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O Barão Vermelho

Res Publica

Outubro 2, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Na próxima semana, comemoram-se os 110 anos da implantação da República. República vem do latim Res Publica, isto é “coisa de todos”. Abandonamos a monarquia e começamos a caminhar no sentido de entregar o nosso destino ao povo, em que os nossos representantes seriam escolhidos por todos, pelo povo. Ou, pelo menos, era mais ou menos esta a ideia.



Ora, as eleições estão, também, no destino do nosso Benfica. Dizem os que se candidatam ao lugar que pretendem acabar com o regime monárquico de LFV e devolver o clube ao povo (aos sócios, neste caso). Confesso que também não me importava de ver a direção do nosso Glorioso mudar de ares. Nem que fosse para dissipar dúvidas que, ultimamente, têm ensombrado a retidão de LFV. E, nesse sentido, um dos candidatos que me parece mais à altura do cargo é João Noronha Lopes. Mais sóbrio, com experiência (foi vice, creio, de Vilarinho) e, sobretudo, um gestor muitíssimo bem preparado. A quem interessar o assunto, pode ver no YouTube alguns vídeos de questões colocadas por sócios, com o especialíssimo apoio de Ricardo Araújo Pereira que faz de, digamos, moderador. Fica a dica.

Quanto ao último jogo, frente ao Moreirense, muito futebol, avalanche de oportunidades, mas…poucos golos. Algum azar à mistura, é certo. Mas parece-me que é preciso afinar a pontaria. Continuo a achar que, à exceção de Darwin, todos os restantes são bastante medíocres. Ainda por cima, saiu Vinícius, que me parece que seria a alternativa viável a Darwin. O outro, o coxo, eu dava-o de borla.

Pesar pela saída de Rúben Dias, grande central, com muita margem de progressão e, creio, o melhor central português (e veremos se da Europa), da sua geração. Em troca, recebemos Otamendi. Do que conhecemos, tem muita qualidade. Vamos a ver se a idade foi generosa com ele, ou não. Tomara. Acreditemos. Afinal, Jesus faz milagres…

Viva o Benfica.

E pluribus unum.

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Eurofica…Euronãofica

Setembro 25, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Iniciada a temporada atípica de 20/21 e o nosso amado vermelhinho leva já dois jogos realizados. Um para a Liga dos Campeões, outro para a Liga Portuguesa.



No primeiro caso, longe de termos sido felizes. Jogou-se bem, até, com um fortíssimo domínio do Benfica na primeira parte, com uma ligeira decaída do domínio do jogo na segunda. O Problema é que com avançados como Seferovic ninguém consegue ganhar coisa nenhuma. Recordo quando, na despedida de Jonas, André Almeida dizia, a respeito daquele, que “até podia centrar-lhe uma cadeira” que o homem fazia golo. E isto é, basicamente, o que distingue um grande craque de um “penteadinho” que está só em campo à espera que alguém lhe acerte com a bola e esta escorra para a Baliza. Concretamente, Seferovic falha duas oportunidades flagrantes em que opta por pentear a “poupa” com a bola, em vez de a cabecear decididamente para a Baliza. Repito, com avançados assim, ninguém ganha jogos. E, vá-se lá saber porquê, quer Bruno Lage, quer JJ, deram oportunidades a este verdadeiro cepo. Inclusivamente, tive oportunidade de ver este homem jogar, ao vivo, e é desesperante a sua displicência face a todo o processo de jogo. Como se costuma dizer, é como jogar com um a menos. Só vejo uma situação possível para JJ o ter posto a jogar: enterrá-lo de vez! Tchau Haris! Entretanto, o resultado de tudo isto é o Benfica fora da Champions e 50 milhões (… 50.000.000… minha nossa…) de euros e esvoaçar para longe… Consequência: Rúben Dias negociado por 60 milhões…e mais um “veterano” a caminho…

Já no jogo da Liga, que se esperava difícil, acabou por ser um passeio no parque. Cinco golos sem resposta, muito à imagem do que são os jogos orientados por JJ. E vejam bem, sem Seferovic. Sem surpresas, portanto. E, sim, gosto de um treinador que, a ganhar por 5-0, grita para dentro do campo: Vamos! Vamos fazer mais golos! Não se trata de humilhar o adversário. Trata-se, antes, de respeito pelo adepto que vai ao estádio, paga o ingresso e quer ver espetáculo. Sim, para mim futebol tem de ter a tão propalada nota artística. Se não, mais vale ir à Opera, que as há bem interessantes.

