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Viana do Castelo

Projeto mineiro em Barcelos e Viana do Castelo reduzido em 46 hectares

Junho 16, 2021 em Ambiente, Atualidade, Concelho Por barcelosnahorabarcelosnahora

O diretor geral de Energia e Geologia (DGEG) anunciou hoje, no Parlamento, a redução em 46 hectares do projeto de fusão e ampliação de concessões mineiras em Viana do Castelo e Barcelos, que classificou de “boa notícia”.

“Posso avançar aqui uma boa notícia. Já depois de já estar aprovada a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), a empresa solicitou uma alteração da área de concessão, mas abdicou de 46 hectares da sua área de concessão inicial, sobretudo a que estava mais próximo das populações de Alvarães, em Viana do Castelo. A empresa vai afastar-se da população para não haver problemas”, afirmou João Bernardo.

O responsável falava hoje em audição, através de videoconferência na comissão de ambiente, energia e ordenamento do território, a requerimento do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE).

Em causa está o projeto de fusão e ampliação das concessões mineiras de Bouça da Galheta, na freguesia de Fragoso, concelho de Barcelos, distrito de Braga, e Alvarães, União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro, Vila de Punhe, no concelho de Viana do Castelo.

Na intervenção inicial naquela audição, a última de três hoje realizadas sobre o assunto, disse que a aprovação da AIA, em março pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), veio dar “um enquadramento muito favorável até agora inexistente”.

“Neste momento, o projeto está escrutinado, validado por entidades competentes nos vários domínios da sustentabilidade, da avaliação dos recursos hídricos, da avaliação dos recursos florestais, agrícolas. Não vou dizer que não tem impacto, mas toda a atividade humana tem impacto, a própria atividade agrícola que está a ser um bocadinho em contraponto tem um impacto brutal, aliás é a atividade que tem maior impacto do ponto de vista do ambiente. Todas elas têm de ser compaginadas porque todas são importante”, disse, respondendo às questões levantadas pelos deputados José Maria Cardoso do BE, José Manuel Carpinteira, do PS, Jorge Mendes e Eduardo Teixeira do PSD e Alma Rivera do PCP.

João Bernardo explicou ainda que o “historial de irregularidades” que os deputados dizem que foram detetadas pela DGEG, numa inspeção em 2017 “não representaram a violação da área do plano de lavra”.

“Foi ultrapassada a área de exploração e, foi isso que nos fez intervir e obrigar a empresa a elaboração a AIA. Não aplicamos coimas, mas obrigamos à correção e à elaboração da avaliação fazer um AIA nos permite ter, hoje em dia, todas as condições e garantias que as questões com que os senhores deputados estão preocupados e nós também, o impacto nas populações, a segurança, nos caminhos, no ambiente possam estar asseguradas e ter enquadramento e uma monitorização que não tinham sem a avaliação, em boa hora realizada”, sustentou.

Já na declaração final, da audição, que durou cerca de 53 minutos, o diretor da DEGE, rejeitou que as acusações lançadas por todos os partidos sobre a insuficiência ou inexistência de ações inspetivas”.

“Não são inexistentes. São as possíveis face aos recursos humanos. Temos muito poucas pessoas para fiscalizar todo o território. Na região Norte, também temos poucas pessoas, contam-se pelos dedos de uma mão. Ainda não conseguimos ser autorizados a recrutar externamente. Não há engenheiros de minas e geólogos na administração pública e, portanto, não vale a pena abrir concursos internamente. Temos de ir buscá-los fora e enquanto não formos autorizados estas entidades com funções mais técnicas não se conseguem apetrechar para fazer este trabalho de uma forma conveniente”, explicou.

Segundo o responsável, em 2020 foram realizadas ações inspetivas aquela concessão.

“Ela tem sido acompanhada. É a céu aberto e, portanto, permite um acompanhamento correto”, disse.

Adiantou que “os prazos da concessão vão manter-se até 2034/2035 e que está prevista a possibilidade de renovação por mais 20 anos se forem cumpridas, estritamente, todas condições estabelecidas”.

A AIA “já prevê a calendarização da recuperação ambiental da exploração existente e as áreas que vão deixando de ser exploradas iniciem igualmente a recuperação”.

Em resposta aos deputados daquela comissão, disse ainda que “os pareceres municipais não são vinculativos”.

Em fevereiro, durante a fase de consulta pública do projeto a Câmara de Viana do Castelo emitiu parecer “favorável com recomendações” e, após um requerimento apresentado em Assembleia Municipal pelo presidente da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro, Rui Sousa, pediu ao Ministro do Ambiente a criação de uma comissão de acompanhamento do projeto.

