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Nutrição na preconceção e na gravidez

Dezembro 2, 2020 em Atualidade, Concelho, Mundo, Opinião, Saúde Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

Como sabem, a gravidez é um período de grande mudança no corpo da mulher, é um período que exige muitos cuidados e, como tal, uma boa alimentação será determinante para a boa saúde do bebé e da mãe.



Na preconceção é importante avaliar na mulher itens como a idade, os hábitos alimentares, o estilo de vida, o peso (para avaliar se há risco de um prognóstico desfavorável da gravidez e para determinar o ganho de peso recomendado, direcionando a intervenção nutricional), o consumo de tabaco, álcool ou drogas ilícitas e a existência de patologias.

A obesidade na preconceção pode causar malformações congénitas no bebé, devido ao maior risco de defeitos do tubo neural. Portanto, é muito importante a mulher possuir um bom estado nutricional antes da gravidez. Caso haja obesidade na preconceção é importante o controlo de peso durante a gravidez (alimentação e atividade física ligeira diária).

O período da gravidez exige uma alimentação completa, equilibrada e variada, adaptada às necessidades da mulher e à fase de gestação na qual se encontra. O mito da necessidade de comer por dois deve ser excluído. As necessidades nutricionais aumentam, a grávida deve comer bem em quantidade, mas muito melhor em qualidade, pois uma alimentação equilibrada assegura à mãe que as necessidades nutricionais e energéticas necessárias ao normal desenvolvimento do bebé são supridas. O aumento da ingestão calórica face ao valor indicado para a mesma pessoa não estando grávida, é de cerca de 300 a 330 kcal no segundo trimestre e cerca de 450 kcal no 3º trimestre, mas estes valores devem ser sempre ajustados de forma individual. Um maior aporte calórico vai refletir-se no aumento do peso da grávida que, por consequência, poderá condicionar o aparecimento de complicações no parto e na saúde futura do bebé. Já uma boa ingestão de água é fundamental para o aumento do volume sanguíneo.

A nível do ácido fólico, durante a gravidez, as suas necessidades aumentam. Recomenda-se a todas as grávidas a suplementação desta vitamina, que deve ser iniciada 2 meses antes da conceção até ao final do primeiro trimestre. É recomendado o consumo de alimentos ricos em ácido fólico, como o agrião, a beterraba, a couve lombarda, os espargos, a salsa, o arroz integral, o pão de mistura, o grão-de-bico, o feijão-frade e o feijão vermelho.

A nível do iodo, recomenda-se uma suplementação diária de 150 a 200 µg, devendo esta ser iniciada antes de engravidar e mantida durante a gravidez e a amamentação. O iodo é um micronutriente essencial utilizado pela tiroide para a produção de hormonas tiroideias. Durante a gravidez, estas hormonas são essenciais para o normal desenvolvimento cerebral do bebé.

O ferro é um nutriente essencial para o crescimento e metabolismo do bebé. Durante a gravidez, as necessidades de ferro aumentam, havendo, muitas vezes, necessidade de suplementação. Alguns alimentos ricos em ferro são o ovo, a sardinha, os legumes de folha verde, algumas frutas e as nozes.

Fazer uma alimentação saudável e equilibrada durante a gravidez leva a um maior bem-estar físico e psicológico, e consequentemente, uma melhor saúde da mãe e do bebé. O pequeno-almoço deve ser sempre realizado e são aconselháveis 5 a 7 refeições por dia. Uma boa alimentação está associada à diminuição de complicações intraparto e de muitas doenças na vida futura da criança e da mãe. Também a prática de atividade física moderada, de cerca de 30 minutos por dia, deve ser incentivada durante a gravidez para uma manutenção do peso adequado.

Por: Sara Barbosa*.

Foto: DR.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)

Capítulo 35 – COVID-19: Influência na ansiedade e, consequentemente, no nosso estilo de vida

Novembro 11, 2020 em Atualidade, Concelho, Opinião, Saúde Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

“A pandemia provocada pela COVID-19 faz dobrar casos de ansiedade, diz pesquisa.” Certo. Já todos sabemos. Não se fala de outra coisa há bastantes meses. Como é possível algo tão pequeno ter um impacto tão grande? Impacto na saúde, impacto na economia, impacto no próprio agregado familiar. E quando refiro saúde, não refiro apenas o impacto físico, mas sobretudo, o psicológico. Esses efeitos psicológicos sim, chegam a toda a gente, sobretudo a nível do aumento da ansiedade.



