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Ensino

PSD Barcelos defende a criação de uma Academia de Formação Autárquica

Janeiro 18, 2021 em Atualidade, Concelho, Educação, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

Em nota enviada às redações o PSD Barcelos informa que, realizou uma reunião de trabalho no IPCA – Instituto Politécnico do Cávado e Ave, nesta reunião “analisamos a importância do IPCA, enquanto um dos principais motores de desenvolvimento do concelho e da região, em áreas tão diversas como o setor industrial mais tradicional, ou em áreas como o turismo, o design, a inteligência artificial, a robótica e os jogos digitais”.


O PSD Barcelos defende que, “é fundamental integrar o IPCA na estratégia para o desenvolvimento económico do concelho, nomeadamente através da participação da instituição na Agência de Investimento para Barcelos, recentemente proposta. Por isso, destacamos a ausência de uma verdadeira articulação entre o Município de Barcelos e o IPCA. Lembramos que o IPCA através das suas Escolas, Laboratórios e estrutura docente tem uma massa crítica que deve ser potenciada e aproveitada no desenvolvimento de Barcelos”.

“Fizemos chegar a proposta de criação de uma Academia de Formação Autárquica, em articulação com o IPCA e com outras instituições formadoras, sugestão que colheu grande recetividade”, frisam.

O PSD defende que, “a qualidade da gestão autárquica é um dos fatores determinantes para o desenvolvimento da região, razão que leva a propor, como prioritário, o investimento na formação dos autarcas do concelho e a a criação de uma Academia de Formação Autárquica, com um plano de formações sistematizado, de elevada qualidade e orientado para as necessidades sentidas no terreno”.

“O IPCA pode ser um parceiro estratégico neste desígnio, assim como deve assumir um papel primordial na geração de conhecimento para a região”, conclui o comunicado.



Fonte|Foto: PSD Barcelos

26 anos em prol do Ensino Superior Público de excelência

Dezembro 15, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação Por barcelosnahorabarcelosnahora

O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) celebra no dia 19 de dezembro o seu 26º aniversário. As celebrações decorrem de 15 a 19 de dezembro com várias atividades presenciais e online.  

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As atividades têm início no dia 15 dezembro com a sessão “À conversa com Fernanda Rollo: abandono no ensino superior e estratégias para o combater”.  Fernanda Rollo é professora universitária e membro do Conselho Geral do IPCA. Enquanto secretária de estado do Ensino Superior de 2015 a 2018, Fernanda Rollo debateu-se sempre por uma política de igualdade de acesso ao ensino superior e de combate ao abandono escolar. Nesta conversa a oradora partilhará com toda a comunidade académica e científica a sua visão sobre o problema e as estratégias para o combater.

 À margem da sessão será ainda apresentado o projeto OPAS – Observatório Permanente do Abandono e Promoção do Sucesso Escolar, um projeto financiado pelo COMPETE no âmbito Aviso Nº 01/SAMA2020/2019. A sessão terá lugar no Auditório Eng. António Tavares e será transmitida no canal Youtube do IPCA.   

No dia 16 de dezembro procede-se à abertura da exposição “50×70 História Gráfica”, uma mostra de trabalhos realizados pelos estudantes do 2º ano do curso de licenciatura em Design Gráfico.  Ainda neste dia segue-se a atividade “InIPCA” – programa de mentoria do IPCA que visa contribuir para uma integração plena, saudável, proactiva e para o desenvolvimento de competências transversais dos estudantes que ingressam no IPCA. Este será um momento de partilha na voz dos mentores e mentorandos que participam no projeto.  

dia 17 de dezembro será marcado pelas atividades a realizar no âmbito do projeto UBike. Pelas 10h00 será inaugurada a BiciBox e da parte da tarde está prevista a atividade “BikIPCA: vem pedalar para um futuro sustentável” onde a comunidade académica é convidada a participar nas atividades. 

