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Fogos Florestais

Bloco de Esquerda denuncia 10 municípios do distrito de Braga ainda sem atualização do plano contra incêndios florestais

Julho 22, 2020 em Atualidade, Concelho, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

Barcelos é um deles

O Secretariado distrital de Braga do Bloco de Esquerda emitiu um comunicado – enviado às redações – onde denuncia a existência de 10 municípios do distrito que ainda continuam sem atualizar o seu plano contra incêndios florestais.



Segue, na íntegra, o referido comunicado:

«10 MUNICÍPIOS DO DISTRITO DE BRAGA CONTINUAM SEM ATUALIZAÇÃO DO PLANO CONTRA INCÊNDIOS FLORESTAIS

Amares, Barcelos, Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Fafe, Terras de Bouro, Vila Nova de Famalicão e Vila Verde não têm os Planos de Defesa da Floresta Contra Incêndios atualizados de acordo com a nova legislação e as orientações do ICNF, em prejuízo da integração destes municípios no sistema nacional de defesa da floresta.

As temperaturas elevadas que se têm feito sentir e o incêndio de grandes dimensões que deflagrou na tarde de dia 16 em São Mamede de Este, Braga, junto ao Bom Jesus, trouxe à memória outros incêndios que chegaram a entrar na cidade e a ameaçar habitações, como em outubro de 2017.

Nos últimos dias, vários concelhos do distrito de Braga foram considerados em risco máximo de incêndio e em estado de alerta, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Em pleno período de grande risco de fogos florestais, o distrito de Braga é um dos que suscita mais preocupações devido à forte presença de mato e floresta no território, frequentemente em estreito contacto com núcleos habitacionais e urbanos, bem como pelo facto de incluir o Parque Nacional da Peneda-Gerês.

É preocupante constatar-se que, não obstante tratar-se de um território com um elevado potencial de incêndios rurais, na maior parte dos concelhos do distrito ainda não se procedeu à atualização do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios (PMDFCI) do respetivo município.

Com a publicação da Lei nº 76/2017, os municípios ficaram obrigados a atualizar os respetivos PMDFCI, que integram o Sistema de Defesa da Floresta contra Incêndios. Esta 3ª geração de Planos Municipais diferencia-se das anteriores porque serve para adaptar o sistema aos novos conhecimentos e à nova estrutura de combate, com critérios e formatos uniformizados, que possibilitem a integração dos contributos dos diferentes agentes e dos diferentes níveis de planeamento.

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), produziu o regulamento e o guia técnico para elaboração dos PMDFCI de 3ª geração, publicado em janeiro de 2018, com as diretivas e normas que sistematizam a sua elaboração.

Porém, chegados ao verão de 2020, apenas Esposende, Guimarães, Póvoa de Lanhoso e Vizela apresentam PMDFCI validados pelo ICNF e aprovados nas Assembleias Municipais, respetivamente em fevereiro/2020, maio/2019, junho/2019 e fevereiro/2020.

Os municípios de Amares, Barcelos, Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Fafe, Terras de Bouro, Vila Nova de Famalicão e Vila Verde não têm os PMDFCI atualizados de acordo com a nova legislação e as orientações do ICNF.

A atualização dos PMDFCI, de acordo com os novos conhecimentos e a nova estrutura do sistema de combate, revela-se fundamental para a definição da estratégia municipal de defesa da floresta contra incêndios. Esta 3º geração de PMDFCI permite a adoção de medidas adequadas para o combate, desde logo no ataque rápido a focos que surjam no município, pelo planeamento integrado das intervenções das diferentes entidades, definindo a responsabilidade sobre a execução das redes de defesa da floresta contra incêndios das entidades e dos particulares, de acordo com os objetivos estratégicos decorrentes do Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios

A prevenção estrutural deve seguir uma política transversal encarando o território como um todo e com uma visão generalizada que permita reduzir o risco de propagação de grandes incêndios. O planeamento operacional dos PMDFCI tem de estar integrado na lógica complementar de intervenção de proximidade intermunicipal, que por sua vez, está conjugada com os objetivos de uma macro escala de visão global e ampla do território nacional. Assim, é de todo importante que o Governo e o respetivo Ministério definam exatamente as linhas de ação da política de DFCI e dotem as entidades locais de meios humanos, técnicos e financeiros capazes de responder aos propósitos determinados.

Num distrito com elevado potencial de incêndios florestais, os municípios podem ser o elemento essencial para que os fogos não atinjam proporções devastadoras e difíceis de controlar, colocando em risco pessoas, animais, bens e todo o sistema ecológico. A falta de atualização dos PMDFCI prejudica claramente a capacidade de enfrentar incêndios e de proteger núcleos habitacionais e urbanos.

O Secretariado Distrital de Braga do BE responsabiliza os municípios que ainda não procederam à atualização dos respetivos PMDFCI por eventuais perturbações no controlo de incêndios florestais que venham a surgir nesses territórios e apela à urgente atualização de todos os instrumentos de planeamento que permitam a operacionalização municipal e local das normas definidas nacionalmente para a defesa da floresta contra incêndios

Foto: DR.