Segue-se o Moreirense, na Luz. Em princípio, os cónegos não serão adversário à altura do Benfica. Mas nesta fase da época, tudo é possível. Esperemos, então, que tudo corra bem e que sejamos presenteados com um bom espetáculo, com elevada nota artística… e golos. Muitos Golos.

Viva o Benfica.

E pluribus unum

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Jorjazus

Agosto 22, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana, uma reflexão sobre o último jogo da Taça e a espectativa para a próxima época, que poderia ter sido feita pelo próprio JJ, de quem nunca escondi ser um grande admirador. Como diria Ricardo Araújo Pereira, não é alguém que eu convidaria para vir cá a casa jantar e estar com a miúda e a esposa. Mas para treinador do nosso querido SLB é, creio convictamente, do melhor que conseguimos ter.



Num exercício de pura ficção e ensaio humorístico, deixo-vos então esta crónica, à luz do novo alegado acordo oro-ortográfico, que espero que tenhamos de utilizar por muitos e vitoriosos anos.

Amigues. O jogue da tassa foi uma miséra. Comigo teriam jogade o triple ou o quadruple. O meu ex-pupilo, o Serjio, deu um banho de bola no Benfica. Aquela defesa parecia um paçador para coar a massa. Anda tudo a xonar. E o meio campo não ajuda nada. Nem o Gabriel, nem o Veiguel ajudam a defender, já pra num dizer que joguem a pace. Mas descansem, que isto vai acabar. Até porque pocos deles volta a tocar na xixe, visto que vou trazer uma sere de jogadores novos. São jogadores da minha confiance, que pra mim, são como se fossem meus filhes. Ainda não os conheço peçoalmente, mas digo isto mais pela idade deles, dado que acho que eles estão no ponte a partir dos 32 anos.

Para mim, o novo plantel tem que ser ambiciozo. Jogadores com saber de exprienssia feito. Para mim, o onze idial seria este: Balize: Buffon. Defeza: Roberto Carlos, Maldini, Cannavaro e Zanetti. Maio Campo: Paulo Sousa, Rui Costa (este a custo zero, porque já está nos quadros), Figo e Cristiano Ronalde. Ataque: Ronaldinho (estamos só à espera de uma amnistia do Papa) e Cavane. Se o Cavane num vier, opto pelo Jardel.

Por isso, benfiquistas, aproveitem o que vos resta das vacances, pois uma nova época de alegrias vos espera. A maldição do minute 92 foi exorciçade na conquiste da Libertadores, que é, como todos sabem, o campeonato europeu do Brasil. Agora é para ganhar tudo antes do minute oichenchaeocho. Viva o Benfica, meu clube do Corassão.

E é isto. Brincadeiras à parte, acho que o JJ foi mesmo a melhor contratação para a próxima época. Espero que não se esqueça de apostar nos bons jovens valores da cantera, sem fazer uma equipa de juniores como o Vieira tanto gosta. Mas acho, efetivamente, que temos tudo para voltar aos tempos de Glórias e alegrias. Pelo menos, jogaremos futebol do que não dá sono (com nota artistca, como diria o nosso mister).

Estou com as espectativas em alta. Desejo os maiores sucessos ao nosso SLB com JJ ao comando.

VIVA O BENFICA.

E pluribus unum.

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

E tudo o COVID levou

Julho 31, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana, em que perdemos Olivia de Havilland, a última atriz viva de “E tudo o vento levou”, um título em forma de singela homenagem, adaptado à realidade do universo benfiquista em 19/20.



Em bom rigor, os ventos de mudança começaram a fazer-se notar ainda antes deste pegajoso vírus ter chegado a Portugal. Já em janeiro, as tropas de Bruno Lage haviam começado a dar sinal de desmobilização. Aliás, ainda em agosto de 2019, após o banho de bola que levámos frente ao Porto, depois justificado por Bruno Lage com o abuso em passes verticais (em futebolês-Manuel-Machadez), logo se percebeu que algo não ia muito bem.

E a verdade é que todos fizemos de conta que não. Que estava tudo bem. As coisas foram correndo mais ou menos e a certa altura até estávamos com sete pontos de avanço sob o rival direto. Foi também por volta desta altura que Sérgio Conceição teve uma travadinha, e tendo os burros na água, fez uma birra. Em boa hora. Pois pôs a “estrutura” a dar corda aos sapatos e a arrumar a casa. O resultado foi o que se viu.

Agora, depois de cerradas as cortinas da época 19/20, depois de Bruno Lage ter visto o seu comando chegar ao fim, fica um pouco a ideia que, entre outras coisas que faltaram e que já tivemos a oportunidade de aqui abordar, talvez a salvação de Bruno Lage tivesse passado por fazer uma briga à lá Sérgio.