O livro ‘O Turismo em Barcelos’ será apresentado no dia 18 de dezembro. Esta é uma obra coordenada pelos Barcelenses Carlos Costa (Professor Catedrático da Universidade de Aveiro), Francisco Gonçalves (Professor do IPCA), Mário Costa (Professor de História da Universidade de Aveiro), Vítor Pinho (Bibliotecário e Investigador da História Barcelense), e João Sousa (fotógrafo amador). O trabalho envolve 31 capítulos de cerca de 41 autores, num total de 596 páginas. A apresentação do livro terá lugar no Auditório Eng. António Tavares. 

No dia 19 de dezembro, Dia do IPCA, as celebrações têm início com a inauguração do Bar do Campus pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Professor João Sobrinho Teixeira. Segue-se a Sessão Solene do Dia do IPCA, no Auditório Eng.º António Tavares, com as intervenções do Presidente do Conselho Geral do IPCA, Pedro Fraga; do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Professor João Sobrinho Teixeira; do Presidente da AAIPCA, João Pereira e da Presidente do IPCA, Maria José Fernandes. Seguem-se ainda as habituais entregas de prémios de mérito e distinções. Os parabéns ao IPCA serão cantados ao som das Tunas do IPCA.  

Sendo este um ano atípico por força da pandemia da COVID-19, e tendo em conta a limitação de ocupação do auditório e todas as regras de segurança em vigor, as celebrações do Dia do IPCA serão transmitidas online, através do canal Youtube do IPCA:

 https://www.youtube.com/channel/UCFbcUEN9As7gJZVoeXgZouQ?view_as=subscriber

Fonte:IPCA

Imagem:DR

ATEP reivindica mais apoios para alunos com Necessidades Educativas Especiais

Dezembro 3, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

Hoje assinala-se o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, promovido pela ONU desde 1992, querendo assegurar os direitos das pessoas com deficiência consagrados na Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que o estado Português ratificou em 2009.



Tomada esta consciência por parte do estado português, desenvolveram-se novas políticas de apoio, defesa e inclusão das pessoas com deficiência, em que se realçam o DL 54/2018, que vem promover uma educação inclusiva que transporta os valores da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Contudo, passados já 2 anos da sua implementação, a ATEP (Associação todos pela Escola Publica) vem “sentindo que o mesmo não tem tido o impacto positivo no percurso escolar dos alunos com NEE (Necessidades Educativas Especiais), conforme o esperado”, salienta em nota.

Por isso, propõe que sejam tomadas medidas retificativas, como:

. Colocação de mais recursos humanos nos Centros de Apoio à Aprendizagem;

. Colocação de mais Docentes de Educação Especial nas escolas, de forma a que estes cubram as necessidades reais dos alunos;

. Especialização das Assistentes Operacionais que prestam apoio direto aos alunos com NEE;

. Dimensionar os apoios individuais especializados às necessidades dos alunos que estão referenciados nos seus PEI (Plano Educativo Individual);

. Alocar mais tradutores de LGP (Língua Gestual Portuguesa) às escolas de referência;

. Promover mais a utilização de recursos digitais para o apoio aos alunos com NEE;

. Garantir que a transição do percurso escolar para a continuação de uma vida inclusiva e com um papel socialmente útil na sociedade seja garantido.

 “Para nós, ATEP, estas medidas são as mais urgentes e vão de encontro às reivindicações dos Encarregados de Educação, dos Diretores de Agrupamentos de Escolas e dos Docentes, que nos parecem justas, no âmbito de uma preocupação maior com as pessoas com deficiência e que vão de encontro à Convenção dos direitos das pessoas com deficiência”, aponta Miguel Azevedo, vogal para a Escola Inclusiva da ATEP.

Fonte: ATEP.

EGF reforça concurso de reciclagem para escolas

Novembro 26, 2020 em Atualidade, Concelho, Economia, Educação, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

Programa Ecovalor EGF

Já arrancou a 19ª edição do Programa Ecovalor, no qual se destaca, uma vez mais, o concurso anual de reciclagem “Separa e Ganha” – o desafio lançado pelo grupo EGF, na qual se integra a RESULIMA, às instituições de ensino de todo o país, que oferece prémios às escolas que apresentam os melhores desempenhos na separação das suas embalagens usadas de plástico e metal e de papel e cartão.



