Tribuna Pública no Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres

Organizada pelo Movimento Democrático de Mulheres e CGTP-IN
Em Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e a União dos Sindicatos do Distrito de Braga da CGTP-IN organizaram uma Tribuna Pública, nos Claustros da Rua do Castelo, em Braga.
Discutiu-se a Exploração, Opressão e Violência no Trabalho e foram apresentados relatos impressionantes das mulheres trabalhadoras do distrito. “Não são relatos únicos! São vários os exemplos e testemunhos das mulheres e de homens solidários com a violência exercida no local de trabalho e que, com esta pandemia, ficou ainda mais visível”, refere a organização.
Para as duas organizações é inquestionável o contributo das mulheres para o desenvolvimento do País. “Elas trabalham e participam em todas as áreas da vida política, económica, social e cultural. Mas todos os dias, milhões de mulheres e raparigas são sujeitas a alguma forma de violência física, psicológica, moral ou sexual, em casa, no trabalho, em público e na internet”, salientam.

“A violência contra as mulheres é um crime persistente, de dimensões inquietantes em todo o mundo, e que cresce tão depressa como a pandemia. O mapa das violências demonstra que, em pleno século XXI, se amplia, banaliza e justifica velhas e novas formas de abuso, maus-tratos e exploração, ao mesmo tempo que se mercantiliza a dignidade e o estatuto da mulher” alertam, reforçando que “é urgente combatê-la com a vontade política, a visibilidade e os recursos necessários, prevenindo, apoiando as vítimas e erradicando todas as formas de violência”.
Também a resposta à COVID-19 está a ter um “impacto terrível e desproporcional na vida das mulheres, tornando-as extremamente vulneráveis. Por esta razão, e num ano de grande incerteza foi de grande importância esta ação, alertando para a exploração, opressão e violência no trabalho. As mulheres estão a ser atiradas para a pobreza e exclusão social, para uma vida de extrema incerteza, insegurança e injustiça. E o poder político não pode promover nem pactuar com estas realidades. A vida das mulheres é um desafio diário à subsistência, às condições laborais, às difíceis condições de vida. E, por esta razão, o direito ao trabalho – trabalho com direitos, valorização dos salários, e ao direito a ser trabalhadora, mãe e cidadã sem desigualdades nem discriminações – é condição de emancipação das mulheres. Exige-se uma verdadeira política de igualdade e que contribua para a independência económica das mulheres”, afirmam.

“Este é um combate do nosso tempo, em nome da igualdade, direitos, integridade, segurança e dignidade de todas as mulheres! Apela-se ao reforço do combate a este flagelo! É possível Viver Direitos e Vencer Violências!”, concluem as duas entidades responsáveis pela organização.
Fotos: DR.