E em ambiente eleitoral, não faltam aí candidatos à presidência do Benfica. Confesso que a este respeito não tenho grande opinião. Um pouco à imagem da própria Liga, parece-me que vamos ter de escolher o menos mau de entre os maus. Pouco mais tenho a dizer. Mas acima de tudo, não quero à frente do meu clube nenhum fulanete com tique de mafioso. Ao contrário do que é apanágio noutros clubes e noutros adeptos, no Benfica ainda não Vale Tudo.

Resta-nos esperar o prémio de consolação que é a Taça de Portugal. E que a próxima época seja francamente melhor. E eu, nunca o escondi, tenho fé em Jesus.

Viva o Benfica

E pluribus unum

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Segundo Advento

Julho 20, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

«Então sairá o [mister] e pelejará contra essas nações, como quando pelejou no dia da batalha.

(…)

Pelo vale dos meus montes […], pois o vale dos montes se estenderá até [ao Minho]; sim, fugireis, como fugistes de diante do terremoto (…)»

(Zacarias 14:3-5 – adaptado).



Esta semana é incontornável a temática do regresso de Jesus à Luz. O que, assim dito, parece o início do discurso de um Pastor Evangélico. Mas depois, também parece contraditório, face ao título desta crónica que anuncia novo Advento, dizer que Jesus regressará à Luz. Que enorme confusão.

Trocadilhos religiosos aparte, vamos esclarecer qualquer eventual confusão. Do que se fala mesmo é do regresso do treinador Jorge Jesus ao comando técnico do Glorioso. Para uns, motivo de mágoa e lamentação. Para outros, motivo de alegria e contentamento. Pessoalmente, revejo-me mais nos segundos. Sobretudo porque não vou muito em romantismos de amar santos da casa e prefiro sempre a competência e a eficácia. E digam o que disserem, o Benfica de Jorge Jesus foi sempre “de outro patamar” (usando palavras do próprio), quer pelos resultados, quer pela…nota artística (lá está). Fomos campeões todos os anos? Não. Mas fomos campeões em 3 dos 6 anos em que ele (não confundir com “Ele”) comandou o nosso futebol, disputámos o título taco-a-taco nos restantes anos e fomos a duas finais europeias, que o destino não quis que ganhássemos (embora, frente ao Sevilha, o árbitro foi mais “ativo” que esse tal de destino).

Portanto, e dado que as politiquices de fora das quatro linhas me importam pouco, venha de lá Jesus. Por mim, está perdoado (não é qualquer adepto que pode dizer que perdoou a Jesus, vejam bem…).

Quanto ao desempenho do nosso Benfica nas jornadas anteriores, nada a dizer. Muito por culpa (e uma vez mais) do que se passa dentro das quarto linhas. É de um tédio aturdidor. Continua a não haver uma equipa, um modelo de jogo, brio pessoal,…nada. Tanto que, e juro por tudo que isto é verdade, na última jornada só vi a primeira parte porque, entretanto, adormeci. Autoexplicativo, creio.

Anda, Jesus. Anda depressa. E traz o Gerson, o Bruno Henrique e o Gabigol (que tem jogado pra chuchu). O Arão pode ficar…

Viva o Benfica.

E pluribus unum

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Rei morto. Rei posto.

Julho 9, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana, debruçar-me-ei sobre o fenómeno de balneário que leva os jogadores de um clube a mudarem o seu estado anímico e a sua forma de estar em campo, aquando da troca de treinador.



Para uma opinião mais abalizada, nada como abordar alguém que tenha estado por dentro do dito fenómeno. Mais propriamente, dentro do balneário. Eis, então, a opinião de Telmo Sousa, ex-jogador e atual preparador físico (ex-preparador físico do Gil Vicente Sub-19, integrante da equipa técnica de Nuno Santos). Segundo aquele, há, desde, logo um fenómeno de renovação anímica associado à ideia de que, se vem um treinador novo, vem também uma nova e melhor oportunidade. Começando pelos elementos que não têm jogado tanto, que se esforçam mais em busca do seu “lugar ao Sol”, e acabam por “morder os calcanhares” àqueles que davam o lugar como certo e, portanto, estariam mais acomodados. Mas esta será só a ponta do iceberg. Ainda segundo este profissional, há todo um conjunto de meandros paradesportivos que envolvem a vida dos jogadores, dos treinadores, empresários de futebol e, até, presidentes dos clubes. Todo um conjunto de políticas e estratégias de negócio (sim, que o futebol é, cada vez mais e infelizmente, um negócio) que envolvem agentes, jogadores e direções de TODOS os clubes, desde o mais pequenino aos maiores colossos europeus. E, como se já fossem poucos fatores, ainda há a “imagem” do jogador, que não quer ficar associado aos maus momentos de um clube, que deseja o sucesso e obter melhores condições contratuais em eventuais transferências. Até, imagine-se, (e aqui Bruno Lage também deu um toque) outros treinadores que vão ver jogos de colegas e exercem algum tipo de pressão externa sobre as direções e empresários.