Este concurso é destinado aos entusiastas da reciclagem e está integrado no Programa Ecovalor da EGF, um programa ativo desde 2002 que envolve as escolas de todo o país, com várias iniciativas que promovem as boas práticas ambientais. Este ano, todas as ações de sensibilização foram adaptadas para formato digital para segurança de todos os participantes, dando-se continuidade à missão de sensibilização ambiental.

O plano de iniciativas é adaptado à realidade de cada região e é concretizado por cada concessionária da EGF – Algar, Amarsul, Ersuc, Resiestrela, Resinorte, Resulima, Suldouro, Valorlis, Valorminho, Valnor e Valorsul – na sua área de atuação, em parceria com os respetivos municípios. Apesar da fase de pandemia, este programa nunca parou e tem ultrapassado desafios e promovido novas soluções.

Em 2019, o Programa Ecovalor recebeu mais de 2,5 mil toneladas de embalagens para reciclar, duplicando o volume do ano anterior. Participaram 1.099 escolas e quase 400 mil pessoas, quase o dobro do impacto que o programa teve em 2018. Além disso, as concessionárias concretizaram, no total, mais 6.500 ações complementares, como visitas presenciais, ações de sensibilização ou campanhas, chegando a mais de 100 mil pessoas.

Algum do material recolhido no âmbito do programa Ecovalor (Foto: EGF)

Este programa “vem reforçar a missão do grupo EGF”, tal como a campanha nacional “O Futuro do Planeta não é Reciclável”, lançada o mês passado, “que veio provocar a consciência dos portugueses, levando-os a adotarem comportamentos ambientais adequados, no sentido de proteger o planeta”, salienta o Grupo.

Imagens: EGF.

Militantes CHEGA do Distrito de Braga iniciam Movimento

Novembro 7, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

Na última Convenção Nacional do Partido CHEGA, realizada em Évora, foi apresentada e aprovada, por grande maioria, a Moção Política de Estratégia Sectorial denominada “Para uma participação ativa dos pais na educação escolar dos seus filhos”.  



“Esta moção foi o resultado do trabalho realizado durante os últimos cinco anos por pais preocupados com a educação dos seus filhos, resultado de contributos, propostas, estudos, debates, conversas e demais interações com famílias, militantes, simpatizantes e outros cidadãos comuns que defendem um «Estado neutro nas questões religiosas, mas reconhecendo e respeitando o papel decisivo desempenhado pelo Cristianismo na estruturação da civilização europeia e na História de Portugal» (Artigo 2º – Alínea B da Declaração de Princípios dos Estatutos do Partido CHEGA)”, refere o Movimento.

Além dos subscritores, composto por um grupo de militantes de Braga, mais de 50 militantes, deste e de outros distritos, apoiaram a apresentação desta moção que “pretende reverter a tendência do Estado de expropriar os pais da tutela educativa dos seus filhos e obliterar toda e qualquer conceção, operação e instrumentos práticos de ideologia de género na Escola”, salientam.

Foi a partir desta iniciativa que um grupo de militantes do CHEGA no distrito de Braga, que iniciaram o trabalho desde abril de 2019, decidiram juntar-se com todos aqueles, quer sejam militantes ou simpatizantes, que “pretendem lutar pelos valores e princípios fundamentais declarados pelo Partido”. Surge, assim, o movimento “Mobilizar com Valores”, formado por cidadãos dos Concelhos de Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Famalicão, Fafe, entre outros, “que comungam das ideias e propostas do Deputado André Ventura, mas, muitas vezes, não se revêm em dirigentes locais, pois se desviam dos propósitos originários do partido”, ressalvam. Este mesmo movimento manifestou, recentemente, a vontade de apresentar uma lista com esta mesma denominação para a candidatura às eleições internas para o Distrito de Braga.

Para a Presidente da Mesa da Assembleia, Cibelli Almeida, o propósito deste movimento não se resume a concorrer às eleições e, sim, “continuar a defender o ADN do CHEGA em Braga”, afirmando que “não somos uma lista, somos um movimento que pretende mobilizar pessoas e propostas com valor”.

O Movimento informa que os militantes ou simpatizantes do Partido CHEGA que desejam sabem mais sobre este movimento poderão entrar em contacto através do e-mail mobilizarcomvalores2020@gmail.com.

