Tag archive

Estudo

Professores concluem que ensino à distância agravou desigualdades entre alunos

Maio 4, 2021 em Atualidade, Concelho, Educação Por barcelosnahorabarcelosnahora

Um estudo da Universidade do Minho concluiu que os professores consideram que o ensino à distância agravou as desigualdades entre alunos face às suas aprendizagens, tendo sido mais penalizante para aqueles que beneficiavam de medidas de inclusão educativas.

Segundo o estudo, divulgado publicamente, 80% dos 280 professores que participaram no inquérito aludiram a uma redução efetiva ao nível das aprendizagens, enquanto 70,3% se manifestaram convictos de que o ensino à distância foi mais penalizante para os alunos que beneficiavam de medidas de inclusão educativas.

O mesmo estudo revela que 91,4% dos professores inquiridos se queixam que aumentou o seu trabalho burocrático dos professores, ficando pelos 48,5% os que consideram que os alunos tiveram acesso aos recursos necessários.

Em causa está o estudo nacional “Perceções dos professores sobre o ensino à distância”, coordenado pela Universidade do Minho, que contou com a participação de 280 docentes e que hoje é apresentado publicamente.

Os dados foram recolhidos em janeiro de 2021, através de inquérito por questionário.

Os professores concordam que a escola tenha adquirido mais protagonismo social (50,6%), revelando satisfação pessoal (44,2%) e profissional (37,9%).

Porém, discordam da adequação das medidas tomadas pelo Ministério da Educação (43,9%) e da ideia de que a pandemia tenha contribuído para a valorização da profissão docente (41,1%).

No que diz respeito à contribuição ou não da pandemia para a necessidade de serem alteradas práticas curriculares, os professores concordam com a valorização da educação para a cidadania (79,2%), sobretudo com a educação para a cidadania centrada em problemas que afetam os alunos, ao nível global (72,9%) e ao nível local (70%).

Concordam também com a necessidade de adaptar o currículo ao contexto dos alunos (70%).

São favoráveis à necessidade de serem alteradas as práticas curriculares que tendem a valorizar os resultados escolares (66,4%) e à necessidade de a escola ser dotada de autonomia curricular (54,3%).

Reconheceram ainda que a pandemia é um “momento único” para a consciencialização dos alunos relativamente ao tema das mudanças climáticas (53,5%).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.203.937 mortos no mundo, resultantes de mais de 152,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram  16.977 pessoas dos 837.277 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Fonte: Lusa

Fonte: @hindawi|unsplash

Estudo mostra que quem bebe café tem melhor controlo motor e maior nível de atenção

Abril 20, 2021 em Atualidade, Ciência, Minho, Saúde Por barcelosnahorabarcelosnahora

Um investigador da Universidade do Minho (UMinho) concluiu que consumidores de café têm melhor controlo motor, maiores níveis de atenção e alerta e que a cafeína tem “benefícios na aprendizagem e na memória”, divulgou hoje aquela instituição.

Em comunicado, a UMinho aponta que o estudo, liderado pelo investigador do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) Nuno Sousa e publicado na revista Molecular Psychiatry, “oferece uma perspetiva única nas mudanças estruturais e de conectividade que acontecem no cérebro de quem bebe café regularmente”.

O também presidente da Escola de Medicina da UMinho percebeu que, quando em repouso, quem bebe café com regularidade tem “um reduzido grau de conectividade em duas áreas do cérebro (conhecidas como precuneus direito e insular direito), indicando efeitos como uma melhoria no controlo motor e nos níveis de alerta (ajudando na reação ao estímulo) em comparação com quem não bebe café”.

A investigação encontrou “padrões de maior eficiência noutras áreas do cérebro, como o cerebelo”, consistente com efeitos “como a melhoria do controlo motor” e “uma maior atividade dinâmica em várias áreas do cérebro” a que se junta “uma notória melhoria” na aprendizagem e na capacidade de memória.

“Esta é a primeira vez que o efeito de beber café regularmente tem na nossa rede cerebral é estudado com este nível de detalhe. Fomos capazes de observar o efeito do café na estrutura e na conectividade funcional do nosso cérebro, bem como as diferenças entre quem bebe café regularmente e quem não bebe em tempo real. Estas conclusões podem, pelo menos em certa medida, ajudar a oferecer uma visão mecanicista para alguns dos efeitos observados”, explica no texto Nuno Sousa.

As diferenças no cérebro, observadas em quem bebe café regularmente, foram também notadas num grupo de pessoas que não bebem café após consumirem um copo daquela bebida: “Este indicador é surpreendente, demonstrou uma capacidade do café em impor mudanças em curtos períodos de tempo e torna o café o gatilho dos efeitos”, refere o texto.

A investigação usou uma tecnologia apelidada de ressonância magnética funcional (fMRI, na sigla inglesa) para comparar a estrutura e conectividade no cérebro de um grupo de pessoas que bebe café diariamente com a de um grupo de pessoas que não bebe café.

O projeto é apoiado pelo Institute for Scientific Information on Coffee.

Fonte: Lusa

Foto:@thepaintedsquare|unsplash

Ir Para Cima