O isolamento social, de facto, não ajuda. Causa mais pânico, causa mais medo. Mas assim terá de ser, se queremos realmente que a pandemia acalme (sim, acalmar, porque desaparecer está bem longe disso).

A nível do estilo de vida, o exercício físico normalmente funciona como um aliado ao combate da ansiedade. Nesta situação, tem sido notória a redução do exercício físico regular por parte da população. O apelo que faço é que não deixem, de todo, de praticar exercício, mesmo em casa! É uma ajuda enorme para o nosso bem-estar.

A alimentação também é importantíssima para estarmos bem, física e psicologicamente. Agora o nosso organismo está mais frágil do que nunca, portanto, mais do que alimentar o nosso corpo, precisamos de o nutrir.

E tal como referi numa publicação anterior, é difícil, mas temos de nos focar nas coisas boas da vida. E o facto de podermos tratar de nós e de melhorar o nosso corpo é algo incrível! Quando estamos focados em melhorar a nossa saúde, a melhoria da nossa autoestima é gigante!

Façam uma alimentação completa, variada e equilibrada, façam uma alimentação repleta de vitaminas e minerais. Cuidem do vosso corpo. Não desanimem, nem se descuidem. O nosso corpo é a nossa primeira casa.

Uma das frases motivacionais que transmito nas consultas é: “Somos o que comemos: por isso podemos transformar os nossos corpos e mentes, escolhendo uma alimentação mais saudável”. Esta é uma das frases que mais gosto de citar para promover o processo de transformação. Promover uma transformação para a vida, a nível da mudança de hábitos e comportamentos menos saudáveis para mais saudáveis é o meu lema enquanto nutricionista.

Cuidem-se!

Por: Sara Barbosa*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Capítulo 34 – O poder da alimentação na ansiedade e no stress (Parte 2)

Outubro 14, 2020 em Atualidade, Concelho, Mundo, Opinião, Saúde Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

Em caso de ansiedade crónica, é recomendado fazer uma alimentação pobre em alimentos de índice glicémico elevado. Porquê? Porque o estado de ansiedade está associado a níveis elevados das hormonas do stress, a adrenalina e o cortisol, e quando ingerimos alimentos demasiado doces (com elevado índice glicémico), a nossa glicemia (açúcar no sangue) aumenta e causa os chamados picos insulínicos. Como consequência, há uma libertação das hormonas suprarrenais. A cafeína, a nicotina, o álcool e outros estimulantes têm exatamente o mesmo efeito, pelo que devem ser evitados.



O primeiro passo para reduzir a ansiedade consiste em equilibrar a glicemia, tendo como base uma alimentação que privilegie hidratos de carbono de absorção mais lenta e alimentos ricos em proteína.

O segundo passo consiste em evitar o café forte e as bebidas energéticas com alto teor de cafeína. Limite o consumo a duas chávenas de café leve por dia. O chá também contem cafeína, mas este é mais calmante, devido à presença de um aminoácido, a teanina.

Deve evitar, também, o consumo de álcool pois, além de ser estimulante, vai interferir de forma negativa no sono, fazendo com que acorde mais cansado e irritável.

Consumir plantas relaxantes também é um bom truque para reduzir a ansiedade. Como exemplos de plantas temos a valeriana, o lúpulo e a passiflora. A valeriana é um ótimo sedativo para o estômago “nervoso”. Como relaxante deve tomar 50-100mg duas vezes por dia. Não tome valeriana simultaneamente com fármacos sedativos, relaxantes musculares e anti-histamínicos, sem o consentimento médico, pois o efeito destes é potenciado.

O crómio é um mineral que ajuda a regularizar a glicemia ao tornar-nos mais sensíveis à insulina. A ingestão de alimentos ricos em crómio é muito eficaz em casos de ansiedade ou depressão que envolvam o desejo de consumir doces e outros alimentos ricos em açúcar.

O magnésio também é um mineral calmante que nos ajuda a relaxar a mente e também os músculos. A carência deste mineral no organismo pode provocar dores musculares, cólicas, espasmos, ansiedade e insónias. É comum os níveis do magnésio serem mais baixos em pessoas ansiosas. Dos alimentos ricos em magnésio destacam-se as sementes (especialmente as sementes de abóbora), as oleaginosas (sobretudo as amêndoas), os vegetais de folha verde escura (como o espinafre e a couve), certas frutas e alimentos integrais.