Imagens: DR.

ATEP e FENPROF denunciam casos de alunos em isolamento, privados ou com grandes dificuldades para acompanharem as aulas

Novembro 4, 2020 em Atualidade, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

Muitos alunos de escolas públicas obrigados a ficar em isolamento por motivos de COVID-19 estão privados de acompanhar as atividades letivas por falta de equipamentos e acesso à Internet. A denúncia foi feita pela ATEP – Associação Todos pela Escola Pública – e pela FENPROF – Federação Nacional dos Professores, que têm recebido várias queixas de encarregados de educação, alunos e professores.



“No Agrupamento de Escolas António Sérgio, em Vila Nova de Gaia, por exemplo, temos alunos em casa com dificuldade em acompanhar as aulas, a internet nem sempre funciona e a carência de câmaras para todos os alunos que necessitam é gritante. As sessões por videoconferência são descontinuadas e os professores perdem cerca de 20 minutos de aula a tentar retomar as ligações. No Agrupamento de Escolas Gonçalves Zarco, em Matosinhos, a inexistência de equipamentos necessários para dar resposta às videoconferências, origina o recurso aos telemóveis pessoais de professores e alunos”, denuncia Mariana Pereira, vice-presidente da ATEP.

Além disso, há a burocracia instalada nas escolas com as alterações decorrentes da COVID-19, falta de tempo para planeamento de aulas em regime presencial e online, bem como ausência de orientações claras para avaliação dos alunos que se encontram em isolamento profilático. Os docentes não acreditam ter tempo para dar a matéria toda e sentem que não dão o devido acompanhamento aos alunos. “Temos as comunidades educativas a tentarem fazer o melhor que é possível para quem está no terreno a vivenciar situações difíceis, urge agora que as tutelas cumpram com a sua parte”, sustenta a vice-presidente da ATEP.

“O problema é que o Ministério da Educação deixou de renovar os equipamentos das escolas, hoje verdadeiramente ultrapassados, e apesar de o Primeiro-Ministro ter afirmado em abril que as escolas abririam em setembro já devidamente equipadas, isso não aconteceu e agora aponta-se para um número bem abaixo das necessidades imediatas para meados de novembro. Além disso, há, realmente, problemas com a conetividade, com a falta de recursos acrescidos nas escolas, o que se torna ainda mais complicado quando temos professores com turmas em regime presencial, mas alguns alunos em casa a terem de ser acompanhados. Um problema que poderia ter outra solução, caso o ministério constituísse bolsas com os docentes de risco, permitindo que desenvolvessem atividade em regime de teletrabalho com esses alunos”, aponta Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF.

“No Agrupamento de Escolas do Viso, no Porto, as escolas não foram alvo de investimento por parte do Ministério, assim como os alunos ainda não receberam os prometidos equipamentos informáticos, e o ensino online é um objetivo por concretizar. Os alunos que estão em casa fazem fichas de trabalho que os professores enviam por e-mail, agravando-se a situação nas famílias que têm dificuldade em aceder ao e-mail e à impressora. Em casos como este, que estão espalhados pelo país, é muito preocupante que haja alunos em casa desde o início do ano letivo, por fazerem parte dos grupos de risco”, adianta Mariana Pereira.

“E depois há, ainda, situações de enorme desigualdade, que decorrem das próprias condições das famílias, onde, por vezes, impera a iliteracia digital, o que é ainda mais grave quando falamos de crianças ou de jovens que, por dificuldades várias, têm maiores dificuldades ao nível da sua autonomia, incluindo a digital”, aponta, por seu turno, Mário Nogueira.

“Temos encarregados de educação com apenas um filho em isolamento profilático e a ter que transportar diariamente os restantes filhos à escola, enquanto aguardam por uma declaração médica que garanta o resguardo a que a situação obriga. Há ainda casos de professores com filhos em casa em isolamento e que têm de continuar a trabalhar porque, ao contrário dos outros pais, não recebem uma declaração do delegado de saúde local para ficarem com os filhos em casa”, revela a vice-presidente da ATEP.

