O “serviço educativo” do “triciclo” vai juntar O Gringo Sou Eu e a escola de música da Banda Musical de Oliveira para um espetáculo em Barcelos. Cerca de três dezenas de jovens músicos e o rapper brasileiro atuam a 14 de dezembro, no Theatro Gil Vicente. A entrada é livre, mediante reserva de bilhete.
O serviço educativo do “triciclo” volta a pôr em diálogo duas realidades distintas para um encontro que tem tanto de improvável como de especial. Tem como objetivo o enriquecimento pessoal e artístico dos envolvidos, como colocar jovens da comunidade barcelense em contacto com realidades distintas.
O Gringo Sou Eu é um projeto de música interventiva do brasileiro Frankão que “tem uma formação espontânea na periferia e na favela brasileira”, como o próprio afirmou. É um músico fortemente influenciado pela realidade do seu país, tanto a nível musical como a nível social.
Não é a primeira vez que Frankão explora a construção de espetáculos em comunidade, destacando-se o trabalho que fez no festival Tremor (Açores) com a Escola de Música de Rabo de Peixe e também, noutra oportunidade, com uma comunidade de etnia cigana em Famalicão.

Agora, o desafio é diferente, mas igualmente aliciante. O Gringo Sou Eu vai trabalhar com a escola de música da Banda Musical de Oliveira e pôr os jovens em contacto com o seu universo artístico e pessoal, entre o samba, o hip-hop, a favela e a sátira social. A Banda foi fundada em 1782, na freguesia de Oliveira, no concelho de Barcelos. Aliada à banda, existe também um forte serviço pedagógico com a sua escola de música que conta atualmente com 70 alunos e que presta um importante contributo na formação musical e pessoal dos jovens da região.
Fotos: DR.