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exposição de arte

“Solo Goya” de Magali Candeias na Casa Museu Soledade Malvar em Famalicão até 23 de junho

Maio 21, 2021 em Atualidade, Cultura, Minho, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

Solo Goya”, é o título da Exposição que inaugurou em Abril na Galeria da Casa Museu Soledade Malvar, em Famalicão e está disponível até 23 de junho. Esta mostra de obras, faz parte de uma série interpretativa da obra de Goya : “The black Duchess”, de 1797.

Tintas, texturas e tecidos, são retirados do seu contexto e convidados a dialogar com formas e espaços vazios para criar uma nova linguagem plástica, segundo uma visão contemporânea da obra de Goya. A ausência de captação do mundo exterior, dá lugar a uma abstração formal, relacionando a figura soberana da pintura, com o suprematismo russo de Malevich, cujos aspetos visuais do mundo-objetivo se traduzem na figura-fundo e num “mundo não-objetivo” ligado às emoções. 

A ausência de cor surge muitas vezes através de uma cumplicidade dessa relação figura-fundo, espaços cheios/vazios, construção e desconstrução da forma e do corpo . As texturas e as misturas de tinta funcionam como um percurso estabelecido nos processos das suas experiências. A ironia, a destruição da quietude das coisas estabelecidas refletem-se na desconstrução do trabalho para revelar uma inscrição da forte presença da figura da duquesa, na obra de Goya. Cada gesto, pode conter na ausência de elementos, um significado que convida o espetador a decifrar ou a recriar, segundo a sua própria visão. A Exposição pode ser vista até 23 de Junho. 

Sobre a artista, Magali Candeias nasceu em França no ano de 1978. Licenciada em Artes Plásticas e mestre em Estudos Artísticos pela da Casa Museu Soledade Malvar, Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.

A artista explora fragmentos da sua experiência e relaciona-os com figuras históricas para que possam assumir um papel interpretativo, numa linguagem que convoca aspetos metafóricos em conceitos como a identidade, podendo as obras assumirem por vezes, uma perspetiva autobiográfica. A interpretação é deixada ao espetador, conduzindo-o à construção de mundos imaginários percecionados através de símbolos que têm uma conexão com a mensagem “não-direta” a transmitir. Os meios técnicos vão desde a pintura, fotografia, e instalação.

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