“Isso aconteceu, por exemplo, em Vila Viçosa ou Borba, quando as escolas encerraram, mas os professores que trabalhavam em outros concelhos tiveram de continuar a trabalhar, não sabendo onde deixar os filhos, para os quais tiveram de encontrar soluções, nem sempre fáceis. Num momento em que se anunciam confinamentos e/ou cercas sanitárias, em alguns municípios este problema tenderá a agravar-se”, defende o secretário-geral da FENPROF.

“É totalmente inaceitável que, mais de seis meses após anunciar o acesso universal dos alunos dos ensinos básico e secundário à Internet e a equipamentos informáticos, o Governo permita que estas situações aconteçam e que são ainda mais graves nos alunos que vão fazer exames no final deste ano letivo. As escolas não têm equipamentos e a capacidade da Internet é insuficiente, não permitindo a fluidez das aulas, onde as ligações vão abaixo ou têm quebras, acabando por afetar a qualidade do ensino para todos. Os alunos que estão na escola, em ensino presencial, também sofrem os danos de uma aula descontinuada e instável”, aponta a responsável da ATEP.

“Convirá, por último, acrescentar, que, no caso dos professores, a esmagadora maioria foi obrigada a adquirir os equipamentos para trabalharem com os alunos, designadamente quando o ensino a distância foi a norma, entre março e junho passados. As escolas não tinham equipamentos adequados e muitos casais de professores, com filhos também em teletrabalho, não tinham tantos equipamentos quantos os membros do agregado familiar. Compraram-nos, tiveram de aumentar a capacidade da conetividade nos seus domicílios, usaram os seus telemóveis para contactar os alunos e seria, no mínimo, natural que toda essa despesa fosse elegível para efeitos de IRS. Contudo, o governo ignorou esse esforço dos professores”, afirmou, por sua vez, Mário Nogueira.

Foto: DR.

MESA e ZERO preocupados com reduzido número de candidaturas a programa de remoção do amianto

Outubro 22, 2020 em Atualidade, Concelho, Economia, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

O Movimento Escolas Sem Amianto (MESA) e a associação ambientalista ZERO estão preocupados com o reduzido número de candidaturas de escolas ao programa nacional de erradicação do amianto anunciado pelo governo em junho.



Recorde-se que, segundo a comunicação social, das 600 escolas onde o amianto deverá ser removido ao abrigo do programa do governo, apenas 112 têm as candidaturas em curso, ou seja, 18,6 por cento. As candidaturas estão a cargo das autarquias.

“É motivo de forte preocupação, a menos de duas semanas do fim do prazo estipulado pelo governo, terem sido submetidas menos de 20 por cento das candidaturas. Acresce a estas preocupações, o facto de municípios, como o de Vila Franca de Xira, alegarem que o dinheiro disponibilizado pelo governo não chega para retirar o amianto de todas as escolas do concelho”, avança André Julião, coordenador do MESA.

“Para além destas questões, receamos que a identificação dos Materiais Contendo Amianto apenas inclua as estruturas em fibrocimento conforme descrito no Despacho que refere as escolas a intervencionar. Existem diversos materiais que poderão conter amianto nas escolas e por isso o levantamento deve ser feito conforme legislação, pela Portaria nº 40/2014, por empresas acreditadas para o efeito e com recurso a exames laboratoriais sempre que necessário”, defende, por sua vez, Íria Roriz Madeira, da Associação ZERO.

Recorde-se que o programa nacional para erradicar o amianto nas escolas foi anunciado em junho e conta com 60 milhões de euros de fundos comunitários. O prazo termina a 31 de outubro.

“Importa saber o que vai acontecer a estas escolas que as autarquias dizem não caber no orçamento do programa e se vão continuar com amianto ou terão de ser intervencionadas fora do âmbito destas candidaturas. Para além disso, existem escolas que não serão alvo de candidatura por parte das autarquias, como todas as EB 2,3 e secundárias do Porto. Importa saber se estas escolas serão ou não incluídas nas remoções”, questiona André Julião.

