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João Matos Fernandes

PAN acusa Governo de promover uma “farsa ambiental”

Junho 24, 2020 em Atualidade, Economia, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

No seguimento do anúncio de que o Estado avançou com a assinatura de 16 contratos de prospeção e pesquisa e de exploração de recursos minerais com promotores privados, antes da aprovação de um novo enquadramento legal, o PAN – Pessoas-Animais-Natureza acusa o Governo de estar a promover uma “verdadeira farsa ambiental” ao pôr, mais uma vez, os valores económicos à frente dos valores naturais e já solicitou a presença de João Pedro Matos Fernandes para prestar esclarecimentos no Parlamento.



“É extremamente grave que seja o próprio Ministério do Ambiente e da Ação Climática a dar luz verde para que não só avancem, não um, não dois, mas 16 contratos que visam explorar os nossos recursos geológicos, não renováveis, à luz de uma legislação que a própria tutela reconhece como obsoleta. Ora, estamos diante de um absoluto contrassenso com o Governo a impor-nos uma verdadeira farsa ambiental, quando na verdade apenas está preocupado com a retoma económica à moda antiga”, acusa o porta-voz do PAN, André Silva.

De acordo com os dados que vieram a público pela comunicação social, terá sido a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), sob tutela do Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, que integra a equipa do ministro do Ambiente, a avançar sem aguardar pela publicação da nova regulamentação da lei das minas. Informação esta que ainda não se encontra publicamente publicitada.

Mais grave, remata André Silva, “segundo temos conhecimento, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática já terá terminado uma revisão da atual legislação relativa à exploração de recursos geológicos que estará, alegadamente, a aguardar aprovação em Reunião Conselho de Ministros. Um novo diploma que, segundo consta, se prevê mais exigente”. Ora, questiona em tom de crítica, “não seria de esperar que o Governo optasse ou por dar seguimento à aprovação do novo quadro legal ou por avançar com os contratos apenas quando este estivesse definido?”.

Sobre esta matéria, o PAN já questionou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática e espera que o ministro João Pedro Matos Fernandes opte pelo bom-senso e tenha efetivamente os valores ambientais aquando das apreciações de planos e/ou projetos que, como é o caso das explorações de recursos mineiros e geológicos, podem comprometer de forma irremediável a sustentabilidade das gerações presentes e futuras.

Fonte: PAN.

Foto: DR.

Barcelos está entre os doze Municípios que integram a rede Living Labs

Novembro 7, 2017 em Atualidade, Concelho, Cultura, Mundo, Política Por barcelosnahorabarcelosnahora

O Presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, assinou, ontem, em Matosinhos, o contrato de desenvolvimento do Fundo Ambiental, do programa Laboratórios Vivos para a Descarbonização – Living Labs.



A cerimónia, presidida pelo Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Matosinhos, e contou com a presença dos representantes dos doze municípios selecionados pelo Ministério do Ambiente:  Barcelos,  Braga, Matosinhos, Almada, Seixal, Águeda, Figueira da Foz, Maia, Évora, Loulé, Mafra e Alenquer.

Na sua intervenção, o Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Gomes Mendes, falou nas metas a que Portugal se comprometeu para 2030 e 2050, e realçou que “não é fácil captar o apoio dos cidadãos para métodos de muito longo prazo”, enaltecendo as potencialidades deste programa “como uma resposta estruturada para sucessos rápidos e para, no curto prazo, encontrar soluções para a descarbonização das nossas cidades”.

Já o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, encerrou a cerimónia enaltecendo os Laboratórios Vivos para a Descarbonização, “projeto tão importante para o futuro de todos nós num dia em que também arranca, em Bona, Alemanha, a 23ª conferência das Nações Unidas sobre o clima, onde representantes de mais de 100 países vão discutir medidas para avançar com o Acordo de Paris, no sentido de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e evitar o agravamento de fenómenos extremos”.

O Ministro salientou ainda a importância de “desenharmos cidades diferentes, atacando os problemas em que até hoje foi feito um percurso menos positivo, como a eficiência energética ou os transportes, dando ênfase ao papel diferenciador das cidades e desafiando os municípios envolvidos neste programa na implementação de projetos diferenciadores, inovadores e criativos, desejando a todos um ótimo trabalho”.

O programa Laboratórios Vivos para a Descarbonização – Living Labs recebeu 35 candidaturas, mas apenas doze Municípios foram selecionados. Estes serão contemplados com uma verba inicial de cerca de 80 mil euros (num montante global de 1 milhão de euros).

O “Laboratórios Vivos para a Descarbonização” pretende criar espaços urbanos inovadores, mais sustentáveis, inclusivos, resilientes e capazes de aumentar a eficiência energética. Os espaços urbanos selecionados serão, assim, transformados em áreas de teste, demonstração e apropriação de soluções tecnológicas que promovam a descarbonização da vida nas cidades. Este processo far-se-á sentir em domínios como os transportes e mobilidade, a eficiência energética em edifícios, a criação de serviços ambientais inovadores e a promoção da economia circular, numa lógica de interação entre o município, os centros de conhecimento, as empresas, as indústrias e os cidadãos.

As cidades-laboratório deverão afirmar-se como espaços de baixo carbono, acessíveis, participados e conectados, fomentando a demonstração de soluções tecnológicas integradas, em contexto real, que tenham potencial comprovado de ser adotadas pela cidade como um todo. Induzir a apropriação de novas tecnologias por parte da população e comunidade local, através do desenho de experiências interativas a vivenciar pelos cidadãos, possibilitar o teste de soluções tecnológicas pelas empresas e empreendedores num espaço territorial delimitado, promovendo a inovação e atraindo investimento estrangeiro através de parcerias com empresas tecnológicas internacionais, e a sensibilização da população para os benefícios da adoção de comportamentos sustentáveis são outros dos objetivos do programa.

Fonte e fotos: CMB.

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