Já o município de Barcelos, no distrito de Braga, deu parecer negativo ao mesmo projeto.

Hoje o diretor da DEGE disse que o caulino existente naqueles dois concelhos “é um bem do domínio público, de todos os portugueses, não é um bem de Viana do Castelo ou de Barcelos”.

“Não se aplica a vontade e o interesse municipal. Os municípios foram ouvidos, foi tida em conta a decisão final pronunciaram-se, mas essa situação não tem outro alcance para além desse. Nós não podemos estar a privar toda a população portuguesa de um bem que é delas. Estes bens, tal como outros, aparecem em determinados sítios. Nós não escolhemos porque é que aparece mármore em Estremoz e caulinos em Viana do Castelo e peixe no mar”.

“As coisas estão onde têm de estar e nós vamos buscá-las para benefício de todos os portugueses. Senão isto não era um país era uma república de concelhos”.

Em resposta ao deputado do BE João Bernardo disse que o novo projeto vai criar 36 postos de trabalho, diretos, fora os indiretos”.

“Acho que é um número significativo para a região, essencial para estas populações que não estão junto a grandes aglomerados urbanos”, adiantou.

Estima-se uma vida útil do projeto de 41 anos, durante os quais se prevê a extração média anual de 489.657 toneladas de materiais e a comercialização dos produtos extraídos, nomeadamente caulino, areias e argilas.

A escavação para a retirada dos materiais que se pretende explorar atinge profundidades máximas de 35 metros.

Prevê-se um movimento da ordem dos 47 camiões por dia.

No concelho de Barcelos, as povoações mais próximas da área do projeto são Alvas, que fica a 358 metros, e Ponte, a 625 metros.

No concelho de Viana do Castelo, as povoações mais próximas da área do projeto são Regos, a 676 metros, e Alvarães a 1.131 metros.

Fonte: Lusa

Foto: DR

Viana do Castelo inicia “desconfinamento cultural” com 30 eventos controlados

Junho 16, 2021 em Atualidade, Concelho, Cultura Por barcelosnahorabarcelosnahora

Viana do Castelo começa este mês o “desconfinamento cultural” com a realização, até agosto, de 30 eventos, a maioria gratuitos e todos em espaços com entrada controlada, num investimento municipal entre os 100 e os 120 mil euros.

“Queremos transmitir à população uma mensagem de que é seguro participar nos eventos culturais e é o momento de começar a desconfiar para a cultura, porque os artistas precisam do nosso apoio e têm necessidade de ter os espetáculos preenchidos e recheados depois de terem estado mais de um ano sem espetáculos, sem trabalhar”, referiu hoje a vereadora dos Equipamentos Culturais, Carlota Borges.

A responsável, que falava em conferência de imprensa no Centro Interpretativo do Caminho Português da Costa para apresentar a programação cultural para este mês, julho e agosto, sublinhou que todos os espetáculos irão decorrer em espaços com entradas controladas e que implicam aquisição antecipada dos bilhetes.

O Centro Interpretativo do Caminho Português da Costa, o Teatro Municipal Sá de Miranda, os antigos Paços do Concelho, o Museu do Traje, o de Artes Decorativas, a Pousada da Juventude, o Centro Cultural, capelas e igrejas são alguns dos espaços que vão receber eventos de dança, música, teatro e exposições.

A lotação vai oscilar entre os 30 e os 2.000 lugares, sendo que a “maioria serão gratuitos”.

“A Câmara fará esse investimento porque entendemos que as pessoas não estão numa situação fácil. Nós queremos quer apoiar a população, quer apoiar os artistas. Por isso a maioria dos espetáculos serão gratuitos”, referiu Carlota Borges.

Os concertos que serão pagos decorrerão no Centro Cultural da cidade, com lotação para 2.000 pessoas, como é o caso do Festival de Jazz, em julho, o espetáculo dos 40 anos do grupo local Jarojude e o concerto de Pedro Abrunhosa, estes últimos em agosto.

Já este sábado, o Teatro Sá de Miranda recebe, às 21:30, o concerto “Descobrir Noronha”, pela Sinfonietta de Braga.

Na sexta-feira, nos antigos Paços do Concelho, é inaugurada a exposição “União Europeia e as suas Instituições”.

A programação termina em agosto com exposições nos museus do Traje e de Artes Decorativas.

