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Sport Lisboa e Benfica

Jesus, esperavas mais do Gonçalo? Eu cá espero mais de ti…

Dezembro 2, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Ricardo Esteves

Antes de começarmos, gostaria que assinassem esta petição – Petição para o Benfica começar todos os jogos a perder. : Petição Pública (peticaopublica.com). É para o bem de todos neste momento, acreditem. Nenhum benfiquista gosta de ver o seu clube perder, ainda para mais, quando parece que tal pode acontecer em qualquer jogo. Mas, por agora, parece ser a única forma de despertar uma reação e qualidade no nosso futebol (por muito que seja pouca).



Bom, feito o serviço público, vamos dar início à crítica dos últimos (e fatídicos) 3 jogos do meu Benfica:

– Começando pela festa da Taça:

Para vos ser sincero, não tenho assim muito a dizer sobre este jogo. Nem sequer me lembro bem do que se passou (até parece que voltei aos tempos áureos da universidade, mas desta feita, a festa foi diferente). Para além disso, admito que passei a maioria dos 90 minutos a contar carneiros.

– Passando pelo empate em Glasgow:

Sabes que a mentalidade da equipa, e do clube em geral, não está no sítio certo quando um dos capitães (neste caso, o Pizzi) diz que “O Benfica tem vindo a fazer coisas interessantes na Europa”. Se por interessante ele esteja a falar dos negócios efetuados ou dos últimos 15 minutos das últimas partidas, tem razão. Fora isso, não vejo motivo para tal afirmação. Este tipo de mentalidade reflete-se em campo. Nunca na vida podemos festejar um golo de empate contra o Rangers, com todo o respeito pelo clube de Glasgow e pela lenda do Chelsea que o comanda.

E Jesus, esperavas mais do Gonçalo? Eu cá esperava mais de ti…

PS: O Gabriel ainda deve estar a recuar para defender o lance do primeiro golo…

– E finalizando com a vitória na Cooperativa Agrícola do Estádio dos Barreiros:

Por incrível que pareça, foi o nosso melhor jogo dos 3, apesar das condições. E o melhor jogo do Everton com a camisola do Benfica. Espero que só melhore daqui para a frente, tem mais que qualidade para tal. Estranho foi essa exibição ter ocorrido nas condições que ocorreu – num campo de plantar batatas e contra uma equipa que (mesmo a perder!) pratica um antijogo que não faz falta nenhuma nos relvados portugueses, ou em qualquer um.

Tirando isso, bom esforço do Grimaldo (que parece dar vida ao Everton) e do Rafa (que mais parece um saco de boxe). Já Waldschmidt parece ter saudades do seu amigo Darwin e Jesus parece ter acordado, mostrando flashes do que era dantes, mandando o Lito Vidigal para o cara Elvas… calma!

Sobre Otamendi. Apesar dos erros, não acho nada correto o enxovalho que tem sido alvo nos media, especialmente de uma certa estação que cá todos sabemos. Tendo esta apresentado headlines como “Otamendi parece um bolo-rei”. Sou da opinião que o argentino não merece tal. Merece sim, é uns jogos no banco, apesar das soluções não serem as melhores.

Por fim, é de salientar a exibição de Seferovic. Não a que protagonizou dentro das quatro linhas, mas sim, a que fez fora, doando presentes para crianças de vários orfanatos lisboetas e, ainda, anunciando que irá concretizar 10 desejos a quem mais precisa, tornando, assim, o Natal destas pessoas um pouco melhor. Grande golo, Haris!

Por: Ricardo Esteves*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

3 a multiplicar por 0 é igual a 0

Novembro 10, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Ricardo Esteves

Quando há uns meses Jorge Jesus dizia, com toda a convicção do mundo, que o Benfica não iria jogar o dobro, mas sim, o triplo, enchia toda a nação benfiquista com uma esperança do tamanho da cabeça do Luisão. Mas quando se multiplica 3 por 0, que era aquilo que o Benfica jogava antes da chegada de Jesus, a conta continua a dar 0. E é precisamente isso que o Benfica tem jogado nos últimos tempos – zero, nicles, nada…Não me lembro da última vez que sofremos 9 golos em 3 jogos…



Ainda continua incutido no ADN do futebol encarnado os mesmos tiques de épocas passadas: dificuldade em criar oportunidades; fraca transição defensiva; inúmeros erros individuais; entre outros. A única diferença neste ano é a maior qualidade do plantel, com a adição de jogadores de qualidade acima da média, conseguindo resolver jogos quando têm espaço para tal. Mas isso não tem, propriamente, acontecido nos últimos jogos. Basta aparecer uma equipa bem preparada e com raça que mostramos logo dificuldades.

