Barcelos está entre os doze Municípios que integram a rede Living Labs

O Presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, assinou, ontem, em Matosinhos, o contrato de desenvolvimento do Fundo Ambiental, do programa Laboratórios Vivos para a Descarbonização – Living Labs.
A cerimónia, presidida pelo Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Matosinhos, e contou com a presença dos representantes dos doze municípios selecionados pelo Ministério do Ambiente: Barcelos, Braga, Matosinhos, Almada, Seixal, Águeda, Figueira da Foz, Maia, Évora, Loulé, Mafra e Alenquer.
Na sua intervenção, o Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Gomes Mendes, falou nas metas a que Portugal se comprometeu para 2030 e 2050, e realçou que “não é fácil captar o apoio dos cidadãos para métodos de muito longo prazo”, enaltecendo as potencialidades deste programa “como uma resposta estruturada para sucessos rápidos e para, no curto prazo, encontrar soluções para a descarbonização das nossas cidades”.
Já o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, encerrou a cerimónia enaltecendo os Laboratórios Vivos para a Descarbonização, “projeto tão importante para o futuro de todos nós num dia em que também arranca, em Bona, Alemanha, a 23ª conferência das Nações Unidas sobre o clima, onde representantes de mais de 100 países vão discutir medidas para avançar com o Acordo de Paris, no sentido de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e evitar o agravamento de fenómenos extremos”.
O Ministro salientou ainda a importância de “desenharmos cidades diferentes, atacando os problemas em que até hoje foi feito um percurso menos positivo, como a eficiência energética ou os transportes, dando ênfase ao papel diferenciador das cidades e desafiando os municípios envolvidos neste programa na implementação de projetos diferenciadores, inovadores e criativos, desejando a todos um ótimo trabalho”.
O programa Laboratórios Vivos para a Descarbonização – Living Labs recebeu 35 candidaturas, mas apenas doze Municípios foram selecionados. Estes serão contemplados com uma verba inicial de cerca de 80 mil euros (num montante global de 1 milhão de euros).
O “Laboratórios Vivos para a Descarbonização” pretende criar espaços urbanos inovadores, mais sustentáveis, inclusivos, resilientes e capazes de aumentar a eficiência energética. Os espaços urbanos selecionados serão, assim, transformados em áreas de teste, demonstração e apropriação de soluções tecnológicas que promovam a descarbonização da vida nas cidades. Este processo far-se-á sentir em domínios como os transportes e mobilidade, a eficiência energética em edifícios, a criação de serviços ambientais inovadores e a promoção da economia circular, numa lógica de interação entre o município, os centros de conhecimento, as empresas, as indústrias e os cidadãos.
As cidades-laboratório deverão afirmar-se como espaços de baixo carbono, acessíveis, participados e conectados, fomentando a demonstração de soluções tecnológicas integradas, em contexto real, que tenham potencial comprovado de ser adotadas pela cidade como um todo. Induzir a apropriação de novas tecnologias por parte da população e comunidade local, através do desenho de experiências interativas a vivenciar pelos cidadãos, possibilitar o teste de soluções tecnológicas pelas empresas e empreendedores num espaço territorial delimitado, promovendo a inovação e atraindo investimento estrangeiro através de parcerias com empresas tecnológicas internacionais, e a sensibilização da população para os benefícios da adoção de comportamentos sustentáveis são outros dos objetivos do programa.
Fonte e fotos: CMB.