A vereadora Carlota Borges sublinhou que a programação hoje apresentada não incluiu outros eventos culturais que irão decorrer na cidade, como a Feira do Livro e as Festas de Nossa Senhora d’Agonia, cuja apresentação será feita oportunamente.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.824.885 mortos no mundo, resultantes de mais de 176,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.049 pessoas dos 859.045 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Fonte: Lusa

Foto: @roblaughter

Alunos de Viana do Castelo com melhor média distrital nos exames do secundário

Maio 21, 2021 em Atualidade, Concelho, Educação Por barcelosnahorabarcelosnahora

Viana do Castelo é o distrito com a melhor média nos exames nacionais do ensino secundário, segundo um ‘ranking’ elaborado pela Lusa tendo em conta as notas de 2020, em que, pela primeira vez, nenhuma região teve média negativa.

Numa análise da Agência Lusa tendo por base os resultados dos 225.307 exames do secundário realizados no ano passado, Viana do Castelo surge em primeiro lugar, com uma média de 13,48 valores nas 4.548 provas dos alunos do distrito.

As notas da 1.ª fase dos exames melhoraram em todas as disciplinas, à exceção de Matemática Aplicada às Ciências Sociais, implicando também uma subida das médias por distritos.

Para esta melhoria dos resultados contaram as novas regras devido à pandemia de covid-19, que obrigaram à suspensão das aulas presenciais entre o final do 2.º período e primeiras semanas do 3.º período.

Por um lado, os testes tinham perguntas obrigatórias e outras opcionais, permitindo aos alunos escolher pelas questões em que se sentiam mais seguros, sendo contabilizadas apenas as melhores respostas.

Além disso, as provas só eram exigidas a quem quisesse seguir para o ensino superior, porque só contaram para a média de acesso às universidades e politécnicos, tendo deixado de ser obrigatórias para a conclusão do secundário.

Em 2020, Viana do Castelo ocupa o lugar que pertencia a Coimbra no ano anterior: os 9.281 exames realizados pelos alunos das escolas conimbricenses colocam o distrito em 2.º lugar, com uma média de 13,45 valores.

Segue-se o Porto, que agora ocupa o 3.º lugar por menos de uma milésima na média dos quase 40 mil exames.

Na tabela dos distritos surge depois Viseu, Braga, Aveiro, Leiria e Lisboa, este último com uma média de 12,99 valores nas mais de 54 mil provas realizadas, segundo a análise da agência Lusa, feita com base em números disponibilizados pelo Ministério da Educação.

No fundo da tabela, aparecem os Açores e Portalegre, com 12,41 e 12,14 valores, respetivamente.

Já as escolas no estrangeiro surgem em último lugar, uma vez que a média das 884 provas realizadas pelos alunos no ano passado foi de 11,68 valores.

Numa análise comparativa com os resultados médios por distrito obtidos na última década, verifica-se que este é o primeiro ano em que nenhuma região tem “negativa”.

Fonte: Lusa

foto:@alissadeleva|unsplash

Desconstrução do prédio Coutinho em Viana do Castelo estimada para setembro ou outubro

Abril 29, 2021 em Atualidade, Minho, Portugal Por barcelosnahorabarcelosnahora

O prédio Coutinho, em Viana do Castelo, deverá começar a ser desfeito em “setembro ou outubro”, após a adjudicação da empreitada, prevista para maio, por cerca de 1,7 milhões de euros, divulgou hoje o vice-presidente da VianaPolis.

Em declarações, o vice-presidente da sociedade VianaPolis, Tiago Delgado, estimou o arranque da empreitada para “setembro ou outubro”, após a conclusão de todo o procedimento do concurso público a que concorreram 13 empresas e que deverá ser adjudicado em maio.

“O relatório de avaliação está prestes a ser concluído para ser remetido aos concorrentes para a audiência prévia. Havendo reclamações teremos de responder e só depois será possível fazer a adjudicação. No final de maio deveremos ter adjudicada a empreitada. O processo segue depois para visto do Tribunal de Contas, para podermos consignar da obra”, especificou o responsável.

O edifício Jardim, localmente conhecido como prédio Coutinho, de 13 andares, tem desconstrução prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis. O projeto, iniciado quando António Guterres era primeiro-ministro e José Sócrates ministro do Ambiente, prevê para o local a construção do novo mercado municipal.