A nível de suplementação o recomendado seria suplementação orgânica de vitaminas do complexo B, zinco, magnésio e crómio. Em certas situações mais específicas, pode ponderar-se a suplementação de ómega 3, de AGAB (< 3000mg), de taurina e/ou de valeriana. Não combine os suplementos com álcool!

Para mais informações consulte um médico ou nutricionista.

Por: Sara Barbosa*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)

Capítulo 34 – O poder da alimentação

Setembro 9, 2020 em Atualidade, Concelho, Opinião, Saúde Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

Cada vez mais, tenho estudado a influência da alimentação em diversas patologias. Como sabem, tudo aquilo que ingerimos interfere bastante no nosso bem-estar físico e mental e também na nossa qualidade de vida.



Quando temos algum problema de saúde ou alguma tendência a ter certas patologias, devemos, acima de tudo, identificar as causas e tentar prevenir ou reverter a situação.

É muito importante restabelecer a nossa saúde e ajudar a proteger o nosso corpo da doença no futuro. Portanto, é essencial compreender, em primeiro lugar, o que nos leva a ficar doentes (mesmo a nível de problemas de saúde comuns, como uma gripe ou constipação), aprendendo a lidar com as causas e, em segundo lugar, direcionar o nosso estilo de vida para a recuperação dessa mesma doença.

Na minha opinião, quando alguma patologia está instalada, devemos procurar solucioná-la da forma mais natural possível e da forma mais personalizada possível. Mesmo que a patologia presente seja a mesma patologia do vizinho, as causas e os fatores individuais intrínsecos podem não o ser e, como tal, o procedimento para a cura não será o mesmo.

Também a nível de prevenção da doença e da manutenção de um bom estado de saúde é importante termos o nosso balancé inclinado para o lado bom – para o lado caracterizado por uma dieta nutricionalmente rica, pobre em alimentos refinados e inflamatórios, por exercício físico regular, por boa hidratação diária e por descanso. Se, ao invés disso, tivermos o nosso balancé inclinado para o lado mau, o nosso sistema corporal fica desequilibrado e poderá surgir o estado de doença.

Já Hipócrates dizia: “Quando os pecados suficientes [contra a natureza] se acumulam, a doença resulta subitamente”.

Imagem: BnH

Patrick Holford refere no seu livro “A Saúde Pelos Alimentos” que “as doenças não são causadas por uma deficiência de fármacos”, mas sim, por exposição a vários fatores de risco, como uma “dieta deficiente, falta de exercício, stress, má postura, tabagismo, consumo de álcool, poluição, falta de luz solar, sono insuficiente falta de amor e diversão”.

Os nossos atos de hoje têm consequências no amanhã, num futuro mais ou menos próximo. “A prevenção é muito melhor do que a cura”! Por isso, cuidem da vossa saúde.

Por: Sara Barbosa*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)

Foto: DR.

Capítulo 33 – Uma visão geral sobre o jejum na alimentação diária

Julho 8, 2020 em Atualidade, Concelho, Opinião, Saúde Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

Atualmente, tenho-me deparado com imensas pessoas a questionarem sobre o jejum intermitente. Na teoria, esta é uma nova forma de se perder peso. Há muitas opiniões distintas, é verdade. Sendo este um artigo de opinião, vou dar a minha opinião de forma geral sobre este tema.



Teoricamente, com o jejum passa-se a “consumir mais gordura e emagrece-se mais rápido”. Contudo, o que determina a oxidação dos substratos energéticos é a intensidade da atividade física desenvolvida. Isto significa que começamos a queimar mais hidratos de carbono quando aumentamos a intensidade da nossa atividade física. E aqui surge a questão: é mais importante a queima de gordura ou de hidratos de carbono? Bem, como sabem, o mais importante na perda de peso é, efetivamente, o balanço energético diário negativo, ou seja, devemos gastar mais do que aquilo que ingerimos. O nutriente oxidado no momento não é o que determina a perda de peso. Claro que se ingerirmos muitos hidratos de carbono, de forma consecutiva e repetida, diariamente, a nossa insulina aumenta e, consequentemente, há um maior armazenamento de gordura devido ao facto de a oxidação da gordura ficar suprimida. Quando há oxidação de hidratos de carbono ou, de forma simplificada, açúcar, também é bom porque, consequentemente, também oxidamos mais gordura e é sinal que o nosso corpo se encontra fisicamente ativo.