Para além destas dificuldades, e apesar de não ser desculpa, precisamos, claramente, de nos reforçar em várias posições: Defesa direito (desde a saída do Semedo), Médio Centro (que saudades da dupla Matic/Enzo…), Guarda-Redes, Central e talvez a mais importante – Presidência.

Felizmente, e nunca pensei dizer isto, aproxima-se a paragem para seleções. Normalmente fico um pouco deprimido e desligado do futebol nestas alturas, mas acho que, desta vez, é o melhor que poderia acontecer aos benfiquistas. Vamos ter umas semanas para baixar um pouco a tensão e para descontrair um bocado. Já para os lados do Seixal, vão ter mais tempo para tentar arranjar soluções rápidas para meter a equipa a jogar mais. Nem que seja só o dobro, Mister

Para finalizar. Eu sei que não têm sido dias fáceis para os benfiquistas. Acordar depois do 3º jogo consecutivo sem ganhar, ver as notícias e perceber que o Benfica recebeu nova visita da PJ não é algo fácil de digerir. Para ajudar, deixo-vos aqui 6 remédios para a azia que podem fazer em casa. As coisas vão melhorar, mas, até lá, vamos precisar…

Aqui vai:

  • Bicarbonato de Sódio c/ água;
  • Chá de Gengibre;
  • Chá de Espinheira Santa;
  • Chá de Funcho;
  • Chá de Regaliz;
  • Sumo de Pera.

De nada!

Até à próxima! Força Portugal!

Por: Ricardo Esteves*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Não dá para jogar com 11 Uruguaios em campo?

Novembro 6, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Ricardo Esteves

Bem. Para vos ser sincero, não estou com muita vontade de escrever esta semana, mas vou tirar inspiração dos últimos minutos do jogo contra os escoceses para o fazer. Vamos lá a isso!



Não foi propriamente a melhor semana para se viver o Benfica como devem ter percebido. Um ponto em 6 possíveis é de bradar aos céus. Quem deve estar contente é o André Villas-Boas, viu o Benfica a perder pontos e o Porto a ganhar (na Europa), mesmo que tenha sido contra a própria equipa…

Mas vamos por partes. Primeiro, o jogo no Bessa. Uma derrota enfática (e merecida) por 3-0 perante um grande (e caceteiro) Boavista. E pronto, vou-me ficar por aqui na análise deste jogo. Ao fim e ao cabo, isto é um artigo de opinião, não uma notícia. E por motivos óbvios, não me apetece opinar muito sobre o jogo.

Já em relação ao jogo para a Liga Europa, consigo dizer uma palavra ou outra. Apesar do empate em casa, que nunca deve ser um resultado a festejar, é de salientar a atitude da equipa de alguns jogadores para chegar ao empate. Agora é só o plantel todo adquirir esta atitude e mais ninguém nos para! E mudar um pormenor tático ou outro…E talvez sentar uns jogadores…E fazer umas compras no mercado de inverno…

E agora, queria dedicar este parágrafo a um Uruguaio que tem vindo a devolver a minha vontade de ver os jogos do meu clube. A sua raça e a sua atitude são de louvar, para não falar da sua qualidade enquanto futebolista. Como é possível, em tão pouco tempo, demostrar mais a mística do clube do que muitos que já lá estão há anos!? Viram a forma como ele festejou o golo? Até parecia que o estádio estava cheio. Antes estivesse…já tinha recebido umas quantas vénias. E outros jogadores, uns valentes apertos (estou a olhar para ti, Everton!). Só queria que todos fossem como ele. Para finalizar, gostaria de sugerir uma pequena alteração nos princípios básicos das ideias de Darwin (Charles não Núñez): “Na ‘luta’ pela vida por um lugar no plantel, organismos jogadores com variações qualidades favoráveis às condições do ambiente clube onde vivem jogam têm maiores oportunidades de sobreviver, quando comparados aos organismos jogadores com variações qualidades menos favoráveis.”. Claramente, Darwin Núñez é o organismo com qualidades mais favoráveis no plantel benfiquista e, não tarda, de todos os plantéis dos grandes clubes europeus.