Enfim, todos nós temos opiniões disto e daquilo, mas andamos muito longe de imaginar a “gincana” que será gerir todos estes fatores, tendo como juiz implacável os resultados que se vão obtendo. Quando os fatores enunciados supra se conjugam favoravelmente, tudo corre bem. Mas quando cada um puxa para seu lado, a catástrofe é iminente. Provavelmente, Bruno Lage foi um pouco vítima de alguns destes problemas. Não obstante lhe podermos reconhecer alguns erros técnicos ou táticos.

O “senhor que se segue” é Nelson Veríssimo. E a avaliar em função do que vimos expondo, será então natural que os resultados mais positivos comecem a aparecer. Mas até quando? Quanto tempo durará o estado de graça de treinador que “dá” 10-0 e que, sem que muito se altere, perde com um dos últimos classificados? Estaremos perante um fenómeno de treinadores de reciclagem, que é bom enquanto ganha, mas que depois fica sozinho quando as coisas correm menos bem. E se é assim, de quem será a culpa. Do treinador? Do presidente? Das “estruturas”? Vale a pena pensar nisto. Sobretudo, se dirigimos um clube de futebol profissional.

Viva o Benfica.

E pluribus unum

Por: Hugo Pinto.*

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Finis temporis

Junho 27, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana o título tem mesmo de ser em latim. Não sendo novidade, desta vez aplica-se pela solenidade do momento. Quase como se fosse requiem. Finis temporis soa muito a… “final da temporada”. Mas uma tradução mais à letra mostra-nos que, na verdade, quer dizer fim dos tempos. Num caso e noutro, parece aplicar-se à situação de Bruno Lage. Se não for embora antes, irá no final da temporada. E este parece ser o único facto inquestionável no atual Benfica.



Confesso alguma estranheza perante esta situação que se vive na Luz. Faz-me confusão que praticamente com a mesma equipa, obviamente que sem o valeroso talento de João Félix, passemos de um tipo de jogo entusiasmante e assertivo para uma espécie de pastosidade zombiana, muito mais assente num futebol de fezada, esperança e sonho, do que de um futebol de equipa, à Benfica. Mas à Benfica, MESMO.

E tenho pena que se tenha chegado a esta situação. Bruno Lage prometia mais. Muito mais. Mas a verdade é que jogou os trunfos todos e parece mesmo não ter mais nada na manga. E se isto é só o que ele tem, é pouco, deveras. Lamento…

Resta-me ter muita esperança que LFV queira tanto contratar JJ quanto este quer regressar a Portugal. Tantas saudades que tenho desses tempos…

Viva o Benfica.

E pluribus unum

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Sr. dos Aflitos

Junho 21, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana vamos ter dérbi de “aves de rapina”. As águias de Lisboa recebem as dos Açores. O que não deixa de ser curioso, atendendo a que açores são, precisamente, aves de rapina, que, aliás, deram o seu nome ao arquipélago, dada a abundância destas aves com que os colonos pensaram deparar-se, quando foram povoar estas ilhas em meados do séc. XV. Curiosamente, essas aves que os navegadores pensaram ver não eram, de facto, açores, mas sim, uma subespécie de águias de asa redonda. Portanto, parece que estaremos “em família”.



Mas será mesmo assim? É que, por outro lado, uma outra teoria diz que o nome Açores vem do latim azureus, que significa azul, em alusão ao imenso mar azul que rodeia as ilhas. E, neste caso, poderia ser um mau presságio, pois se as supostas “águias” insulares se revelarem mais “azuis”, podem ser um lobo em pele de cordeiro, fazendo-nos a vida difícil e facilitando a dos azuis.

Todas esta “tarologia” seria desnecessária, se o nosso Benfica andasse com “a cabeça no lugar” e assumisse o seu lugar de real favorito. Independente do adversário, o Benfica pode e deve jogar sempre com uma inquestionável vitória em mente. Infelizmente, nem sempre é assim. E nova prova disso mesmo, demos em Vila do Conde.

É certo que não é o local mais fácil para jogar como visitante. Mas, caramba, o Benfica é muito superior. E pasme-se, acabámos por ganhar à “rasquinha” com um golo do improvável Seferovic, um flop ao nível de Karadas e Pringle, que só marcou golos quando João Félix lhe chutava assistências a pingar mel contra as canelas.