“Temos denúncias de escolas onde apenas parte das telhas em fibrocimento foram removidas, como no caso da Escola Augusto Louro no Seixal. Quando as remoções são feitas por partes, nem sabemos como são classificadas, se como escola livre de amianto ou se como escola a intervencionar. É importante que todo este esforço e investimento na remoção de Amianto das escolas reflita a erradicação de todos os Materiais Contendo Amianto nestes edifícios e não apenas as estruturas em fibrocimento”, refere Íria Roriz Madeira.

Foto: DR.

ATEP alerta para falta de condições dos alunos com necessidades educativas especiais

Outubro 22, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

A ATEP – Associação Todos pela Escola Pública – alerta para o facto de os alunos com necessidades educativas especiais estarem a ser deixados para trás nestas primeiras semanas do ano letivo, não dispondo de condições condignas para o acesso ao ensino.



Para Miguel Azevedo, vogal da ATEP para a Escola Inclusiva, “num momento em que a escola pública faz o seu melhor para garantir que os seus alunos tenham acesso a um ensino cada vez melhor e com segurança, queremos chamar a atenção de que existem alunos a que não está a ser garantido o acesso condigno ao ensino”.

“Um ministério que fez aprovar o decreto de lei 54/2018 para garantir a inclusão de todos os alunos e que os mesmos tivessem a oportunidade de ter sucesso no seu percurso escolar, é o mesmo que não garante os meios necessários para que os alunos com necessidades educativas especiais possam atingir este sucesso”, adianta o responsável da ATEP.

Recorde-se que, em finais de setembro, ainda não estava garantido para todos os alunos com necessidades educativas especiais o seu transporte para as escolas, deixando muitos deles fechados em casa. Já em outubro, os encarregados de educação de alunos com necessidades educativas especiais denunciaram a falta de assistentes operacionais nas escolas de referência e também para acompanharem os alunos com acentuadas limitações.

“Nos últimos dias, têm surgido denúncias dos encarregados de educação e mesmo dos agrupamentos de escolas sobre a falta de docentes de educação especial”, aponta Miguel Azevedo.

“Para a ATEP, querer promover uma escola inclusiva não se coaduna com a falta de investimento e de recursos humanos que, infelizmente, as escolas têm para responder às necessidades destes alunos com necessidades educativas especiais e nem com os anúncios de mais assistentes operacionais que só virão para 2021”, conclui Miguel Azevedo.

Foto: DR.

ATEP critica Ministério da Educação por falta de planeamento do novo ano letivo

Outubro 15, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

A ATEP – Associação Todos pela Escola Pública criticou o Ministério da Educação pela falta de estratégia e planeamento na preparação do novo ano letivo. A tardia, ou ausência, de disponibilização de meios e recursos às escolas é outra das grandes falhas apontadas pela associação.



André Julião, presidente da ATEP, critica a tardia contratação de auxiliares de ação educativa, “essenciais para tarefas como a separação das entradas nas escolas, o que evitaria a acumulação de alunos e encarregados de educação nos portões, como se viu um pouco por todo o país, mal começou o ano letivo.”

O que levou, inclusive, ao encerramento de alguns estabelecimentos de ensino. “Fará sentido que um funcionário com COVID-19 leve ao encerramento de toda uma escola, deixando centenas de alunos em casa? Tudo porque não existe outro funcionário para o seu lugar?”, questiona o responsável da ATEP.

“Os assistentes operacionais são essenciais para controlar as entradas e saídas e os alunos nos intervalos. Quanto menos profissionais houver a controlar, maior a probabilidade de contágios entre alunos. É uma bola de neve. Estes profissionais são fundamentais e têm de ser valorizados e adequadamente renumerados. Caso contrário, as escolas não funcionam”, aponta ainda André Julião.

No Agrupamento de Escolas da Portela e Moscavide, concelho de Loures, “por falta de funcionários, os bares de alunos e professores tiveram de ser encerrados, as papelarias só funcionam uma hora por dia e as reprografias apenas por marcação”, revela o presidente da ATEP.

O caso é ainda mais grave no caso dos assistentes operacionais para os alunos com Necessidades Educativas Especiais. “Em vários agrupamentos de escolas, como a Dr. António Augusto Louro, no Seixal, a na EB1 de Campinas, no Porto, entre vários outros, como não há assistentes operacionais com formação na área, os pais têm de ir buscar os filhos a partir das 16h00 porque não há com quem ficarem. Isto é muito grave!”, acrescenta.