PAN requer audição urgente do MAI sobre as medidas de prevenção da época de incêndios florestais

Abril 4, 2020 em Atualidade, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

O PAN – Pessoas-Animais-Natureza requereu, ontem, uma audição urgente, por videoconferência, do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, com vista a apurar quais são as medidas e meios que estão previstos para preparar a época de maior risco de incêndios florestais, particularmente no atual exigente contexto de surto epidemiológico de COVID-19.



Uma das preocupações do PAN prende-se com o facto de o Governo ter decidido adiar o prazo para que os proprietários procedam à limpeza dos terrenos, mas também, com a “necessidade de assegurar a melhor coordenação e gestão dos recursos humanos e materiais, de modo a que se possa garantir em simultâneo um combate eficaz à propagação da COVID-19 e aos incêndios florestais”, refere o Partido.

“Pretendemos, com esta audição, que o ministro da Administração Interna venha prestar ao Parlamento e aos cidadãos todos os esclarecimentos sobre como se está a preparar o país para prevenir épocas de incêndios com a gravidade como aquela a que, infelizmente, temos vivido nos últimos anos”, explica a líder parlamentar e deputada do PAN, Inês de Sousa Real. “A última coisa de que o país precisa neste momento é de duas crises em simultâneo: a COVID-19 e os incêndios”, remata.

O PAN pretende, por conseguinte, garantir que, tanto quanto possível, esteja definida atempadamente uma estratégia coerente e integrada, com uma clara definição de competências e dos meios atuantes no terreno na fase de prevenção e de combate aos fogos florestais, um flagelo, que no quadro das alterações climáticas, tem devastado, em particular nos anos mais recente, povoações, valores naturais e habitats com elevado estatuto de proteção, feito centenas de vítimas humanas e não-humanas.

No âmbito da Operação Floresta Segura 2020, a GNR registou 23.468 incumprimentos na limpeza de terrenos nas 1.124 freguesias prioritárias e instaurou 225 autos de contraordenação por queimadas e queimas de sobrantes, até ao passado dia 15 de março. Devido ao estado de emergência, e de acordo com esta fonte, encontram-se suspensas, desde 12 de março, as ações de sensibilização e todas as ações que impliquem a concentração de pessoas.

Em 2019, de acordo com o último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que disponibiliza ainda apenas os dados provisórios – os quais ficam aquém dos números da GNR –, entre 1 de janeiro e 16 de outubro do ano passado, registaram-se 10.841 incêndios rurais que resultaram em 41.622 hectares (ha) de área ardida.

Foto: DR.

Barcelos Treino Militar entrega, este domingo, bens a populações afetadas pelos últimos grandes fogos

Novembro 22, 2017 em Atualidade, Concelho, Cultura, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

Em sequência da campanha de angariação de bens para ajudar as populações afetadas pelos grandes fogos florestais deste ano, o grupo Barcelos Treino Militar procederá à entrega dos bens recolhidos e angariados, nomeadamente, na zona de Santa Comba Dão, distrito de Viseu, já no próximo domingo, dia 26 de novembro.



O grupo já conseguiu recolher e angariar mobília de quarto, colchões, conjuntos de sofás, secretárias, fogões, louças e utensílios de cozinha, detergentes e produtos de higiene pessoal, máquinas de café, eletrodomésticos, produtos alimentares (batatas, cebolas, milho), fardos de palha, materiais de construção, roupa e calçado.

Para além da recolha, irão ao terreno para ajudar na limpeza de escombros e reconstrução. De acordo com Pedro Vale Moreira, do Barcelos Treino Militar, “se aqueles que demonstraram vontade de ir concretizarem essa vontade, estaremos a falar de um grupo com cerca de trinta elementos”.

O transporte desses elementos foi disponibilizado pela APACI – Associação de Pais e Amigos das Crianças Inadaptadas, através da cedência de um autocarro com 55 lugares. “Julgamos que esta é uma forma única de perceber como as populações afetadas se estão a organizar no terreno, assim como de perceber a dimensão da solidariedade nacional que tem sido direcionada para as regiões referidas”, refere Pedro Vale Moreira.

Mas a ajuda e a vontade de ajudar deste grupo não se fica pela angariação de bens e ajuda in loco. “Tencionamos complementar esta recolha com, pelo menos, duas atividades posteriores, abertas à população, e que poderão trazer uma quantidade significativa de bens: uma prova solidária e uma mega aula de zumba solidária, em que as pessoas entrarão mediante a entrega de um bem para oferta”, continua.

Cientes de que há quem se aproveite destas situações de ajuda e solidariedade, assim como quem desconfia dessas mesmas situações, Pedro Vale Moreira esclarece que “outra coisa que nos preocupa é a possibilidade de ‘prestar contas’. As pessoas são solidárias e confiam, mesmo num grupo informal de amigos como o nosso. Contudo, as situações mal explicadas de algumas campanhas pode ser um ‘vírus’ que afete todas as campanhas futuras. Se pudermos ser um exemplo de transparência e de abertura total quanto ao destino das ofertas, podemos estar a contribuir para que no futuro a exigência de ‘prestação de contas’ seja maior e, naturalmente, a desconfiança seja menor”.

Por fim, quem quiser participar, pode entrar em contacto com o Barcelos Treino Militar, através da página https://www.facebook.com/barcelostreino.militar/?ti=as, ou através dos contactos de Pedro Vale Moreira: 966412621 (telemóvel) e e-mail pedro.ismael@gmail.com.

Fonte e imagem: BTM.

Foto: DR.

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