Notas finais:

– Em relação à expulsão do Otamendi, tenho uma pergunta para vos colocar. Num jogo como aquele, onde o Benfica é claramente a equipa superior, e estando a ganhar 1-0, não era preferível deixar o avançado isolado TENTAR marcar em vez de fazer falta e ser expulso, deixando a equipa debilitada? Eu sei que é fácil estar aqui sentado a escrever isto, mas, ao contrário do Benfica, o Barcelos na Hora não pagou 15 milhões para eu estar aqui;

– Obrigado Rafa, por nunca desistires. Continua assim!

– Oh Jesus, eu no FM jogo com 2 médios centro mais defensivos (Weigl e Gabriel) num meio campo a 2…ou com 1 médio defensivo, neste caso pivô, num meio campo a 3. Até ver, tem resultado. Estou na Champions e tudo. Toma nota!

Notou-se uma certa azia nas minhas palavras? Peço desculpa, esperemos que, para a próxima, as coisas estejam melhores. Até lá!

Por: Ricardo Esteves*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Alta Rotação

Outubro 31, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Ricardo Esteves

Alta rotação, dentro e fora de campo. Têm sido umas semanas intensas para os benfiquistas.



Desta vez, não vou analisar 2, mas sim 3 jogos! Para além dos jogos na Luz contra o Belenenses e o Standard de Liége, o Benfica teve outro jogo, e talvez o mais importante de todos – a eleição para a presidência. Pessoalmente, não foi o resultado que mais pretendia. Contudo, é de salientar a incrível adesão da massa associativa, com filas e filas intermináveis, dando até voltas ao quarteirão (mais um pouco chegava a Alvalade!). Tendo este sido o ato eleitoral mais concorrido da história do Benfica, mostrando, cada vez mais, o crescendo sentido de responsabilidade da nação benfiquista. Tirando uma coisa ou outra um pouco estranhas, como urnas a serem transportadas em Renault’s (quando toda a gente sabe que o Volvo é um carro bem mais seguro), foi um ato eleitoral tranquilo.

Em relação aos dois jogos jogados, o Benfica aparenta ter carta de pesados. Não foram as vitórias propriamente mais difíceis, nem as mais vistosas. Mas delas resultaram o mais importante – os 3 pontos (e umas surpresas agradáveis). Porque é que o Benfica aparenta ter carta de pesados? Porque conseguiu mover 2 autocarros estacionados na baliza contrária. Um proveniente da Bélgica e um outro diretamente de Belém. Mas, ultrapassados esses obstáculos, foram 2 jogos relativamente tranquilos. De salientar a estreia a titular e a defesa direito do Diogo Gonçalves, que apesar de não ter sido muito posto à prova defensivamente, fez uma exibição muito sólida. Para alguém que costuma atuar a extremo, fez melhor trabalho que muitos laterais (COF…COF…). Do lado contrário da defesa, Nuno Tavares aparenta melhorar a passos largos (literalmente, que mota!). É só ganhar mais um pouco de cabeça e será um lateral de top mundial. Já Darwin é mais do mesmo, continua a jogar para caraças, para não dizer outra coisa.

Notas finais:

– Queria agradecer ao árbitro do Benfica – Standard pela ajuda, mas não era necessário. Valeu a intensão;

– Queria agradecer também ao Paços. Se não fosse pela exibição épica nunca teriam ganho o jogo. E a exibição vergonhosa da equipa de arbitragem tinha manchado ainda mais a noite na capital do móvel. Mas não me vou alargar muito, vou passar a palavra ao meu colega portista, João Dias;

– Por fim, o quão bom foi o regresso do público ao Estádio da Luz? Foram poucos, mas bons.