Esperemos que terça-feira as coisas ganhem melhor aspeto, porque é agoniante ver o Glorioso a jogar desta maneira. E sempre tive fezada no Lage, não gostava de o ver ir embora. Mas é certo que também este tem de fazer mais e, sobretudo, melhor. Valha-nos o Sr. dos Aflitos. Muitas novenas lhe dedique o Bruninho…

Viva o Benfica!

E pluribus unum.

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Ultimatum

Junho 16, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana, Bruno Lage enfrenta uma prova de fogo. Mais que uma prova, um ultimato.

Na época passada, apenas seis jornadas antes, o Benfica goleava o Nacional da Madeira por um histórico 10-0. Todo o plantel e o treinador estavam em estado de graça.



Mas como o futebol é isto mesmo, tão rapidamente se vai de besta a bestial, como de bestial a besta. Algumas vezes, sem que o treinador tenha grandes culpas no “cartório”.

Vejamos que, ainda no tempo de Rui Vitória (cujo trabalho nunca apreciei), o Benfica tinha algumas exibições de gala, apesar de a maioria ser paupérrima. Depois, há um jogo frente ao Braga, em que se jogou deploravelmante na primeira parte e fantasticamente na segunda, depois do presidente ir ao balneário pôr os pontos nos “iii”.

Algo está errado no balneário do Benfica. Bruno Lage parece ter competência técnica. Em tempos, teve o plantel consigo. Porém, atualmente parece faltar tudo. Falta leitura de jogo. Falta mudar de tática se esta não funciona. E, quanto a mim, falta principalmente que Bruno Lage seja TREINADOR em vez de Psicólogo. Deslumbrou-se com a recuperação de Taarabt e esqueceu que tem uma série de jogadores ao seu dispor, à espera de uma oportunidade e de mostrar serviço.

Quem já viu documentários no Facebook como “o Ninho da Águia” ou “BenficaLab”, percebe que o clube anda com os jogadores “ao colo”. Só falta fazê-lo literalmente. Não falta nada. Tudo lhes é resolvido. Cabe então ao treinador, seja ele quem for, exigir trabalho e resultados. Sem desculpas!! De onde vinha o sucesso de J.J.? Do trabalho e da cobrança que ele fazia aos jogadores. Frequentemente, pudemos ler, em diversas entrevistas, jogadores e ex-jogadores do J.J. dizerem que ele era “tramado” e que por vezes era muito ríspido com os jogadores. E, vai na volta, era justamente o que fazia falta. Fazia e FAZ!

Bruno. Há muito que te digo: Abre os olhos! Senão pagas tu a fatura…

Viva o Benfica.

E pluribus unum.

Por: Hugo Pinto.*

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Desconfinado…e desconfiando

Junho 9, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana falamos do regresso das competições da primeira liga de futebol. E, francamente, no que toca aos “três grandes”, dificilmente poderia ter começado pior.

No que toca ao meu Glorioso mais concretamente, achei miserável a forma indolente como encararam o jogo e a displicência com que desbarataram a hipótese, quiçá a última, de passar para a liderança da tabela classificativa e, assim, vir a sagrar-se campeão.



E em boa verdade, não se entende o porquê de tão fraco desempenho. Nove jornadas sem ganhar, no Benfica, é inadmissível. Num clube onde os jogadores são “mimados” até mais não, onde todos, absolutamente todos, os problemas lhes são resolvidos por funcionários do clube. E aqui p’ra nós, ando desconfiado que esse poderá ser o problema. Excesso de conforto pode ter levado ao excesso de acomodação. O único, repito ÚNICO, clube da europa, mesmo de entre os “tubarões”, que não aplicou medidas de lay-off, nem baixou os ordenados, tem toda a moralidade para exigir mais e melhor dos seus jogadores. E do treinador.

Não sei o que se passou, mas de repente parece que todos, treinador e jogadores, desaprenderam o que sabiam. Além de que não se compreende o porquê de jovens que estavam em bom nível na equipa principal terem, de repente, deixado de fazer parte das opções. Se Bruno Lage faz ponto de honra na recuperação anímica de jogadores, como é exemplo o caso do Taraabt, então devia ir para Psicólogo e deixar o Cargo para quem prefere ganhar jogos e campeonatos. Resta-nos esperar por amanhã, e ver como vão correr as coisas, num “palco” de má memória para treinadores encarnados. Foi lá o fim da carreira como treinador do Benfica para Rui Vitória. Daí, e uma vez mais eu digo, acorda Lage.

Viva o Benfica!

E pluribus unum.

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

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