Guardado está o bocado…


Guardado está o bocado, para quem o há de comer. É já antigo o adágio e espelha bem as diversas situações do dia a dia em que nem sempre a recompensa vai para quem a merece.
Em abono da verdade, devo dizer que foi este o caso no último jogo do nosso Glorioso, a contar para a primeira liga.
O Porto vem jogando melhor futebol desde o início da época e, por isso mesmo, se encontra em primeiro lugar na tabela classificativa. No entanto, já não vence há duas jornadas. E para nossa felicidade, o “culpado”, na última, foi o Benfica. Foi? Veremos…
Dizem os mandamentos do futebol que, normalmente, a equipa que corre atrás do prejuízo (Benfica) se supera e joga melhor contra o seu adversário direto (Porto). E nem me custa muito admitir que, apesar de o Benfica não ter sido a melhor equipa em campo, deu-nos pelo menos o prazer de ver os jogadores a enfrentar cada lance com um pouco mais de vontade do que o habitual. O Porto queixa-se da arbitragem…E desta vez tem razões para isso. Vê um lance de golo limpo mal anulado e, eventualmente, um penálti não assinalado a seu favor. Ainda assim, creio que o árbitro esteve efetivamente mal, mas não creio que o tenha feito de forma deliberada. Apenas cometeu erros. Acontece. Faz parte da sua condição humana. E venha agora o mais ferrenho dos portistas dizer que o Porto nunca foi beneficiado pelas arbitragens. A questão é que temos de nos mentalizar que o futebol é isto mesmo. Havendo fator humano envolvido, haverá SEMPRE erro. E não haverá nunca VAR que nos acuda. E se um dia alguém aperfeiçoar o futebol ao ponto de o robotizar, para que erros deixem de ocorrer, esse será o primeiro dos dias do fim do futebol. Passará a ser apenas uma ciência exata. E isso é tudo aquilo que o futebol não é. Nem deverá tornar-se.
Quanto ao jogo para a Liga dos Campeões, pouco há a dizer. Mais do mesmo, marasmo e zero pontos: autoexplicativo.
Continuo a dizer. Falta naquele balneário o feitio do JJ a “roer-lhes” a paciência. Com falinhas mansas, temos jogo manso. Acorda Rui Vitória.
E dá-me o trinta e sete!
Viva o SLB!
Por: Hugo Pinto*.
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