Para a semana há mais dose dupla. Estas séries são cansativas para os jogadores, mas para nós, adeptos, são incríveis. Não me canso de Benfica. Correção: Não me canso DESTE Benfica.

Até para a semana!

PS: Aposto que o Gabriel está mortinho para que o público regresse em força ao estádio só para não ter que ouvir o Jesus a gritar-lhe aos ouvidos. Vai ser preciso um estádio cheio, Gabriel.

Por: Ricardo Esteves*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Foi bom enquanto durou, Darwin!

Outubro 23, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Ricardo Esteves

Sim, porque esta relação (Darwin – Benfica), infelizmente, não vai ser muito duradoura. Cinco jogos, 5 assistências, 3 golos! Qual Cavani, qual quê! Isto, sim, é o futuro! Provavelmente, não o nosso, mas sim o futuro de outra equipa…Como diz o mister: Darwin não vai ser um grande jogador, vai ser um jogador BIG! E, t€ndo em conta a m€ntalidad€ que p€rdura nos corr€dores da Luz e do S€ixal, jogadores como o uruguaio, Waldshmidt e Everton podem não vestir de vermelho e branco dourado por muito mais tempo. Espero que, depois do dia 30 (dia em que, supostamente, decorrem as eleições), essa mentalidade sofra uma grande e merecida alteração. Mas isso será conversa para outra altura.



Vamos ao que interessa, à análise dos últimos 2 jogos.

Em Vila do Conde, deslocação tradicionalmente difícil, tivemos um pequeno passeio à beira mar, tal como o Vieira gosta, com uma vitória por 2 bolas a 0. Resultado, esse, que não foi mais avultado devido ao VAR. Alguém que diga aos responsáveis do Rio Ave que têm as linhas do relvado um pouco tortas…ou, então, ensinem um pouco de geometria ao VAR. Tirando esse pormenor, a equipa fez um jogo muito bem conseguido, tendo sufocado o adversário inúmeras vezes, causando, por consequência, inúmeros erros. Não percebo esta teimosia das equipas tentarem sair sempre a jogar…Às vezes, um chute de força para a frente não faria mal a ninguém.

Já o jogo em território polaco foi um pouco diferente. Como diz a expressão, foi uma faca de dois gumes. O “chip” europeu dos últimos anos prevaleceu no eixo defensivo, sendo este colmatado pela enormíssima qualidade ofensiva e, principalmente, pela grandíssima exibição de Darwin. Sem este poderio ofensivo, que irá resolver muitos jogos, a história desta 1ª jornada da Liga Europa teria sido muito diferente. Já que a transição defensiva deixou muito a desejar. Quer seja devido ao facto dos laterais atacarem como Deuses e “defenderem” como jogadores da distrital; quer seja por causa da lentidão dos centrais; ou quer seja pelo buraco no meio campo, Jorge Jesus tem muito trabalho pela frente. O facto de Jardel ter entrado para segurar a defesa, diz muito acerca desta.

Domingo há mais.

AH, já agora. Sou o Ricardo, novo representante do Benfica no Barcelos na Hora. Sou licenciado em Ciências da Comunicação desde 2017 e licenciado em benfiquismo desde 1994. Nunca joguei futebol profissional, mas tenho muitas horas no Football Manager e problemas de tensão por causa do meu clube. Por isso, acho que tenho os requisitos suficientes.

Obrigado e até para a semana.

Por: Ricardo Esteves* (Licenciado em Ciências da Comunicação)

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Res Publica

Outubro 2, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Na próxima semana, comemoram-se os 110 anos da implantação da República. República vem do latim Res Publica, isto é “coisa de todos”. Abandonamos a monarquia e começamos a caminhar no sentido de entregar o nosso destino ao povo, em que os nossos representantes seriam escolhidos por todos, pelo povo. Ou, pelo menos, era mais ou menos esta a ideia.