“À data de hoje, e a título de exemplo, aqui bem perto da sede da ATEP, no Agrupamento de Escolas da Portela Moscavide, há mais de 30 turmas que ainda não têm todos os professores quase um mês depois do início do ano letivo. Muitos dos professores em falta são de disciplinas nucleares, como Português, História, Francês e Matemática”, conta André Julião.

“O Ministério alega que muitos professores têm recusado horários. Mas a verdade é que, em plena pandemia, sair da área de residência, por exemplo, do Porto ou Aveiro, para ir dar aulas na Grande Lisboa ou em Setúbal, e ainda ter de pagar do próprio bolso os preços exorbitantes de uma casa ou um quarto nestas zonas, muitas vezes sem sequer ter horário completo, é compreensível. O Governo não acautelou este cenário, que era previsível. Não se compreende como estes professores não têm direito a um subsídio de deslocação, como por exemplo os deputados da Assembleia da República têm”, sustenta o responsável.

“Aliás, em relação à proteção dos professores, não se compreende sequer como é que, em caso de COVID positivo numa turma, os alunos dessa turma sejam enviados para casa de quarentena e os professores desses alunos continuem a dar aulas a outras turmas sem sequer serem testados”, critica.

“Aquele que poderia ter sido o ano letivo melhor preparado de sempre, dado o tempo disponível e a experiência acumulada da primeira vaga, foi iniciado sem estratégia, nem planeamento, deixando às escolas o ónus de criar soluções e planos B, sem rede, sem recursos e sem apoio”, avança ainda André Julião.

Até nas situações que supostamente estariam previstas, existem falhas clamorosas: horários que não promovem o distanciamento social, entradas e saídas feitas pelo mesmo local, medidas que limitam a utilização dos refeitórios, obrigando alunos a comer na rua, alunos forçados a almoçar dentro da sala de aula.

“Até a aglomeração de encarregados de educação à porta das escolas poderia ter sido melhor gerida com a ajuda da Escola Segura, não fosse o enorme desinvestimento que este programa tem conhecido nos últimos anos, onde, nalgumas freguesias, os agentes não têm sequer uma viatura para se deslocar de escola em escola, andando a pé ou de transportes públicos, quando existem”, defende o presidente da ATEP.

“Devo sublinhar que os nossos profissionais de educação têm sido excecionais no seu trabalho, respondendo com profissionalismo, uma dedicação extrema e procurando apagar todos os fogos que vão surgindo. Penso que mereciam uma estátua pelo trabalho que têm desenvolvido desde o início da pandemia”, remata.

Foto: DR.

PAN questiona Governo sobre falta de transporte para estudantes com necessidades especiais

Outubro 13, 2020 em Atualidade, Educação, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

O Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza questionou o ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, sobre a falta de transporte escolar para estudantes com necessidades especiais.



O alerta foi dado pelo Movimento Cidadão Diferente (MCD) que, em resposta ao PAN, identificou agrupamentos como o de Águas Santas (Maia), Alberto Sampaio (Braga), Maximinos (Braga) e Real (Braga) como alguns dos locais onde esta situação se verifica.

Num registo aproximado, o Movimento fala em cerca de 80 alunos com necessidades especiais que são afetados por esta situação, sendo que o número será substancialmente superior a nível nacional.

“Estas famílias e estudantes estão perante esta dificuldade acrescida por falta de articulação entre a DGEstE e o Ministério da Educação”, alerta Bebiana Cunha, deputada à Assembleia da República, reforçando que “temos assistido ao jogo do empurra nesta matéria, o que se traduz em constantes atrasos na falta de respostas, que urgem para garantir uma educação inclusiva”.

Assim, o Grupo Parlamentar do PAN questionou o Governo sobre as razões para o atraso no lançamento dos concursos públicos; sobre as medidas e indicações adotadas em conjunto com as autarquias para garantir a resolução deste problema e sobre o número de estudantes afetados ao nível nacional e os respetivos concelhos.

Fonte: PAN.

Foto: DR (alterada).

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