Vou passar a citar um excerto retirado de um artigo publicado no jornal “Público”, redigido pelo nutricionista Pedro Carvalho:

«Em humanos a perda de peso é um processo muito mais comportamental do que fisiológico e que depende fundamentalmente da adesão a qualquer tipo de plano alimentar mais do que a composição nutricional do mesmo.»

«A diabetes tipo 2 é de facto reversível quando se perde peso seja “apenas” através de dieta, de cirurgia bariátrica e quando se ajustam os hidratos de carbono da dieta (seja a quantidade total seja a sua carga glicémica, independentemente da prática de jejum. Uma revisão de 11 estudos sobre jejum (de 12 a 20 horas) com duração de 4 a 8 semanas, demonstrou que o efeito do jejum intermitente é marginal na redução dos níveis de glicemia em jejum quando em comparação com a restrição calórica contínua. O que é o mesmo que dizer que o jejum de facto resulta, mas resulta de forma igual a uma dieta com o mesmo número de calorias, mas ingeridas com refeições de 3 em 3 horas por exemplo.»

Vou terminar este capítulo exatamente da mesma forma que iniciei o capítulo anterior.

Mais do que fazer dieta, mais do que fazer exercício físico, é importante tomar consciência de como podemos alterar o nosso estilo de vida. Nada deve ser radical, nem momentâneo. Deve sim, ocorrer mudança de hábitos alimentares de forma consciente e definitiva. Só dessa forma, existe, efetivamente, uma real transformação.

Por: Sara Barbosa*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)

Capítulo 32 – Uma nova vertente para transformar e revolucionar vidas

Junho 10, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

Mais do que fazer dieta, mais do que fazer exercício físico, é importante tomar consciência de como podemos alterar o nosso estilo de vida. Nada deve ser radical, nem momentâneo. Deve, sim, ocorrer mudança de hábitos alimentares de forma consciente e definitiva. Só dessa forma, existe efetivamente uma real transformação.



O coaching é a nova vertente que considero fundamental para transformar e revolucionar vidas. É importante conhecer a fundo cada pessoa, é importante perceber quais são os pensamentos limitadores que impedem de ir da teoria à prática, é importante perceber se há coerência de objetivos com a sua identidade, com aquilo em que acredita e com a forma como age e porque age.

Embora acredite vivamente que “nós somos aquilo que comemos”, acredito também que a alimentação é muito mais do que um simples ato de alimentar o nosso corpo. O que ingerimos, quando ingerimos e porque ingerimos tem muito significado! Além disso, a alimentação interfere em tudo, não só no peso, mas na nossa qualidade de vida, na nossa autoestima, no nosso rendimento profissional, nas nossas relações pessoais, no nosso equilíbrio emocional, enfim, em tudo mesmo e, daí, a enorme importância que lhe devemos dar.

O coaching nutricional é importante pois, para além de trabalhar aspetos relativos à saúde e à nutrição, trabalha também a mente. E para se mudarem pensamentos e comportamentos, devemos, primeiramente, trabalhar a mente. Se este passo não for realizado, o processo de transformação poderá nunca ocorrer e, se assim for, nunca haverá o verdadeiro equilíbrio que tanto deseja alcançar.

É preciso reprogramar o cérebro para que este aceite adotar um novo hábito e, consequentemente, um novo estilo de vida. É preciso aprender a ter controlo sobre o corpo e, sobretudo, é preciso saber distinguir a fome física da fome emocional. Tendo as ferramentas certas para controlar a sua alimentação e tendo um estilo de vida saudável, consegue viver de forma plena para sempre.

Deve existir um firme compromisso da sua parte em efetuar a mudança dentro de si para que as técnicas de coaching produzam frutos.

E lembre-se que não existem milagres. Apenas esforço, disciplina, dedicação, perseverança e muita força de vontade. Quando queremos mesmo alcançar algo, lutamos e conseguimos! Tudo começa dentro de si. E a responsabilidade pelo SUCESSO será sua.