Inicialmente, o projeto da sociedade VianaPolis previa a implosão do prédio Coutinho, mas a partir de 2018 a desconstrução foi a alternativa escolhida por prever o aproveitamento e a reutilização dos materiais e causar menos impacto ambiental.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga julgou improcedentes, nos dias 19 e 20 de janeiro, a intimação para proteção de direitos, liberdades e garantias e a providência cautelar movidas, em 24 de junho de 2019, pelos últimos moradores do edifício Jardim para tentar travar o início da desconstrução do prédio.

Na altura, em comunicado, os moradores informaram que vão “abandonar voluntariamente” o edifício Jardim, mas garantiram que a luta judicial vai continuar.

A sociedade VianaPolis é detida a 60% pelos ministérios do Ambiente e das Finanças e 40% pela Câmara de Viana do Castelo.

O edifício de 13 andares, que já chegou a ser habitado por 300 pessoas, está situado em pleno centro histórico da cidade.

Em janeiro, a Câmara de Viana do Castelo aprovou, por maioria, com a abstenção do PSD, o projeto do novo mercado orçado em 8,2 milhões de euros.

Segundo o presidente da Câmara, José Maria Costa, o novo mercado de Viana do Castelo começará a funcionar até final de 2023.

Fonte: Lusa

Esposende e Viana do Castelo assinam protocolo para a limpeza do rio Neiva

Abril 27, 2021 em Ambiente, Atualidade, Minho Por barcelosnahorabarcelosnahora

As câmaras de Viana do Castelo e Esposende assinaram na segunda-feira, na Casa da Música de Antas, um protocolo que prevê um investimento de 700 mil euros para limpar e valorizar o rio Neiva.

O projeto integra várias medidas de conservação e reabilitação da rede hidrográfica e zonas ribeirinhas, previstas na Lei da Água e pretende contribuir para a implementação da Diretiva Quadro da Água”, explica a autarquia de Esposende, numa nota publicada no seu portal ‘online’.

Citados na nota, Benjamim Pereira e José Maria Costa, autarcas de Esposende e Viana do Castelo, respetivamente, realçaram a existência de uma “saudável relação de amizade e vontade mútua de desenvolvimento dos respetivos territórios” em “perfeita sintonia”.

O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, que assistiu à assinatura do protocolo entre os municípios de Esposende e de Viana do Castelo, congratulou-se com a cooperação estabelecida entre os dois municípios.

Fonte: Lusa

Foto: Município de Esposende

Herdeiros de mosteiro milenar em Viana do Castelo pedem ajuda para evitar ruína

Abril 22, 2021 em Atualidade, Minho, Turismo Por barcelosnahorabarcelosnahora

Os herdeiros do mosteiro beneditino em São Romão de Neiva, Viana do Castelo, querem ajuda para salvar da ruína um “diamante em bruto” que “guarda” vestígios históricos que atiram a sua origem para 1087, antes da fundação de Portugal.

“Esta casa acompanhou o nosso país. Quem vê por fora não se apercebe do diamante em bruto e dos segredos históricos que ainda pode vir a revelar”, afirmou hoje à Lusa Charles Bertrand, nome francês, país de onde é natural e onde viveu até 1987, ano em que a mãe decidiu regressar a Viana do Castelo para cuidar dos pais.

“Gostava de ver o mosteiro com o esplendor de outros tempos, e se isso significa ter de o vender valerá a pena, porque nos iria dar paz mental”, adiantou o engenheiro de computação gráfica e multimédia, de 35 anos.

Charles e a mãe são os únicos residentes da ala norte do mosteiro beneditino, “um dos primeiros”, diz, que a ordem religiosa terá construído em Portugal, tem a forma de um U e está “todo interligado entre si”.

Classificado como imóvel de interesse público pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) desde 1980, encontra-se “em avançado estado de degradação”, ao lado da igreja e do cemitério de São Romão do Neiva.

Viver no mosteiro, que tem cerca de 1.190 metros quadrados (m2) de área coberta, 40% dos quais em ruína, e cerca de 6.000 m2 de terreno, implica “abnegação”. Apesar da sua imponência “e de parecer muito luxuoso, não tem o conforto” de uma “casa normal”.

“Aquecer uma casa deste tamanho, neste estado, é uma tarefa impossível. No inverno conseguimos aquecer a cozinha, mas dormir em quartos quentes é um sonho”, desabafa.

Para recuperar o teto da única ala ainda habitável “são precisos mais de quatro a cinco mil euros”.

“Custa muito a pôr esse dinheiro de lado e depois, como o telhado não está no melhor estado, seria um remendo. Mais valia queimar o dinheiro”, afirmou.