Ora, as eleições estão, também, no destino do nosso Benfica. Dizem os que se candidatam ao lugar que pretendem acabar com o regime monárquico de LFV e devolver o clube ao povo (aos sócios, neste caso). Confesso que também não me importava de ver a direção do nosso Glorioso mudar de ares. Nem que fosse para dissipar dúvidas que, ultimamente, têm ensombrado a retidão de LFV. E, nesse sentido, um dos candidatos que me parece mais à altura do cargo é João Noronha Lopes. Mais sóbrio, com experiência (foi vice, creio, de Vilarinho) e, sobretudo, um gestor muitíssimo bem preparado. A quem interessar o assunto, pode ver no YouTube alguns vídeos de questões colocadas por sócios, com o especialíssimo apoio de Ricardo Araújo Pereira que faz de, digamos, moderador. Fica a dica.

Quanto ao último jogo, frente ao Moreirense, muito futebol, avalanche de oportunidades, mas…poucos golos. Algum azar à mistura, é certo. Mas parece-me que é preciso afinar a pontaria. Continuo a achar que, à exceção de Darwin, todos os restantes são bastante medíocres. Ainda por cima, saiu Vinícius, que me parece que seria a alternativa viável a Darwin. O outro, o coxo, eu dava-o de borla.

Pesar pela saída de Rúben Dias, grande central, com muita margem de progressão e, creio, o melhor central português (e veremos se da Europa), da sua geração. Em troca, recebemos Otamendi. Do que conhecemos, tem muita qualidade. Vamos a ver se a idade foi generosa com ele, ou não. Tomara. Acreditemos. Afinal, Jesus faz milagres…

Viva o Benfica.

E pluribus unum.

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Eurofica…Euronãofica

Setembro 25, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Iniciada a temporada atípica de 20/21 e o nosso amado vermelhinho leva já dois jogos realizados. Um para a Liga dos Campeões, outro para a Liga Portuguesa.



No primeiro caso, longe de termos sido felizes. Jogou-se bem, até, com um fortíssimo domínio do Benfica na primeira parte, com uma ligeira decaída do domínio do jogo na segunda. O Problema é que com avançados como Seferovic ninguém consegue ganhar coisa nenhuma. Recordo quando, na despedida de Jonas, André Almeida dizia, a respeito daquele, que “até podia centrar-lhe uma cadeira” que o homem fazia golo. E isto é, basicamente, o que distingue um grande craque de um “penteadinho” que está só em campo à espera que alguém lhe acerte com a bola e esta escorra para a Baliza. Concretamente, Seferovic falha duas oportunidades flagrantes em que opta por pentear a “poupa” com a bola, em vez de a cabecear decididamente para a Baliza. Repito, com avançados assim, ninguém ganha jogos. E, vá-se lá saber porquê, quer Bruno Lage, quer JJ, deram oportunidades a este verdadeiro cepo. Inclusivamente, tive oportunidade de ver este homem jogar, ao vivo, e é desesperante a sua displicência face a todo o processo de jogo. Como se costuma dizer, é como jogar com um a menos. Só vejo uma situação possível para JJ o ter posto a jogar: enterrá-lo de vez! Tchau Haris! Entretanto, o resultado de tudo isto é o Benfica fora da Champions e 50 milhões (… 50.000.000… minha nossa…) de euros e esvoaçar para longe… Consequência: Rúben Dias negociado por 60 milhões…e mais um “veterano” a caminho…

Já no jogo da Liga, que se esperava difícil, acabou por ser um passeio no parque. Cinco golos sem resposta, muito à imagem do que são os jogos orientados por JJ. E vejam bem, sem Seferovic. Sem surpresas, portanto. E, sim, gosto de um treinador que, a ganhar por 5-0, grita para dentro do campo: Vamos! Vamos fazer mais golos! Não se trata de humilhar o adversário. Trata-se, antes, de respeito pelo adepto que vai ao estádio, paga o ingresso e quer ver espetáculo. Sim, para mim futebol tem de ter a tão propalada nota artística. Se não, mais vale ir à Opera, que as há bem interessantes.

Segue-se o Moreirense, na Luz. Em princípio, os cónegos não serão adversário à altura do Benfica. Mas nesta fase da época, tudo é possível. Esperemos, então, que tudo corra bem e que sejamos presenteados com um bom espetáculo, com elevada nota artística… e golos. Muitos Golos.

Viva o Benfica.

