Câmara e ATAHCA querem alargar OPEN B ao concelho de Barcelos

A Presidente da Câmara Municipal em exercício de funções, Armandina Saleiro, e o Presidente da ATAHCA, Mota Alves, estão em sintonia sobre a necessidade de alargar a todo o concelho de Barcelos o quarto Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) que deve iniciar-se no quarto trimestre de 2019.
Esta foi a principal conclusão do encerramento do CLDS 3G — Projecto OPEN B, — numa sessão realizada na última sexta-feira, na sede de Junta de Freguesia de Arcozelo, marcada pela apresentação de uma revista que resume a atividade desenvolvida ao longo dos últimos 42 meses.

O OPEN B — Oportunidades, Parcerias, Empreendedorismo no Núcleo de Barcelos — deu corpo ao CLDS 3G (Programa Operacional, Inclusão Social e Emprego), tendo sido coordenado pela ATAHCA (Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave), em parceria com a Câmara Municipal de Barcelos, a ACIB (Associação Comercial e Industrial de Barcelos, GASC (Grupo de Acção Social Cristã), a Freguesia de Arcozelo e União de Freguesias de Barcelos, Vila Boa e Vila Frescaínha (S. Martinho e S. Pedro).
Armandina Saleiro acedeu ao desafio lançado por Mota Alves, sobre a necessidade de alargar este programa de inclusão social e humana a todo o concelho de Barcelos, mesmo que seja de uma forma informal.
Os discursos, após atuação do grupo de folclore do IAESM (Instituto Autodidacta de Estudos Superiores do Minho), abriram com Luciano Barros, coordenador técnico do OPEN B, a elogiar as parcerias deste Programa e a assegurar que os “objectivos traçados foram conseguidos, mas muito há a fazer” com a quarta geração de CLDS e “tudo faremos para dar resposta positiva”.

Emílio Rego, em representação da Junta de Freguesia de Arcozelo, não escondeu a “satisfação desta autarquia por ter sido um território envolvido pelo CLDS e a envolvência do OPEN B com as instituições, os pais e as escolas”.
Formulou três desejos para o futuro: “sucesso, sucesso, sucesso”, ao passo que José Paulo Teixeira, presidente da União de Freguesias de Barcelos, Vila Boa e Vila Frescaínha (S. Martinho e S. Pedro), elogiou estes quase quatro anos a “lidar com a integração social e laboral da população e as acções de aprendizagem e lições de vida”. Foi o primeiro autarca a defender que o programa deve “abrir-se a mais freguesias do concelho, com mais necessidades especialmente entre os idosos. Esperamos que sejam mais quatro anos e mais quatro anos e não sejam apenas os próximos quatro anos”.
Após a recitação da Pedra Filosofal, de António Gedeão, pelas adolescentes Alexandra Monteiro e Micaela Peixoto, António Barros, Diretor do Agrupamento de Escolas Gonçalo Nunes, destacou o “trabalho muito útil na prevenção do abandono e combate do insucesso escolar” e agradeceu a oportunidade da ATAHCA continuar este trabalho que “é uma mais-valia na promoção do saber estar e fazer dos nossos jovens e idosos”.

Célia Barbosa justificou a ausência do GASC na próxima fase e destacou a intervenção feita no eixo dois numa parceria que correu “muito bem, com diligência do corpo técnico do OPEN B”.
“A nossa vontade foi sempre fazer o melhor e nota-se uma diferença aqui no bairro com o vosso trabalho desenvolvido aqui” — concluindo citando a mãe de um dos alunos da Escola Gonçalo Nunes.
Ilda Trilho falou em nome da ACIB e elogiou os resultados desta parceria na promoção do emprego e da formação profissional, ao passo que Mota Alves, presidente da ATAHCA, preferiu exaltar este novo género de parcerias que envolveu “entidades públicas e instituições privadas, com Juntas de Freguesia, escolas e Instituições Particulares de Solidariedade Social e económicas”.
O OPEN B foi “um bom exemplo de aplicação dos dinheiros públicos e os resultados são muito positivos e resultam de um trabalho de missão dos nossos técnicos” que “merece ser alargado a todo o território de Barcelos.

“Tudo faremos para que possa ser alargado a todo o concelho de Barcelos, para que este comboio da mudança mantenha portas e janelas abertas às parcerias” — concluiu o presidente da ATAHCA.
Armandina Saleiro não o deixou sem resposta, ao lembrar que, no início do OPEN B, “foi com pena nossa que não pôde chegar a todo o território de forma a mitigar desigualdades, promover a qualificação e formação humana e parental”.
A presidente da Câmara Municipal de Barcelos agradeceu todo o trabalho desenvolvido e comprometeu-se a “tudo fazer para alargar a quarta geração destes CLDS a todo o concelho, mesmo que de modo informal”.

A sessão — animada pelos alunos seniores do Instituto Autodidacta de Estudos Superiores do Minho que evocaram profissões antigas e em desaparecimento — teve o momento alto com a inauguração de um mural de azulejos executado por alunos do Curso de Educação e Formação – Operador de Cerâmica, da Escola Gonçalo Nunes, sob orientação das professoras Maria José Machado e Teresa Coturela Cunha, com os elementos mais identificativos das terras da Princesa do Cávado.
Fonte e fotos: OPEN B.