O mosteiro foi comprado pelo bisavô, Manuel Gomes da Costa Castanho, em 1916 ou 1917, e herdado por oito dos seus 12 filhos.

Castanho emigrou “pobre” de Vila Nova de Anha e regressou “rico” do Brasil. Comprou, “em leilão, por 33 contos [cerca de 165 euros]”, uma verdadeira fortuna na altura, o ‘pack’ completo que incluía o mosteiro, a igreja, hoje administrada pela diocese de Viana do Castelo, e o cemitério, entretanto entregue à Junta de Freguesia de São Romão do Neiva, na margem esquerda do rio Lima.

Já nessa altura, o emigrante que se tornou Major, título que comprou para poder casar com a bisavó de Charles, filha de viscondes, teve de fazer obras no edifício que usou como local de “isolamento” durante a gripe espanhola.

Explicou que o bisavô ajudou a estancar a gripe espanhola nas terras de Neiva, por ter montado nos terrenos do mosteiro “uma espécie de míni hospital para os doentes ficarem em quarentena” e por, durante anos, dar trabalho ao povo da zona ou “alugando-lhes terrenos para cultivo”.

Durante aquela epidemia a família viveu “fechada” no mosteiro, subsistindo com o que produzia nos campos, com os animais que criava e com a água que vinha da mina, no meio do monte, quase em Castelo de Neiva, através de um aqueduto.

Quando, em 2008, começou a desenhar a árvore genealógica da família e a estudar a história do mosteiro percebeu a razão do termo que lhe foi atribuído nas redondezas.

“Crescer nesta casa ajudou-me a gostar muito de história. Desde miúdo que faço visitas guiadas, algumas a estudantes da Universidade do Minho, e, às vezes, os visitantes trazem-me informações que eu não tinha e ajudam-me a completar um ‘puzzle’ muito complexo, mas muito interessante”, explicou.

Charles chegou à “casa” de onde os monges beneditinos foram expulsos em 1834, com a extinção das ordens religiosas, com apenas 2 anos.

A vantagem da abundância de espaço, onde “um corredor de 27 metros de cumprimento” lhe permitia “andar de skate ou bicicleta em dias de chuva”, tem um “reverso da medalha”: “a frustração e impotência para travar o avançar da degradação” e de lhe “devolver o esplendor que já teve no passado”.

“Quando me perguntam o valor da casa, não sei responder porque para mim não é quantificável. Se realmente se conseguir provar que há vestígios de que teria sido uma abadia, que antes foi uma igreja visigótica e ainda antes uma igreja romana, temos um período de história que vai quase até Jesus Cristo. Temos um período de história anterior à existência de Portugal, porque o registo é de 1087”, destacou durante a visita guiada à Lusa feita por entre ruínas e pedaços de história.

Pelo espaço abundam “vestígios” que precisavam de ser estudados, uma “série de construções, como camadas umas em cima de outras”, “sinais” do jardim privado dos monges, “com um pomar gigante a que só eles tinham acesso e onde muita gente das aldeias vizinhas trabalhou”.

Além dos “primeiros claustros, que seriam da Idade Média, os do mosteiro, inacabados, foram iniciados em 1730 e são quase uma cópia do mosteiro de Tibães, em Braga”.

“Por isso chamam ao mosteiro de São Romão do Neiva a irmãzinha de Tibães. Todo o altar da igreja veio de Tibães. Tenho os documentos das multas pagas para poder transportar as peças grandes”, aponta Charles.

Este mês pediu ajuda ao IHSHG – International History Students and Historians Group, grupo que reúne cerca de 6.000 membros entre estudantes, graduados, mestres, doutores, arqueólogos e professores de História de todo o mundo.

Já em 2018, uma equipa liderada pela professora Graça Vasconcelos, da Universidade do Minho, realizou um trabalho que resultou numa proposta de recuperação do mosteiro apresentada numa conferência internacional promovida pela associação YOCOCU (YOuth in COnservation of CUltural Heritage Portuga) Portugal.

Desde a década de 90 foram sendo feitas “obras pontuais” para tentar estancar o peso do tempo, mas “urge” uma intervenção de fundo que os oito herdeiros não têm como realizar e veem na venda a única solução para o salvar.

“Ver o mosteiro no chão seria o pior (…). Gostaria de o ver usado de uma maneira bonita, restaurado com respeito pela sua história”, referiu, lembrando que serviu de albergue de peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, na Galiza.