E pluribus unum

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Jorjazus

Agosto 22, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana, uma reflexão sobre o último jogo da Taça e a espectativa para a próxima época, que poderia ter sido feita pelo próprio JJ, de quem nunca escondi ser um grande admirador. Como diria Ricardo Araújo Pereira, não é alguém que eu convidaria para vir cá a casa jantar e estar com a miúda e a esposa. Mas para treinador do nosso querido SLB é, creio convictamente, do melhor que conseguimos ter.



Num exercício de pura ficção e ensaio humorístico, deixo-vos então esta crónica, à luz do novo alegado acordo oro-ortográfico, que espero que tenhamos de utilizar por muitos e vitoriosos anos.

Amigues. O jogue da tassa foi uma miséra. Comigo teriam jogade o triple ou o quadruple. O meu ex-pupilo, o Serjio, deu um banho de bola no Benfica. Aquela defesa parecia um paçador para coar a massa. Anda tudo a xonar. E o meio campo não ajuda nada. Nem o Gabriel, nem o Veiguel ajudam a defender, já pra num dizer que joguem a pace. Mas descansem, que isto vai acabar. Até porque pocos deles volta a tocar na xixe, visto que vou trazer uma sere de jogadores novos. São jogadores da minha confiance, que pra mim, são como se fossem meus filhes. Ainda não os conheço peçoalmente, mas digo isto mais pela idade deles, dado que acho que eles estão no ponte a partir dos 32 anos.

Para mim, o novo plantel tem que ser ambiciozo. Jogadores com saber de exprienssia feito. Para mim, o onze idial seria este: Balize: Buffon. Defeza: Roberto Carlos, Maldini, Cannavaro e Zanetti. Maio Campo: Paulo Sousa, Rui Costa (este a custo zero, porque já está nos quadros), Figo e Cristiano Ronalde. Ataque: Ronaldinho (estamos só à espera de uma amnistia do Papa) e Cavane. Se o Cavane num vier, opto pelo Jardel.

Por isso, benfiquistas, aproveitem o que vos resta das vacances, pois uma nova época de alegrias vos espera. A maldição do minute 92 foi exorciçade na conquiste da Libertadores, que é, como todos sabem, o campeonato europeu do Brasil. Agora é para ganhar tudo antes do minute oichenchaeocho. Viva o Benfica, meu clube do Corassão.

E é isto. Brincadeiras à parte, acho que o JJ foi mesmo a melhor contratação para a próxima época. Espero que não se esqueça de apostar nos bons jovens valores da cantera, sem fazer uma equipa de juniores como o Vieira tanto gosta. Mas acho, efetivamente, que temos tudo para voltar aos tempos de Glórias e alegrias. Pelo menos, jogaremos futebol do que não dá sono (com nota artistca, como diria o nosso mister).

Estou com as espectativas em alta. Desejo os maiores sucessos ao nosso SLB com JJ ao comando.

VIVA O BENFICA.

E pluribus unum.

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

E tudo o COVID levou

Julho 31, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana, em que perdemos Olivia de Havilland, a última atriz viva de “E tudo o vento levou”, um título em forma de singela homenagem, adaptado à realidade do universo benfiquista em 19/20.



Em bom rigor, os ventos de mudança começaram a fazer-se notar ainda antes deste pegajoso vírus ter chegado a Portugal. Já em janeiro, as tropas de Bruno Lage haviam começado a dar sinal de desmobilização. Aliás, ainda em agosto de 2019, após o banho de bola que levámos frente ao Porto, depois justificado por Bruno Lage com o abuso em passes verticais (em futebolês-Manuel-Machadez), logo se percebeu que algo não ia muito bem.

E a verdade é que todos fizemos de conta que não. Que estava tudo bem. As coisas foram correndo mais ou menos e a certa altura até estávamos com sete pontos de avanço sob o rival direto. Foi também por volta desta altura que Sérgio Conceição teve uma travadinha, e tendo os burros na água, fez uma birra. Em boa hora. Pois pôs a “estrutura” a dar corda aos sapatos e a arrumar a casa. O resultado foi o que se viu.

