o processo é exatamente o oposto. E, nesse sentido, será interessante analisar, no futuro, as perceções que a opinião pública retirará daí: se a defesa do novo herói catalão ou a crítica ao seu antagónico.

Por: Raquel dos Santos Fernandes*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do/a autor/a)

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