Fonte: Lusa

Foto: Mapio.net

Escolas da ACR Roriz em 2º lugar no Encontro Inter-Regional de Viana do Castelo

Maio 30, 2019 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

No passado sábado, realizou-se mais um Encontro de Escolas, desta vez, em Viana do Castelo, onde participou a ACR RORIZ SEISSA | KTM-BIKESEVEN | MATIAS&ARAÚJO | FRULACT, com os seus “pequenos grandes” ciclistas a estarem em grande destaque e com brilhantes prestações, o que resultou num excelente 2° lugar da classificação geral coletiva.



Individualmente, em Pupilos/Benjamins femininos, Matilde Fernandes foi 2ª e Daniela Fernandes 3ª. Já em Iniciados, Dinis Carreiras foi 7°, Rodrigo Quinta 16°, Rui Lopes 17°, Hugo Nunes 19°, Rodrigo Fernandes 20°, Tiago Marques 23° e Tomás Santos 27°.

Em Iniciados Femininos, Adelaide Palmeira foi 3ª. Por seu lado, em Infantis, Leandro Martins foi 12°.

Nos Juvenis, João Martins foi 2°, Gabriel Baptista 4°, Guilherme Vilas Boas 7°, Bruno Lopes 14°, Henrique Lopes 22°, Dinis Saleiro 23°, Rodrigo Rodrigues 27°, Paulo Fernandes 28°, Diogo Miranda 30° e Afonso Coelho 44°.

Fotos: Marcelos Lopes.

Centro Ciclista de Barcelos e Duarte Marques em 4º no 22º Prémio de Viana do Castelo

Maio 27, 2019 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

No passado dia 25 de maio, realizou-se o Encontro Inter-Regional de Escolas de Ciclismo | 22º Prémio Viana do Castelo “Fica no Coração”, iniciativa para os escalões de pupilos/benjamins, iniciados, infantis e juvenis, que decorreu nas imediações do Campo do Castelo, em Viana do Castelo.



Tal como referido no título da notícia, Duarte Marques, em pupilos/benjamins, ficou em 4º lugar. Neste mesmo escalão, Gonçalo Lopes fez 7º lugar.

Francisco Cardoso, em Iniciados, foi 6º. Paulo Bogo, em Infantis, fez 9º lugar. Já Rodrigo Neves e Leonardo Neves, em Juvenis, ficaram em 6º e em 9º lugares, respetivamente.

Por equipas, o CENTRO CICLISTA DE BARCELOS AFF | H.M. MOTOR | ORBEA | FLYNX conquistou o 4º lugar.

Fotos: DR.

José Ribeiro, da ACR Roriz, é 15º na Taça de Portugal de XCO

Março 14, 2019 em Atualidade, Concelho, Desporto, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

Trail Águias de Alvelos 2019 e Assembleia extraordinária convocada

O Master 40 José Ribeiro foi, no passado domingo, dia 10 de março, 15° classificado na primeira prova pontuável para a Taça de Portugal de BTT – XCO, que se realizou em Vila Franca – Viana do Castelo.



Joaquim Rodrigues e Manuel Miranda no Trail Águias de Alvelos 2019

Também no passado domingo, 10 de março, decorreu o Trail Águias de Alvelos, que contou com um Trail Longo (25km), Trail Curto (15km) e uma Caminhada (10km).

O Trail Curto foi o percurso escolhido pelos os dois atletas da ACR Roriz, onde Joaquim Rodrigues terminou em 5º lugar (1h28m02s) e Manuel Miranda em 6º (1h28m46s).

Assembleia Geral Extraordinária marcada para amanhã, 15 de março

No próximo dia 15 de março, pelas 21h00, na sede da Associação Cultural e Recreativa de Roriz (ACR Roriz), realiza-se uma assembleia geral extraordinária. Segue-se a convocatória:

Fotos e imagens: DR.

“Bordado de Crivo” de Carreira exposto em Viana do Castelo

Janeiro 31, 2019 em Atualidade, Concelho, Cultura, Mundo Por barcelosnahorabarcelosnahora

De 01 de fevereiro até 16 de março, está patente na Galeria Noroeste, em Viana do Castelo, a exposição “Bordado de Crivo”, dedicada aos bordados de crivo de São Miguel da Carreira, que estão certificados como artesanato tradicional.


As peças expostas são da autoria de Maria Ermelinda Araújo Rodrigues e a partir das 18h30 de dia 01 de fevereiro, de forma gratuita, pode visitar esta exposição apoiada pela Fundação Caixa Agrícola do Noroeste.

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