Agora, depois de cerradas as cortinas da época 19/20, depois de Bruno Lage ter visto o seu comando chegar ao fim, fica um pouco a ideia que, entre outras coisas que faltaram e que já tivemos a oportunidade de aqui abordar, talvez a salvação de Bruno Lage tivesse passado por fazer uma briga à lá Sérgio.

E em ambiente eleitoral, não faltam aí candidatos à presidência do Benfica. Confesso que a este respeito não tenho grande opinião. Um pouco à imagem da própria Liga, parece-me que vamos ter de escolher o menos mau de entre os maus. Pouco mais tenho a dizer. Mas acima de tudo, não quero à frente do meu clube nenhum fulanete com tique de mafioso. Ao contrário do que é apanágio noutros clubes e noutros adeptos, no Benfica ainda não Vale Tudo.

Resta-nos esperar o prémio de consolação que é a Taça de Portugal. E que a próxima época seja francamente melhor. E eu, nunca o escondi, tenho fé em Jesus.

Viva o Benfica

E pluribus unum

Por: Hugo Pinto*.

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

Rei morto. Rei posto.

Julho 9, 2020 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo, Opinião Por barcelosnahorabarcelosnahora
Hugo Pinto

Esta semana, debruçar-me-ei sobre o fenómeno de balneário que leva os jogadores de um clube a mudarem o seu estado anímico e a sua forma de estar em campo, aquando da troca de treinador.



Para uma opinião mais abalizada, nada como abordar alguém que tenha estado por dentro do dito fenómeno. Mais propriamente, dentro do balneário. Eis, então, a opinião de Telmo Sousa, ex-jogador e atual preparador físico (ex-preparador físico do Gil Vicente Sub-19, integrante da equipa técnica de Nuno Santos). Segundo aquele, há, desde, logo um fenómeno de renovação anímica associado à ideia de que, se vem um treinador novo, vem também uma nova e melhor oportunidade. Começando pelos elementos que não têm jogado tanto, que se esforçam mais em busca do seu “lugar ao Sol”, e acabam por “morder os calcanhares” àqueles que davam o lugar como certo e, portanto, estariam mais acomodados. Mas esta será só a ponta do iceberg. Ainda segundo este profissional, há todo um conjunto de meandros paradesportivos que envolvem a vida dos jogadores, dos treinadores, empresários de futebol e, até, presidentes dos clubes. Todo um conjunto de políticas e estratégias de negócio (sim, que o futebol é, cada vez mais e infelizmente, um negócio) que envolvem agentes, jogadores e direções de TODOS os clubes, desde o mais pequenino aos maiores colossos europeus. E, como se já fossem poucos fatores, ainda há a “imagem” do jogador, que não quer ficar associado aos maus momentos de um clube, que deseja o sucesso e obter melhores condições contratuais em eventuais transferências. Até, imagine-se, (e aqui Bruno Lage também deu um toque) outros treinadores que vão ver jogos de colegas e exercem algum tipo de pressão externa sobre as direções e empresários.

Enfim, todos nós temos opiniões disto e daquilo, mas andamos muito longe de imaginar a “gincana” que será gerir todos estes fatores, tendo como juiz implacável os resultados que se vão obtendo. Quando os fatores enunciados supra se conjugam favoravelmente, tudo corre bem. Mas quando cada um puxa para seu lado, a catástrofe é iminente. Provavelmente, Bruno Lage foi um pouco vítima de alguns destes problemas. Não obstante lhe podermos reconhecer alguns erros técnicos ou táticos.

O “senhor que se segue” é Nelson Veríssimo. E a avaliar em função do que vimos expondo, será então natural que os resultados mais positivos comecem a aparecer. Mas até quando? Quanto tempo durará o estado de graça de treinador que “dá” 10-0 e que, sem que muito se altere, perde com um dos últimos classificados? Estaremos perante um fenómeno de treinadores de reciclagem, que é bom enquanto ganha, mas que depois fica sozinho quando as coisas correm menos bem. E se é assim, de quem será a culpa. Do treinador? Do presidente? Das “estruturas”? Vale a pena pensar nisto. Sobretudo, se dirigimos um clube de futebol profissional.

Viva o Benfica.

E pluribus unum

Por: Hugo Pinto.*

(* A redação do artigo de opinião é única e exclusivamente da responsabilidade do autor)

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