Por: Sara Barbosa.*

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)

Capítulo 31 – Não espere pelas condições perfeitas para iniciar um estilo de vida saudável

Maio 6, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

Para muitos, esta fase de confinamento em casa levou a uma redução da atividade física e, consequentemente, a um menor gasto energético diário. Para além disso, o facto de estarmos em casa leva a uma maior exposição aos alimentos. Há maior tendência a visitarmos mais vezes o frigorífico ou a despensa, uma vez que há um maior tempo livre e, como tal, este fator leva a um maior consumo de alimentos.



Sendo assim, muito provavelmente, a sua ingestão energética total diária superou o gasto energético diário, levando a um balanço energético positivo e, consequentemente, a um aumento do peso corporal.

Está à espera de quê para iniciar já um estilo de vida mais saudável? Não existem dias perfeitos, nem condições ideais para se tornar mais saudável e mais ativo (a). Todos os dias são um bom dia para começar!

Porquê adiar o início à adesão do seu plano alimentar ou a prática de exercício físico? Porquê adiar o que lhe faz bem? Esta mudança só enriquecerá o seu corpo e a sua mente e pode ser feita de acordo com a sua disponibilidade. A organização é a chave.

Faça MAIS E MELHOR por si a cada dia que passa. Existem fases boas e más, pois a vida é uma montanha russa, mas somos nós quem a conduz. O foco vai e vem, mas é importante que não desvaneça e que NUNCA desista.

O caminho faz-se caminhando e, acima de tudo, lembre-se que neste caminho a conquista principal é a sua saúde!

Por: Sara Barbosa*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)

Capítulo 30 – Alimentação em tempo de COVID-19

Abril 1, 2020 em Atualidade, Concelho, Educação, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

Os alimentos que comemos podem ajudar o nosso sistema imunitário a fortalecer-se, lembra a Direção Geral da Saúde, embora reconheça que “existe ainda pouca evidência científica sobre a relação entre a doença por SARS-CoV-2 (COVID-19) e a alimentação”.



Começo este artigo por colocar uma questão em aberto. Acha que a alimentação deverá ser adaptada ao período de isolamento social pelo qual estamos todos a passar?

O importante a reter é que devemos fazer uma alimentação saudável e seguir uma dieta estruturada. É importante incluir maioritariamente alimentos que fazem parte de um padrão alimentar saudável, ou seja, alimentos dos diferentes grupos da Roda dos Alimentos e respeitar as proporções recomendadas.

Devemos comer mais fruta e hortícolas, ingerir sopa de legumes ao almoço e ao jantar e também ingerir 3 porções de fruta por dia. A hidratação também é fundamental! Devemos beber por dia 1,5 a 1,9L de água (8 copos de água) – deve adequar conforme as necessidades individuais. Pode aproveitar para recuperar a presença do feijão, do grão e das ervilhas à mesa.

No caso de ter havido uma redução drástica do dispêndio energético, isto é, no caso de a atividade física diária ter reduzido muito, as necessidades energéticas também reduzem e, consequentemente, a ingestão calórica deve ser menor. Não há evidências científicas, cada caso é um caso e deverá ser revisto de forma personalizada.

O aconselhável nesta fase é tentar manter uma rotina de refeições diárias semelhante ao habitual. Devemos evitar snacks com excesso de açúcar e sal ao longo do dia. Aproveite esta oportunidade para dormir bem, fazer exercício físico diário em casa, cuidar de si e cozinhar com os mais novos. Use este tempo livre para os ensinar a cozinhar de forma saudável.

Existem vários cuidados a ter neste período de tempo que poderão evitar pôr-nos em risco. Um deles é elaborar uma lista de compras organizada, que permitirá idas menos frequentes ao supermercado. Para organizar a lista de compras deve verificar os alimentos que ainda tem disponíveis em casa e verificar a capacidade de armazenamento à temperatura de refrigeração e congelação. É importante planear as diferentes refeições que pretende fazer, assegurando a utilização dos alimentos que ainda tem disponíveis em casa.

Deve comprar alimentos com um prazo de validade mais longo. Os alimentos com menor durabilidade podem ser adquiridos, contudo devem estar presentes em menor quantidade e deverão ser os primeiros a consumir. Deve preferir alimentos de elevado valor nutricional em detrimento de alimentos com elevada densidade energética e assegurar a compra de produtos frescos, como fruta e hortícolas, preferindo aqueles que apresentam uma maior durabilidade e/ou produtos hortícolas congelados.

Relembro que este não é o momento para deixar de comer bem e de se preocupar com a sua saúde!

Por: Sara Barbosa*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)

Capítulo 29 – Sem tempo para confecionar as refeições? (Parte 2)

Março 4, 2020 em Atualidade, Concelho, Cultura, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

Como referi no início do capítulo, batch cooking, ou cozinhar em série, é um método que consiste em preparar as refeições da semana com antecedência. A grande vantagem? Poupar tempo e dinheiro.



Tal como a sopa, que pode ser confecionada em grandes quantidades e separada em doses individuais, também o mesmo se pode fazer com outros alimentos. Os alimentos a consumir primeiro podem ficar no frigorífico e os restantes congelam-se e apenas se descongelam no dia anterior ao consumo. Para fazer o descongelamento, deve colocar primeiro no frigorífico, num recipiente adequado (durante 12 a 24 horas) e, só depois, retirar no momento do consumo. Desta forma, o descongelamento é feito sem grandes riscos de contaminação.

A maioria dos alimentos congela bem, como arroz, aveia, quinoa, pão, feijão, carne, tortas, legumes e fruta (para usar em papas, sumos, smoothies, por exemplo). Antes de congelar os legumes, faça o branqueamento dos mesmos, isto é, lavar, cortar e dar uma fervura antes de os levar ao frio. Coloque-os em sacas individuais antes de congelar.

Ovos crus inteiros, café, maionese, cremes, iogurtes, batatas cruas, alface, maçã, melão ou queijos moles são alguns dos alimentos que não deve levar ao congelador. Pode congelar ovos se retirar da casca e/ ou separar a clara da gema e colocar num recipiente.

Mesmo no congelador, o alimento continua a ter uma data de validade, por isso, é recomendável identificar cada embalagem com uma etiqueta contendo a data em que foi congelado. Mantendo a temperatura a 4ºC, as refeições preparadas aguentam cerca de 3 a 4 dias no congelador.

Pode dizer-se que o batch cooking, é mais saudável, mais prático, mais económico e também mais ecológico.

Por: Sara Barbosa*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Capítulo 29 – Sem tempo para confecionar as refeições? (Parte 1)

Fevereiro 5, 2020 em Atualidade, Concelho, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Sara Barbosa

A nova tendência, batch cooking, chegou para nos ajudar a poupar tempo, dinheiro e, ao mesmo tempo, fazer refeições saudáveis. E o que é o batch cooking?



Batch cooking significa cozinhar em série. Com esta nova tendência, consegue preparar refeições em poucas horas para consumir ao longo da semana. Para além disso, ao planificar as refeições com antecedência, irá conseguir uma maior variedade na sua ementa, podendo alternar as fontes proteicas (ex: carne branca, peixe, ovos, leguminosas, tofu, seitan) e as fontes dos hidratos de carbono (ex: arroz, massa, batata, batata doce, quinoa, cuscuz, legumes) de forma mais eficaz.

Para iniciar, é importante elaborar uma lista de compras que inclua alimentos saudáveis e versáteis para uma ementa semanal equilibrada. Após ter os alimentos todos ao seu dispor, basta reservar algumas horas de um dia para pôr mãos à obra. Desta forma, irá poder usufruir do dia a dia sem ter de pensar no que vai cozinhar.

As doses a preparar vão depender do número de pessoas e do número de refeições. Não se esqueça que é importante as doses serem adequadas, nem a mais, nem a menos. Assim, cada pessoa come apenas o necessário, não caindo na tentação de repetir, e não há desperdício alimentar.

Algo que nunca falta no meu frigorífico e no congelador é a sopa. Em casa, preparamos sempre sopa para uma semana e separamos em doses individuais. As que vamos consumir primeiro ficam apenas no frigorífico, as restantes congelamos e descongelamos sempre no dia anterior ao consumo. Para fazer o descongelamento, coloco sempre primeiro no frigorífico e só depois quando quero consumir é que retiro.

Prefira recipientes iguais pois assim, quando os guardar, pode encaixar todos num só e assim poupar espaço.

No próximo mês irei continuar a destacar este tema, não perca!

Por: Sara Barbosa*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade da autora)

Foto: DR.

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